2015
Independente
Nacional
Nota: 9,0/10,0
Músicas:
1. Sensory Input
2. Visions
3. Deep
4. Mind Control
5. Acquired Impression
6. Outside the System
7. Nikitless
Banda:
Contatos:
Lanciare Comunicação (Assessoria de Imprensa)
O Brasil já
se adequou à realidade musical do restante do mundo.
Sim, pois
todos os estilos musicais mais universais já possuem seus fãs no Brasil, ao
mesmo tempo em que músicos dos gêneros fervilham por aqui.
E em termos
do chama-se Jazz Rock/Jazz Fusion, existem algumas feras em nosso país, e uma
delas é, sem sombra de dúvidas, o guitarrista DALLTON SANTOS, de Santo André (SP), que lançou ano passado seu
terceiro disco, "The Inner Things", disco que é o centro desta
resenha.
Embora seja
um disco de Jazz Rock, verdade seja dita: Dallton prima por um espectro mais
amplo em termos musicais. Ao mesmo tempo, embora a técnica seja clara, o
guitarrista prefere algo mais cheio de feeling, buscando descentralizar as
atenções da guitarra. Sim, todos os instrumentos acompanham possuem boa
técnica, logo, as músicas em si é que são o mais importante, o conjunto como um
todo.
E se
preparem, pois "The Inner Things" é um disco viajante, cheio de
influências que vão do Jazz Rock ao Soul, do Funk (americano) à MPB sem
problemas ou pudores. E é justamente esta fluência musical envolvente que torna
o álbum tão delicioso de ser ouvido.
A produção é
do próprio guitarrista, com tudo gravado estúdio Área 51, e tendo mixagem
e masterização no estúdio Codimusic. O resultado é uma
sonoridade limpa e cristalina, essencial para este estilo de música. Cada
arranjo musical pode ser ouvido e compreendido sem esforços. A parte gráfica,
focada no guitarrista, é de Jean Michel, da Designatios Atrwork, e
ficou muito boa.
Em sete
canções de duração mais curta, se percebe mais uma vez que o enfoque é a música
em si, e que a técnica instrumental é uma conseqüência. E em música como "Sensory
Input" (cheia de arranjos detalhados, onde baixo e bateria evoluem
muito bem com arranjos de Jazz/Funk, enquanto a guitarra nos brinda com solos
de primeira, esbanjando melodia), as percussões latinas em "Visions" (esta
cheia de groove funkeado, fora o baixo estar muito bem), a versatilidade
jazzística de "Mind Control" (mais uma vez, o feeling de Jazz Rock
se faz presente, repleto de arranjos lindos da guitarra), a virtuosa "Acquired
Impression" (baixo e teclados fazem arranjos fantásticos, permitindo
que as guitarras evoluam de forma natural e bem trabalhada), e a linda "Nikitless"
(uma diversidade de arranjos de baixo, bateria e guitarras são ouvidos
aqui, mas sempre em um formato melódico. E mesmo virtuosa, nos embala
facilmente).
Um ótimo
disco, muito criativo, e mostra o quanto Dallton pode oferecer musicalmente.