2016
Nacional
Nota: 9,5/10,0
Músicas:
1. A.D.
2. Looking Down the Barrel of Today
3. Seven Enemies
4. In the Walls
5. From Grace We've Fallen
6. Us Against Us
7. Something's Off
8. Remember When
9. Slaughtered in Their Dreams
10. The Apex Within
11. Walking the Knife
12. Dissonance
13. Serve Your Masters
Banda:
Jamey Jasta - Vocais
Wayne Lozinak - Guitarras
Frank Novinec - Guitarras
Chris Beattie - Baixo
Matt Byrne - Bateria
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Contatos:
Texto: Marcos "Big
Daddy" Garcia
Quem conhece
o trabalho do quinteto americano HATEBREED
não tem meio termo: ou se ama ou se odeia.
Talvez isso
seja causado por serem uma banda com uma sonoridade mais moderna, algo que
muitos fãs mais conservadores não conseguem engolir. Outros, com as mentes mais
abertas, aceitam-nos como uma das melhores bandas do momento.
Sem tomar
partidos, podemos afirmar que o quinteto faz um trabalho de qualidade, e que
seu sucesso não é gratuito de forma alguma. Que o diga o mais recente álbum
deles, "The Concrete Confessional", que acaba de ter sua
versão nacional lançada no Brasil pela dobradinha Shinigami Records/Nuclear Blas
Records Brasil.
Para quem já
conhece o trabalho do grupo, o que "The Concrete Confessional" pode
nos oferecer?
A resposta é
simples: PORRADA NOS OUVIDOS!
Antes de
tudo, é preciso dizer que o estilo musical do quinteto é consolidado há anos,
esta mistura do Hardcore americano à lá CBGB com influências de Thrash Metal e
mesmo alguns toques mais modernos. Mas de longe a fúria musical do grupo é
enorme, e sua base musical muito bem feita serve para os discursos em prol do
livre pensamento, das lutas por causas justas, contra o uso abusivo de drogas,
e do amadurecimento, da superação, do despertar da força interior de cada um de
nós para buscar atingir objetivos que parecem distantes ou impossíveis.
Isso é
positividade, força, agressão musical, e isso, meus caros, é o que o HATEBREED nos oferece.
Produzido e
masterizado pelas mãos de Chris "Zeuss" Harris, mais
a mixagem de Josh Wilbur, podemos aferir que a qualidade sonora do disco é
perfeita: limpa na devida medida para a banda explorar suas músicas e tostar
falantes e fones de ouvido, pois o som da banda esbanja timbres brutos e muito
agressivos. Ou seja, o som que se ouve do CD está de alto nível, como sempre,
embora muito bem feito.
A arte é de Marcelo
Vasco, da PR2Design, e é incrível como ele conseguiu colocar a
agressividade sonora do grupo nos detalhes artísticos do CD. Ou seja, a parte
gráfica está muito bem antenada com o conteúdo lírico/musical da banda.
O quinteto
mostra a mesma raiva de sempre em suas músicas, transbordando em positividade.
A diferença é que sob esta colcha feita de guitarras faiscantes (em bases
sólidas e solos bem feitos), baixo e bateria criando uma base rítmica sólida e
bruta (mas bem tocada), e os vocais raivosos de sempre discursam e contagiam o
ouvinte. E tudo isso, meus caros, está no ápice, com excelentes arranjos
musicais, as músicas são curtas o que ajudam a fácil assimilação das mesmas.
O disco é
excelente de ponta a ponta, mas destacamos as seguintes faixas:
"A.D." - velocidade em alto nível, muita
agressividade e tudo isso embalado por um trabalho ótimo das seis cordas (ouçam
como os solos são caprichados), mais os vocais ríspidos que nos embalam junto
com backing vocals bem postados. Mas existem momento cadenciados excelentes, onde
tudo fica ainda mais intenso.
"Looking Down the
Barrel of Today" -
Alternando entre momentos velozes e outros mais cadenciados, esta faixa é cheia
de arranjos de guitarras de primeira, tornando-a ganchuda e apaixonante.
"Seven Enemies"
- Azeda,
cadenciada e intensa, é onde o peso abrasivo do grupo fica evidente, e isso sem
mencionar como baixo e bateria estão em uma forma excelente. E isso sem mencionar
o excelente refrão.
"Us Against Us"
- O lado mais
hardcorizado da banda está evidenciado demais, com os vocais despejando raiva
anti-conformista para todos os lados, e isso em uma canção com boa dose de
velocidade e arranjos de primeira. E tome um refrão que não se esquece mais
depois que se ouve uma vez.
"Remember When"
- Esta é aquela típica
música mais paradona que o HATEBREED costuma
fazer muito bem (apesar de alguns momentos mais velozes), onde o peso de baixo
e bateria criam uma base rítmica sólida e firme.
"Slaughtered in
Their Dreams" -
Um dos diferenciais do quinteto surgem em meio ao azedume lendo desta faixa:
solos bem feitos. E mesmo não sendo nada virtuosos, são muito bons, e bem
encaixados.
"The Apex Within"
- Esta aqui é muito
envolvente, cheia de mudanças de tempos, além de uma mostra do quanto os vocais
são importantes na banda. Além de tudo, a dicção permite que a voz preencha
todos os espaços quando necessário
"Dissonance" - Novamente, o lado mais Hardcore
bruto e agressivo está às claras, e mesmo com mudanças de ritmo próximas ao
refrão, é icnrível ver como a base rítmica e as guitarras trabalham juntas, sem
destoar. É uma muralha bruta e sólida diante de nós!
O HATEBREED não decepciona, logo,
descolem suas cópias de "The Concrete Confessional",
e boa diversão!
Jamey Jasta, Wayne Lozinak, Frank Novinec, Chris Beattie e Matt Byrne não decepcionam nunca.