3 de jul. de 2016

HATEBREED - THE CONCRETE CONFESSIONAL (Álbum)


2016
Nacional

Nota: 9,5/10,0


Músicas:

1. A.D.
2. Looking Down the Barrel of Today
3. Seven Enemies
4. In the Walls
5. From Grace We've Fallen
6. Us Against Us
7. Something's Off
8. Remember When
9. Slaughtered in Their Dreams
10. The Apex Within
11. Walking the Knife
12. Dissonance
13. Serve Your Masters


Banda:

Jamey Jasta - Vocais
Wayne Lozinak - Guitarras
Frank Novinec - Guitarras
Chris Beattie - Baixo
Matt Byrne - Bateria


Contatos:



Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Quem conhece o trabalho do quinteto americano HATEBREED não tem meio termo: ou se ama ou se odeia.

Talvez isso seja causado por serem uma banda com uma sonoridade mais moderna, algo que muitos fãs mais conservadores não conseguem engolir. Outros, com as mentes mais abertas, aceitam-nos como uma das melhores bandas do momento.

Sem tomar partidos, podemos afirmar que o quinteto faz um trabalho de qualidade, e que seu sucesso não é gratuito de forma alguma. Que o diga o mais recente álbum deles, "The Concrete Confessional", que acaba de ter sua versão nacional lançada no Brasil pela dobradinha Shinigami Records/Nuclear Blas Records Brasil.

Para quem já conhece o trabalho do grupo, o que "The Concrete Confessional" pode nos oferecer?

A resposta é simples: PORRADA NOS OUVIDOS!

Antes de tudo, é preciso dizer que o estilo musical do quinteto é consolidado há anos, esta mistura do Hardcore americano à lá CBGB com influências de Thrash Metal e mesmo alguns toques mais modernos. Mas de longe a fúria musical do grupo é enorme, e sua base musical muito bem feita serve para os discursos em prol do livre pensamento, das lutas por causas justas, contra o uso abusivo de drogas, e do amadurecimento, da superação, do despertar da força interior de cada um de nós para buscar atingir objetivos que parecem distantes ou impossíveis.

Isso é positividade, força, agressão musical, e isso, meus caros, é o que o HATEBREED nos oferece.

Produzido e masterizado pelas mãos de Chris "Zeuss" Harris, mais a mixagem de Josh Wilbur, podemos aferir que a qualidade sonora do disco é perfeita: limpa na devida medida para a banda explorar suas músicas e tostar falantes e fones de ouvido, pois o som da banda esbanja timbres brutos e muito agressivos. Ou seja, o som que se ouve do CD está de alto nível, como sempre, embora muito bem feito.

A arte é de Marcelo Vasco, da PR2Design, e é incrível como ele conseguiu colocar a agressividade sonora do grupo nos detalhes artísticos do CD. Ou seja, a parte gráfica está muito bem antenada com o conteúdo lírico/musical da banda.

O quinteto mostra a mesma raiva de sempre em suas músicas, transbordando em positividade. A diferença é que sob esta colcha feita de guitarras faiscantes (em bases sólidas e solos bem feitos), baixo e bateria criando uma base rítmica sólida e bruta (mas bem tocada), e os vocais raivosos de sempre discursam e contagiam o ouvinte. E tudo isso, meus caros, está no ápice, com excelentes arranjos musicais, as músicas são curtas o que ajudam a fácil assimilação das mesmas.

O disco é excelente de ponta a ponta, mas destacamos as seguintes faixas:

"A.D." - velocidade em alto nível, muita agressividade e tudo isso embalado por um trabalho ótimo das seis cordas (ouçam como os solos são caprichados), mais os vocais ríspidos que nos embalam junto com backing vocals bem postados. Mas existem momento cadenciados excelentes, onde tudo fica ainda mais intenso.

"Looking Down the Barrel of Today" - Alternando entre momentos velozes e outros mais cadenciados, esta faixa é cheia de arranjos de guitarras de primeira, tornando-a ganchuda e apaixonante.

"Seven Enemies" - Azeda, cadenciada e intensa, é onde o peso abrasivo do grupo fica evidente, e isso sem mencionar como baixo e bateria estão em uma forma excelente. E isso sem mencionar o excelente refrão.

"Us Against Us" - O lado mais hardcorizado da banda está evidenciado demais, com os vocais despejando raiva anti-conformista para todos os lados, e isso em uma canção com boa dose de velocidade e arranjos de primeira. E tome um refrão que não se esquece mais depois que se ouve uma vez.

"Remember When" - Esta é aquela típica música mais paradona que o HATEBREED costuma fazer muito bem (apesar de alguns momentos mais velozes), onde o peso de baixo e bateria criam uma base rítmica sólida e firme.

"Slaughtered in Their Dreams" - Um dos diferenciais do quinteto surgem em meio ao azedume lendo desta faixa: solos bem feitos. E mesmo não sendo nada virtuosos, são muito bons, e bem encaixados.

"The Apex Within" - Esta aqui é muito envolvente, cheia de mudanças de tempos, além de uma mostra do quanto os vocais são importantes na banda. Além de tudo, a dicção permite que a voz preencha todos os espaços quando necessário

"Dissonance" - Novamente, o lado mais Hardcore bruto e agressivo está às claras, e mesmo com mudanças de ritmo próximas ao refrão, é icnrível ver como a base rítmica e as guitarras trabalham juntas, sem destoar. É uma muralha bruta e sólida diante de nós!

O HATEBREED não decepciona, logo, descolem suas cópias de "The Concrete Confessional", e boa diversão!

Jamey Jasta, Wayne Lozinak, Frank Novinec, Chris BeattieMatt Byrne não decepcionam nunca.





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