2015 - Black Legion Productions - Nacional
Nota 7,5/10,0
Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
Apesar da inclinação histórica ao Metal extremo no Brasil, sempre surgem bandas bem legais nas vertentes mais melodiosas. E no momento, está acontecendo um "revival" do Metal tradicional nos moldes da NWOBHM. E alguns nomes andam mostrando trabalhos muito bons. E o interessante é que de Barroso (MG) vem um nome muito promissor, o do quinteto APPLE SIN, que apesar de ainda ser relativamente jovem (foi formado em 2012), mostra um trabalho muito bom em "Fire Star", seu primeiro trabalho de estúdio.
Se está buscando ousadia ou inovação, esqueça. O quinteto não vai por este caminho (e no fundo, nem precisa), mas busca fazer um som que misture influências de MAIDEN e PRIEST, ou seja, uma música que tem boa dose de agressividade, mas é bem melodiosa e com nível técnico equilibrado (ou seja, sem exageros). Se por um lado não inovam, por outro tem um valor muito grande, pois é honesto, autêntico e criativo. E como tem energia!
A produção sonora e mixagem são do baterista Eduardo Rodrigues. Se não é um primor em termos de qualidade sonora (está um pouco crua), é suficientemente clara e pesada para podermos apreciar suas músicas de forma satisfatória. Poderia ser melhor em termos de qualidade, mas está longe de ser ruim.
Apple Sin |
Apple Sin - Baixo e bateria se destacam nessa música forte, pesada e com um andamento em velocidade mediana, além dos vocais se encaixarem bem sob a base instrumental.
Fire Star - Mesmo sendo de Metal tradicional, sente-se uma pegada um pouco "modernosa" nas guitarras. Mas mesmo assim, a essência sonora da NWOBHM, e reparem bem como os riffs nos pegam pelos ouvidos.
Black Hole - Outra pancada tradicional à lá NWOBHM com alguma envoltória mais moderna. Mas não se preocupem: temos uma música bem cheia de melodias e agressividade, por conta do bom trabalho de guitarras.
Poison in My Eyes - Outra de andamento não tão rápido, mas ganchudo, além de um refrão ótimo. E reparem bem que bateria e baixo novamente mostram um peso bem efetivo.
Darkness of World - Aqui a banda ganha mais energia e pegada pesada. E sim, óbvio que as guitarras mostram sua força em riffs bem pesados e solos bem feitos.
A banda ainda necessita de amadurecer um pouco mais (especialmente os vocais, que podem render bastante, pois alguns timbres mais altos soam demais como Bruce Dickinson), mas possuem potencial para ser um nome bem forte do gênero por aqui.
Ponho fé.
Músicas:
01. Apple Sin
02. Fire Star
03. Black Hole
04. Poison in My Eyes
05. Darkness of World
Banda:
Patric Belchior - Vocal
Beto - Guitarras
Tainan Vilele - Guitarras
Raul Lourenço - Baixo, backing vocals
Eduardo Rodrigues - Bateria
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