24 de jun. de 2015

Vetor – Chaos Before the End (CD)


2015 – Shinigami Records – Nacional

Nota 10,0/10,0



Músicas:

01. Intro Religious Falsehood
02. Strike Command
03. Chaos Before the End 
04. My Torment 
05. Limits Within Procreation
06. In the Sound of the Wind
07. Vetor
08. Endangered Species


Banda:

Eduardo Jr – Vocais 
Pedro Bueno – Guitarras 
Ricardo Lima – Guitarras 
Luiz Meles – Baixo 
Afonso Palmieri – Bateria 


Contatos:

Metal Media (Assessoria de Imprensa)

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


A fusão da força e melodia do Metal tradicional com a agressividade do Thrash Metal é algo que é feito há mais de 30 anos. Com raízes em bandas como METAL CHURCH e sendo levado ao estrelato pelo JUDAS PRIEST com seu clássico “Painkiller”, de lá para cá, muitas bandas surgiram nessa linha. Muitas apenas imitam seus ídolos, e outras procuram fugir do ponto comum, abrindo novas possibilidades. E é justamente isso o que o quinteto VETOR, de Santos (SP), que após um longo e tortuoso caminho, enfim lança seu primeiro álbum, “Chaos Before the End”.

E sejamos francos: valeu cada segundo a espera.
O que diferencia a banda de muitas de seu gênero é sua queda acentuada para o lado mais agressivo de seu trabalho. Mas óbvio que isso de forma alguma oblitera as melodias. Longe disso, elas são claras e sensíveis, ajudadas pela técnica de seus músicos. E o resultado de misturar vocais ótimos (que variam bastante os tons, e misturam muito bem timbres agressivos com outros mais melodiosos, em uma escola que fica entre Rob Halford com a garra de Matthew Barlow e uns toques à lá Ralf Scheepers), uma dupla de guitarras ótima que soa pesada o tempo inteiro (que sabe como fundir melodias e agressividade nos riffs e solos), e um trabalho excelente de baixo e bateria, segurando a base rítmica da banda com técnica e peso não poderia dar em outra coisa: O trabalho do quinteto é forte, pesado e brutal, mas acrescido de melodias muito bem sacadas, e com muita personalidade. E por isso, “Chaos Before the End” é uma pérola que merece ser ouvida com muita atenção.

A produção de Aníbal Pontes é de primeira e, além disso, a mixagem e a masterização foram feitas por Fredrik Nordström nos Fredman Studios (Suécia). Óbvio que o resultado é uma qualidade sonora de alto nível, agressiva, pesada e densa, mas com clareza extrema, a ponto de cada detalhe da música da banda estar bem claro. E o trabalho de Jean Michel da Designations para capa ficou ótimo, assim como todo o layout é de primeira.

Vetor
O VETOR realmente de destaca por sua música bem arranjada, dinâmica e espontânea. Cada música é uma caixa de surpresas, mas sem o medo de darmos de cara com a famosa Caixa de Pandora. E ainda temos as presenças de Bil Martins (vocalista do HELLISH WAR) nos backing vocals em “Limits Within Procreation” e “Vetor”, Luiz Carlos Louzada (vocalista do VULCANO) em “Limits Within Procreation” e vocais adicionais em “Vetor”, Flávio Matheus nos pianos em “Religious Falsehood”, e Aníbal Pontes nas guitarras, arranjos orquestrais e corais em “Religious Falsehood”. E cada um, ao seu jeito, deu ainda mais valor ao trabalho do quinteto (lembrando que todas as guitarras base foram gravadas por Luciano Gavioli). E tudo isso ainda em temas líricos diversificados, que falam em assuntos como ufologia, guerras, política, conflitos, religião, ufologia, e outros que poderão identificar.

Introduzida por toques macios bem climáticos, temos “Religious Falsehood”, uma faixa com andamento variado, elegante e opressiva em seus arranjos modernos, com excelente presença das guitarras da banda. A força das melodias modernas se faz presente na cativante “Strike Command”, com um refrão excelente, além de belo trabalho de baixo e bateria. Riffs abrasivos e ganchudos abrem a pesada “Chaos Before the End”, outra com ótimo refrão, e os vocais se superam em termos de interpretação, com belos tons. Mesmo com atmosfera modernosa, “My Torment” apresenta uma pegada Hard’n’Heavy à lá anos 80 em vários momentos, outra que nos agarra pelos ouvidos. Baixo e bateria roubam a cena na feroz “Limits Within Procreation”, com uma pegada mais moderna e um trabalho ótimo nas guitarras, fora as variações de tons dos vocais. A voraz “In the Sound of the Wind” é uma boa mostra da força dos vocais, uma vez mais com mudanças de andamento bem sinuosas, mas ótimas. E não é surpresa ver uma faixa mais pesada e agressiva em “Vetor”, com belos backing vocals e arranjos mais azedos nas guitarras (mas sem deixar as melodias de lado), além de belos solos e duetos. Fechando o CD e pondo a casa abaixo, temos “Endangered Species”, onde novamente a banda tem variações de velocidade nos andamentos, mas sempre mantendo uma agressividade ímpar, com destaque para vocais e guitarras. 

Demorou para sair, mas como dito acima, valeu a espera.

Parabéns ao VETOR, e o sucesso é certo.



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