12 de mai. de 2015

Higher: ainda é possível ser criativo no heavy metal?



Apesar da banda reunir jazzistas tocando metal, músicos garantem que sua essência criativa não está nessa fusão (Foto: Janaína Soares)

Importantes eventos como o Monster Of Rock que foi realizado no Brasil recentemente, levantam importantes questões. Por que o cast de um festival como esse é quase totalmente voltado para bandas antigas, com pouco espaço pra novos grupos e nenhum espaço para bandas brasileiras? Falta apoio dos produtores ou interesse do público? Ou é uma questão de falta de qualidade e criatividade das novas bandas nacionais?

Segundo opinião da imprensa especializada e do próprio público, qualidade e originalidade musical são atributos da banda paulista de metal HIGHER que os credenciariam com sobras para qualquer festival como o Monsters Of Rock.

O disco de estreia da banda, autointitulado, foi lançado no segundo semestre de 2014 e vem colecionando declarações calorosas como: "Nove canções perfeitas" (Metal Samsara); "Surpreendente" (Portal Reidjou); "Som único" (Galeria Musical); "Pesado e criativo, difícil de rotular" (A Música Continua A Mesma); "Indispensável" (Metal Revolution). O álbum também entrou para a lista de Melhores do Ano de diversos jornalistas e críticos respeitados. Na eleição realizada entre os leitores do site Heavynroll, Cezar Girardi foi considerado o segundo "Melhor Vocalista de Metal do Brasil" e Gustavo Scaranelo o terceiro "Melhor Guitarrista".

O resultado dessa recepção pra lá de positiva que o HIGHER vem conquistando com seu primeiro álbum está diretamente alinhada à qualidade e originalidade do trabalho, o que, alguns, atribuem ao fato da banda ter sido formada por músicos profissionais que tocam jazz e música instrumental brasileira. Para Gustavo Scaranelo, por mais que a experiência em outros campos musicais contribua muito para isso, não há como se obter originalidade sem sinceridade artística. 

"Durante a produção do trabalho tentamos de todas as formas nos ater aos resultados que expressavam o lado mais honesto de nossa musicalidade, aquilo que nos desse vontade de ouvir muitas vezes", declara o guitarrista. "Eu mesmo evitei solos cheios de notas, são os que eu menos gosto de ouvir, e tentei trabalhar motivos mais interessantes, tentei compor material que eu tivesse prazer em revisitar. O mesmo pode se dizer dos arranjos e melodias. Nem sempre esse resultado vinha rapidamente, algumas ideias sempre chegam antes, mas raramente são as melhores, e aí você tenta encontrar o "outside the box" dentro de você mesmo. A verdade é que existe um milhão de maneiras distintas para se fazer algo, mas dá trabalho abandonar o piloto automático, mas nós não recusamos o desafio, foi um processo lento, mas ao final, tínhamos orgulho do resultado. Quando me deparei com a primeira resenha que nos atribuiu originalidade, fiquei emocionado. Não por ter sido essa a intenção, mas por ter sido um trabalho tão honesto e tão do nosso gosto, e que agora é respeitado e encarado como um projeto que carrega alguma originalidade."

O HIGHER, que além de Gustavo e Cezar conta também com Andrés Zúñiga (baixo), Pedro Rezende (bateria) e Felipe Martins (guitarra), lançou no início do ano o videoclipe pára a música "Lie" - http://youtu.be/kbI1g7rqmOE. No momento a banda planeja o lançamento do segundo vídeo para seu álbum de estreia.

O Higher é uma entre várias bandas do metal nacional que transbordam qualidade e originalidade. Portanto, a pergunta permanece sem resposta: por que elas não tocam no Monsters Of Rock?


Mais Informações:



Fonte: Som do Darma
Informações para a Imprensa
A/C Eliton Tomasi
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