Nota 8,5/10,0
Por Marcos "Big Daddy" Garcia
O Heavy Metal brasileiro anda fazendo bonito, com boas bandas surgindo e fazendo o estilo mais clássico. Algumas ainda possuem uma pegada bem próxima ao Thrash Metal, logo, a pegada pesada do Metal tradicional mais a adrenalina do Thrash costumam dar bons resultados nas mãos de quem sabe o que faz. E é bem legal ver que o trio CAMUS, da cidade de Recife (Pernambuco), mostrando força e entusiasmo em “Heavy Metal Machine”, seu novo EP.
O trio mostra uma bela diversidade musical (chegam a existir momentos de música regional brasileira em suas canções), não se preocupando exclusivamente ficar acomodado entre o Metal tradicional e o Thrash Metal. Não, eles têm uma boa dose de ousadia, coisa meio rara nos dias de hoje, embora sua música soe fortemente espontânea. Bons vocais, riffs e solos de guitarra muito bem feitos (e que entram em nossos ouvidos e não saem mais), baixo e bateria com peso e boa técnica, e tudo na medida certa. Óbvio que eles acertaram, e muito bem.
Camus |
Óbvio que sentimentos a presença de influências musicais claras como METALLICA, DEEP PURPLE e SAXON aqui e ali, mas nada que desqualifique o grupo ou que o torne um clone. Não, a banda sabe fazer uma música pegajosa, melodiosa e pesada, com arranjos mais simples, mas ótimos.
Temos cinco canções bem arranjadas, com cada instrumento mostrando suas habilidades (mas sem exageros de individualismo). “Rise of a New Word” é mais pesada e raçuda, onde o lado Thrash Metal tem maior expressão, além de belos riffs de guitarra, o baixo mostrando uma boa técnica, tudo isso assentado em um andamento em tempo médio. Em “Dreams and Shadows”, a banda consegue um equilíbrio maior entre os aspectos Thrash e tradicional de sua proposta musical, surgindo momentos de música regional onde baixo e bateria se destacam absurdamente. Já “Heavy Metal Machine” é pegajosa, forte e pesada, com melodias ótimas e certos toques de Hard’n’Roll à lá NWOBHM, com vocais bem feitos e ótimo refrão. “The Loser” volta a apresentar um lado mais agressivo, mas com toques mais acessíveis quase imperceptíveis aqui e ali, sobressaindo-se mais uma vez o trabalho das guitarras. E fechando, “False Conviction”, onde mais uma vez, a banda mostra peso e energia, mas com melodias bem firmes e de fácil assimilação, onde peso e agressividade se mixam harmoniosamente.
Realmente, a banda está de parabéns pelo ótimo trabalho, e esperamos que venha logo um álbum, pois eles merecem.
Músicas:
01. Rise of a New World
02. Dreams and Shadows
03. Heavy Metal Machine
04. The Loser
05. False Convictions
Banda:
Thiago Souza – Vocais, baixo
Jones Johnson – Guitarras
Marcelo Dias – Drums
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