9 de jan. de 2015

Kattah – Lapis Lazuli (CD)

Nota 9,5/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia



A Lápis Lazuli é um tipo de rocha de coloração azulada, considerada um amuleto sagrado em várias culturas antigas, em especial, a dos egípcios, sumérios, acadianos e assírios. Símbolo de grande poder, a idéia lendário por trás da Lápis Lazuli nos deixa evidenciado o quão bom é o trabalho do quarteto curitibano KATTAH, pois seu segundo e mais recente disco, “Lapis Lazuli” é, ao mesmo tempo, poderoso e precioso.

O grupo cria um forte e pesado Heavy Metal com um “insight” voltado ao Power Metal, com ótimo nível técnico, melodias acentuadas e preciosas, sempre com uma elegância e beleza bem particular, e peso. Os vocais são bem afinados, com boa dose de melodia e timbres bem escolhidos, ao passo que os riffs de guitarra são excelentes em todo o disco, e os solos são caprichados e com boa dose de técnica. Baixo e bateria tem sua porção de técnica devida, aliada a peso e um trabalho rítmico fantástico. Em sua: uma música das boas, pesada e agradável aos sentidos, e em muitos momentos, elementos de música folclórica árabe surgem (pois é a proposta musical do quarteto).

Em termos de produção, basta falar o nome de Roy Z, que aliado a Andy Haller, fizeram um trabalho sonoro que beira a perfeição. Peso, melodia e técnica são ouvidos fluindo dos falantes com clareza, sem que o menor dos detalhes fique oculto. Mas não se preocupem: o disco soa pesado, e como!

Kattah
A arte do CD, usando mais uma vez referências culturais do Oriente Médio, é belíssima, um trabalho visualmente atraente e agradável, feito com profissionalismo ímpar.

O KATTAH tem a seu lado um diferencial: saber fundir elementos regionais árabes com arranjos de Metal muito bem feitos, logo, gera uma música híbrida e atraente em todos os momentos, nos agarrando pelos ouvidos, embora alguns elementos regionais de nosso país surjam, como em “A Capoeira” e “Lapis Lazuli”. Adicionem a isso refrões de fácil assimilação, pronto: orgasmo em forma de música.

Melhores músicas: “Behind the Clay”, que se inicia a pesada e azeda, mas que está repleta de momentos mais elegantes, ótimos riffs de guitarra e vocalizações perfeitas; a trabalhada “Apocalypse”, mais uma vez com belos vocais assentados sobre um instrumental pesado e bem técnico, e um belíssimo refrão; “Alpha Centaury”, que mixa elegância, técnica e uma pegada pesada de forma perfeita; a perfeita e majestosa “Rebirth of Pharaohs”, com uma cozinha rítmica perfeita; a perfeita e grudenta “The Hidden Voice” (mais uma com belíssimo refrão, alguns momentos mais amenos e etéreos, e onde as guitarras se destacam); a quase puramente árabe “Lapis Lazuli”, uma música muito diversificada, com um insert inteligente de uma cuíca e elementos de música brasileira (cantados em português), aqui e ali; a belíssima “Land of God”; e a forte “Last Chance”, que usa de momentos mais calmos e outros mais pesados.

A comparação com a Lápis Lazuli não é uma mera coincidência, já que “Lapis Lazuli” é tão precioso, místico e maravilhoso.

Parabéns ao KATTAH por um trabalho tão bem feito, e que é tão agradável.




Músicas:

01. Behind the Clay 
02. Inside My Head 
03. Apocalypse 
04. Alpha Centaury 
05. Vetus Espiritus 
06. Rebirth of Pharaohs 
07. The Hidden Voice 
08. Lapis Lazuli 
09. A Capoeira 
10. Land of God 
11. You Will Never Be Dead 
12. Untitled 
13. Last Chance


Banda:

Roni Sauaf – Vocais 
Victor Brochard – Guitarras 
Cicero Chagas – Baixo 
Cristian Alex – Bateria


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