6 de out. de 2014

Resenha: Hazy - Eternal Rise (EP)

MS Metal Records
Nota 8,5/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


Raçudo, agressivo, feroz, mas com bom nível técnico e personalidade. Em poucas palavras como essa podemos descrever o ótimo trabalho do quarteto paulista HAZY, que apesar de relativamente jovem (a banda foi fundada no final de 2012), mostra em seu EP de estréia, "Eternal Rise", uma personalidade forte.

Transitando entre o Thrash/Groove moderno com melodias evidentes (especialmente no trabalho das guitarras), vocais guturais, e sabendo dar uma bela dinamizada em suas canções, o grupo tem muitas virtudes em fazer um trabalho desse nível no Brasil, ainda envolto em modelos de pensamento conservadores (especialmente quando falamos em Metal). Vocais urrados com momentos mais extremos (mantendo boa dicção), riffs de guitarra pesados e bem planejados, baixo e bateria entrosados em uma base rítmica bem pesada e com bom nível técnico. A soma total resulta em algo bruto e azedo, mas ao mesmo tempo, de bom gosto.

Hazy
Produção, mixagem e masterização assinadas por Marcelo Pompeu e Heros Trench, com tudo feito no estúdio Mr. Som, não é à toa que a qualidade sonora do grupo consegue aliar a agressividade abrasiva de sua música com um nível de clareza muito bom, pois podemos não só ouvir os instrumentos separadamente, mas também conseguimos perceber as nuances de suas músicas. A arte, feita por Jean Michel da Designation Artworks, ficou muito bom, cheia de simbolismos extremamente subjetivos.

Nas quatro canções, nota-se que a banda tem uma preocupação em termos estéticos, já que são bem trabalhadas e com arranjos bem lapidados, mostrando que o grupo não apenas senta e toca, mas planeja bem suas ações.

"Deception" é introduzida por ruídos, antes de virar um coice bem trabalhado e com certa velocidade, com muita força no trabalho das guitarras (os riffs são muito dinâmicos, e em cada variação, a banda se mostra muito coesa). Já "Fall and Rise" tem um andamento mais cadenciado e pesado, mostrando a força de baixo e bateria, fora um solo de guitarra muito bom. A abrasiva "Frail" é outro murro na cara, com muito peso e novamente um andamento mais moderado, mas empolgante e firme. Com uma introdução de baixo, vem "Eternal Coma", com alguns arranjos mais complexos e quebrados, ótimos vocais (boas variações entre rasgados e guturais).

É uma bela promessa que surge, que tem muito para mostrar e dar ao Metal nacional, e esperamos de coração que voltem logo com um álbum completo.



Tracklist:

01. Deception
02. Fall and Rise
03. Frail
04. Eternal Coma


Banda:

Diego Sachi – Vocais
Vinicius Marcel – Guitarras
Eduardo Gochi – Baixo
Marcio Lucca – Bateria


Contatos:

MS Metal Press (Assessoria de Imprensa)
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