24 de out. de 2014

Resenha: Eternal Sex and War - Negative Monoliths (CD)

Nota 8,5/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


E a parceria entre a Shinigami Records (do Brasil) com a Quality Steel Records (da Alemanha) nos brinda com mais um bom trabalho, que poderá alcançar um maior número de fãs. Dessa vez, é hora de ouvirmos "Negative Monoliths", segundo e mais recente trabalho do trio italiano ETERNAL SEX AND WAR.

A banda não chega a realizar grandes inovações sonoras, já que sua música é muito calcada na leva de bandas de Black Metal que ficam entre a primeira safra (VENOM, BATHORY, HELLHAMMER) e a segunda (MAYHEM, DARKTHRONE, EMPEROR). Ou seja, sua sonoridade é híbrida do Black Metal com muito de Death Metal, lembrando bastante o estilo do BEHERIT, GRAND BELIAL'S KEY e BLASPHEMY, só que menos sujo. E a técnica da banda não é exagerada, mostrando que a simples mistura de vocais guturais urrados (por isso, cita-se a influência das bandas de Black/Death Metal acima), riffs intensos e bem pensados, base rítmica sóbria e pesada. Nada inovador, mas muito bom.

Com gravação, mixagem e masterização feitas por Ivan Moni Bidin e Fabio D'Amore no Artesonika Recording Studio, o grupo conseguiu um som que soe gorduroso, cheio, sujo, mas sem soar como algo datado ou mofado. Longe disso, a qualidade musical que o grupo utiliza faz parte de sua música, sabendo aliar bons timbres e clareza suficiente para se discernir o que cada um está tocando, com aquela sujeira essencial. E ainda temos uma arte bem simples, baseada em tons de preto, branco e cinza, com capa feita por Danielle Lupini e layout de Fausto Cancian, mas é nessa simplicidade que o aspecto visual consegue retratar bem o lado sonoro do grupo.

Eternal Sex and War
Apesar de não ter nenhuma inovação, não podemos classificar "Negative Monoliths" como um disco ruim, muito longe disso. A banda tem personalidade, o que é mais importante, e ela surge em cada arranjo musical, por mínimo que seja, pulsando com vida e agressividade. e é um deleite para fãs de Death Metal lá do início dos anos 90, bem como para fãs de Black Metal do mesmo período sem problemas.

E a surra se distribui de forma bem homogênea pelas oito faixas do CD, cada uma dela com seus próprios méritos, sendo as melhores a opressiva "Heretic Reaktor" (a bateria mostra uma diversidade técnica muito boa, sabendo ter peso e velocidade, bem como o baixo mostra-se presente nos devidos momentos), a rápida "Endless Dogmatic Demolition" (aqui, os vocais dão um show, mostrando timbres fortes bem "Schuldinerianos"), a longa e variada "Hallucinated by the Ungod of Exile" (uma aula de mudanças de andamento, indo de momentos mais velozes com outros mais cadenciados e outros no meio termos, com riffs muito ganchudos), a igualmente variada "Sarin Total Wipeout" (que riffs!), e a também longa "Cyclone Demagogy".

Na simplicidade concebida pelo trio, um ótimo trabalho.



Tracklist:

01. Nothing but Void
02. Heretic Reaktor
03. Endless Dogmatic Demolition
04. Bigotry of the Insects
05. Hallucinated by the Ungod of Exile
06. Megatons to Negate  
07. Sarin Total Wipeout
08. Cyclone Demagogy


Banda:

Thorshammer - Vocais, guitarras
Dr. Faustus - Baixo
Gornhar - Bateria e percussões


Contatos:

Shinigami Records (selo da banda no Brasil)
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