5 de jul. de 2014

Resenha: Falconer - Black Moon Rising (CD)

Nota 10,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


Desde que "Chapters from a Vale Forlorn" foi lançado no Brasil em 2002, o nome do FALCONER se estabilizou e criou uma boa base de fãs por aqui. Sim, pois o mix inteligente e bem feito de um Heavy/Power Metal pesado com temas e elementos Folk fez escola, e àquela época, era algo diferente e feito de uma forma não convencional, já que este tipo de tema estava associado, até então, ou à bandas de Viking Black Metal, ou as bandas de Folk Metal ainda eram muito sujas e cheias de influências extremas. Mas mesmo assim, a banda se firmou, e de lá para cá, veio fazendo mais e mais discos, com algumas escorregadas, verdade seja dita. Mas com "Black Moon Rising", o quinteto retorna a pegada mais antiga.

Sim, "Black Moon Rising" mostra o FALCONER no auge de seu estilo melodioso e grandioso de antes, com grandes vocalizações (talvez o álbum onde Mathias Blad cante melhor), um trabalho de guitarras fantástico seja nos riffs ou nos solos, o ritmo firme e seguro de baixo e bateria dá um peso absurdo ao disco. E é justamente este peso que diferencia o trabalho do FALCONER de outras bandas: é muito pesado, a técnica aparece de forma sóbria, e o mais importante é que as músicas soem melhor como uma soma de cinco músicos do que apenas pela individualidade de cada uma.

Falconer
Mais uma vez tendo Andy LaRocque na produção, mixagem e masterização, chega a ser covardia falar do nível de sonoridade que a banda atingiu. Está perfeito, limpo e pesado nas mesmas medidas, em um equilíbrio harmonioso que faz o trabalho soar ainda melhor. E a arte de Jan Meininghaus para a capa dá uma idéia do que o ouvinte terá ao colocar o disco para tocar.

O FALCONER caprichou nas composições, e como já foi dito, há um equilíbrio sensível entre a técnica e o peso no disco, mostrando que o disco foi muito bem trabalhado e pensado. Não há um detalhe fora do lugar, ou mesmo algum momento onde a banda deixe um espaço para críticas. Podemos dizer que a banda se superou em termos criativos, bem como soube pesar bem o que fazer e como fazer.

Melhores momentos do disco: a empolgante e pesada "Halls and Chambers" (com belíssimos duetos de guitarras, riffs cortantes e ótimas vocalizações), a trabalhada "Black Moon Rising" (mais uma vez com um trabalho fantástico das guitarras, mais baixo e bateria fazendo um trabalho fenomenal), a mais Folk "Scoundrel and the Squire", a forte "Wasteland" (alguns momentos da bateria parecem uma referência ao Metal extremo), "At the Jester’s Ball" com seu andamento mais focado no peso e não na velocidade, mesmas características presentes na emotiva "Dawning of a Sombre Age", e "The Priory" (outra faixa onde a influência de Folk fica mais evidente, especialmente nas guitarras).

Discão, e pede uma versão nacional! E rápido!


Tracklist:

01. Locust Swarm
02. Halls and Chambers
03. Black Moon Rising
04. Scoundrel and the Squire
05. Wasteland
06. In Ruins
07. At the Jester’s Ball
08. There’s a Crow on the Barrow
09. Dawning of a Sombre Age
10. Ages of Runes
11. The Priory


Banda:

Mathias Blad - Vocais
Stefan Weinerhall - Guitarras
Jimmy Hedlund - Guitarras
Magnus Linhardt - Baixo
Karsten Larsson - Bateria


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