Prestes a se graduar em Canto na UFRGS, o vocalista Joel Milani, da banda de Heavy Metal DARKSHIP, explicou em detalhes a conexão que existe entre a Música Clássica e o som pesado, e embora a sonoridade da banda seja mais voltada ao peso. Há muitas influências eruditas em seu “background”, como explicou: “Acho que no caso das músicas do DARKSHIP temos a grande soma das influências que todos da banda acumularam e aí no meio vai ter a fonte erudita, não só minha, assim como de todos da banda. Por exemplo, para solo da música “We Are Lost” foi composto um contraponto entre guitarra e teclado. Eu penso que é uma grande mistura de elementos.”. E dentre as influências pesadas, o músico comenta: “Eu não seria justo se não citasse Angra como a primeira da lista, eles tiveram grande culpa em eu conhecer esse estilo. Porém hoje em dia já escuto muito mais outras bandas excelentes, como Symphony X, Epica, Nightwish, Kamelot e Within Temptation”.
A paixão do vocalista surgiu, curiosamente, através de um músico gaúcho: “Não recordo de um fator isolado, mas lembro de que como eu tocava violão, sempre assistia perplexo às performances do Yamandu Costa na TV, com isso comecei a ouvir e pesquisar mais coisas voltadas para música erudita, e como você sabe, depois que você escuta Mozart, não tem mais volta. Depois disso entrei para uma orquestra e comecei a tocar trompete e já comecei a ter a ideia de seguir ruma formação nessa área da música.”
E neste sábado, haverá o Recital de Graduação em Canto na UFRGS, onde Joel cantará obras de Monteverdi, Händel, Mozart, Schubert, Verdi, Villa-Lobos, Weber, entre outros. No texto abaixo Joel lista algumas de suas obras preferidas, e convida a todos a comparecerem ao Recital.
Evento com as informações: https://www.facebook.com/events/251209955076406
Obras fundamentais de Música Clássica
Esse é um bom assunto, porém é um tanto complexo para ser citado em apenas algumas obras. Na verdade, só por curiosidade, quando se fala em música clássica, sempre me leva a pensar no “período clássico da música”, então para esclarecer por que às vezes algumas pessoas podem fazer certa confusão, no caso falamos em “música erudita” dentro da faculdade. Bom, vou citar (numa ordem cronológica) obras que eu considero fundamentais e que realmente gosto.
Começo com uma obra chamada “El Grillo” do compositor Josquin des Prez (1440 – 1521), o qual é um compositor plenamente renascentista, e importantíssimo, pelo falto de começar a compor sem papel já existente, deixando o canto gregoriano para trás. Acho essa música muito divertida, e vários corais a interpretam hoje em dia.
As próximas duas obras (mas vamos contar como uma extra) são do grande compositor Claudio Monteverdi (1567 – 1643), uma chamada “Lamento Della Ninfa” (que cantei em alguma etapa da minha graduação), peça linda, feita para dois tenores, um baixo e um soprano, com acompanhamento de baixo contínuo, e “L’orfeo”, considerada a primeira ópera catalogada, a qual tive a enorme satisfação de cantar no ano passado, no papel de “Apollo” (pai de Orfeu), e acho que não preciso explicar sua importância dentro da música erudita.
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750), nosso mestre do contraponto, dentre milhares que poderia destacar, gosto muito da “clássica” “Tocata e Fuga em Dm”, Metal puro! (risos). Agora sim, entrando no Período Clássico, meu compositor favorito, o grande gênio Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791), cara, difícil citar uma só, mas tem uma que eu acho demais, é a abertura da ópera “Don Giovanni”, toda obra é excelente, inclusive já cantei árias dessa ópera, mas acho insano aquele início. Faltariam ainda várias obras pra citar, mas não ficaria feliz se não citasse o “tio Beth” (risos), Ludwig van Beethoven, apesar de a “Nona Sinfonia” ser um grande marco na história da música, eu acho muito foda a Terceira Sinfonia dele.
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Fonte: Wargods Press
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