15 de abr. de 2014

Resenha: KroW - Relentless Disease (EP)

Xaninho Discos/Valvulados
Nota 9,5/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


E eis que o orgulho do Triângulo Satânico Mineiro está de volta: o quarteto KROW, de Uberlândia, retorna à carga pesada com o EP "Relentless Disease", com duas faixas de cair o queixo.

Para quem conhece a banda, sabe bem que o quarteto é fiel às suas raízes fincadas no Death Metal bem brutal, mas sempre como boa técnica e cirurgicamente bem arranjado. Mas ao mesmo tempo, os rapazes sempre possuíram uma enorme dinâmica musical, aquela coisa de querer sempre dar o passo adiante em busca de novos fronteiras. E que futuramente serão quebradas!

Neste EP, o KROW dá uma bela evoluída em termos de composição, que parecem um pouco mais secas, mas mesmo assim brutais e opressivas, com os vocais ainda bem guturais (mas bem pensados), as guitarras estão arrasadoras (como evoluíram! Mostram riffs bem fortes e impactantes, e solos bem doentios), baixo e bateria formam uma base que é bem opressiva e pesada, mas com boa técnica.

KroW
A produção de Ronnie Bjornström (o mesmo que trabalhou com o AEON e o MESHUGGAH), e com gravação, masterização e mixagem no GarageLand Studios, em Umea, Suécia. Resultado: limpeza e peso nas mesmas medidas, com timbres bem escolhidos e alguns efeitos muito bem sacados. A capa mostra um approach "de raiz", buscando similaridade com clássicos antigos do Death Metal, em uma arte mais simples e visceral, mas muito bem feita, em mais um belo trabalho de Costin Chiorianu da Twilight13 Media (que já fez trabalhos para o ARCH ENEMY).

O KROW mostra que as turnês na Europa ajudaram a refinar ainda mais o trabalho do grupo, pois existe um refinamento musical que ainda precisava sair. E agora que saiu, a banda está mais que no ponto para os ouvidos mais exigentes.

Infelizmente, temos apenas duas faixas: a bruta e pesada "Relentless Disease" (o andamento é bem empolgante, e os arranjos das guitarras mostram uma dinâmica bem envolvente, bem como os vocais guturais foram bem assentados sobre a base instrumental), enquanto "Whoreborn" (uma música com uma pegada bruta e com toques de experimentalismo, mostrando uma personalidade e trabalho musical mais diversificado que antes, sob um andamento um pouco mais moderado, com baixo e bateria mostrando um belo trabalho).

Tenha certeza: "Relentless Disease" mostra o KROW dando mais um passo adiante, e nisso, todos nós (fãs, banda, todos mesmo) ganham bastante.

Avante, Triângulo Satânico Mineiro!



Tracklist:

01. Relentless Disease
02. Whoreborn


Banda:

Guilherme Miranda - Guitarra/Vocal
Lucas ‘Carcassa’ Simon - Guitarra
Cauê de Marinis - Baixo
Jhoka Ribeiro - Bateria


Contatos:

Metal Media (imprensa)
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