Metal Samsara: Hammathaz - Inner Walls (EP)

14 de mar. de 2014

Hammathaz - Inner Walls (EP)

Independente

Nota 9,0/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia

É, o Metalcore ainda vai dar muito o que falar por aqui, já que as novas gerações. Cada vez mais surgem boas bandas em nossas terras que se dedicam ao gênero, e um ótimo nome que surge é o do experiente quinteto HAMMATHAZ, de Sorocaba (SP), que chega com seu segundo EP, "Inner Walls". E é uma paulada!

Primeiro, como quase tudo que é feito em termos de Metal no Brasil, o grupo faz sua música mixando o Metalcore com nuances de Deathcore e Melodic Death Metal, logo, óbvio que existem melodias bem evidente, mas o quinteto é bem agressivo e intenso, cheio de vocais urrados bem rasgados (alguns que chegam a ser quase aquele "dying piggy" comum ao Grindcore), excelentes guitarras (belíssimas bases e duetos), baixo e bateria mostrando ótima técnica e peso. Um deleite para os fãs do gênero!

Produzido pelo próprio grupo junto com Rafael G. Zeferino (sendo que este último ainda mixou e masterizou o EP), o disco ficou com uma produção bem legal, sabendo deixar a banda soando pesada, seca e melódica em boas proporções, algo profissional e bem feito. Óbvio que poderia ser melhor, mas está muito longe de ser ruim ou até mediano.

Hammathaz

Seis músicas muito boas e equilibradas em termos de composição se distribuem em pouco mais de vinte minutos de duração, o que é uma pena: a banda é viciante!

"Save Ourselves" é rápida e bem agressiva, com peso empolgante e excelente trampo de bateria (que técnica esse sujeito tem!); já "Enslaved" é mais opressiva, um pouco menos veloz e seca, com ótimos vocais urrados (e belos momentos melodiosos, mesmo com o vocalzão agressivo); as mais melodiosas e modernosas "When the Dreams are Gone" (ótimos riffs, bom trabalho da base rítmica) e "Fakin' It " (reparem no belo dueto de guitarras no início e na força dos riffs preenchendo a música como um todo); a bruta e ganchuda "Conquistador" (que apesar do título, é cantada em inglês, com participação mais que especial de Vitor Rodrigues do VOODOOPRIEST, e baixo e bateria mostram sua presença); e a mais rasgada (sem perder a noção melodiosa) "The Old Ways" (surgem alguns ótimos vocais melodiosos sob a cama de riffs agressivos).

Um belo disco, e que pode ser baixado aqui de graça, pois a banda disponibilizou para todos. Mas deixem de ser mão de vaca e comprem a cópia oficial, pois vale a pena.