Metal Samsara: Grand Magus - Triumph and Power (CD)

31 de jan. de 2014

Grand Magus - Triumph and Power (CD)

Nuclear Blast

Nota 9/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia

E o trio sueco GRAND MAGUS, que tem tido bastante expressão no Brasil, acaba de retornar à carga com "Triumph and Power", seu mais novo disco.

Bem, sonoramente, o grupo faz uma boa e saudável mistura entre o Heavy Metal tradicional à lá anos 70 com toques modernos, e aspectos do Doom/Stoner Metal, gerando assim algo denso e pesado, e que apesar de não ser nenhuma novidade, é ótimo. Aliás, nem precisa ser novo, basta ser bom no que se propõe a fazer. E esses caras são bons até demais!

Vocais melodiosos e bem postados, com leve toque agressivo em certos momentos e grandes corais; guitarras em riffs muito bons, ganchudos e que embalam o ouvinte, com solos eficientes (sem aquela mania de se tocar um milhão de notas por segundo, que com o passar do tempo, fica chato), baixo e bateria sólidos em uma base consistente. A música da banda é coesa e com uma técnica não lá exagerada, com refrões que se ouve uma vez e ficam na cabeça, e são justamente esta solidez, esta facilidade e certa despretensiosidade que os fazem ser ótimos.

Grand Magus

Nico Elgstrand é o produtor do disco, tendo Staffan Karlsson na engenharia sonora, e ele conseguiu dar limpeza e crueza ao som da banda, que soa pesado, atual (um alívio para os ouvidos, já que o que tem de banda tentando fazer algo soando velho e poeirento já deu na paciência do Pai Marcão), e forte, com energia incomum. E a arte de Anthony Roberts para a capa dá uma ambientação muito legal, sendo algo bem mais simples e orgânico do que vimos em "The Hunt".

O disco tem um padrão bem alto, e eles irão conquistar todos os fãs que buscam por um som mais simples e pesado, mas que soa atual e tem personalidade.

Pontos altos: a cadenciada e forte "On Hooves of Gold" (ótimos riffs e vocais fortes), a sedução sonora de "Steel Versus Steel" (novamente ótimos riffs, bom solo e grande refrão); a ganchuda "Fight" (que levanta múmias dos sarcófagos com uma levada bem instigante e bom trabalho da base baixo-bateria); as pancadas "Triumph and Power" e "Dominator", e a longa, pesada e cadenciada "The Hammer Will Bite", cheia de mudanças rítmicas. E para os que adoram extras, existe uma versão com a bônus "Blackmoon".

Um disco muito bom, que mostra o motivo de estarem crescendo tanto em popularidade. E esperemos que eles possam vir ao Brasil, pois "Triumph and Power" ganhará em breve uma versão nacional.