3 de mar. de 2013

General Surgery - Corpus in Extremis: Analyzing Necrocriticism (CD)


Shinigami Records - Nacional
Nota 8

Por Marcos Garcia

Definitivamente, existem bandas que se especializaram em acabar com qualquer apetite alimentar com suas letras, e o quinteto sueco GENERAL SURGERY é um especialista no assunto, e a versão nacional de 'Corpus in Extremis: Analyzing Necrocriticism', disco de 2009 da banda que acaba de sair pela Shinigami Records, é a prova clara disso.

O Splatter/Gore Death Metal desses caras é abusivamente insano, doentio e distorcido, e isso em se tratando desse gênero, é extremamente elogiável. Vocais guturais urrados em timbres extremamente graves (entremeados por berros rasgados), guitarras com riffs e solos muito distorcidos e pesados, baixo e bateria preocupados em serem coesos e em fazer andamentos firmes do que em exibir técnicas virtuosas (mas que fique claro que ambos mostram um trabalho técnico em um nível muito bom), e a soma disso é uma música extremente agressiva e cavalarmente bruta, muito ríspida, mas convincente e forte.

Tendo a produção feita pelo próprio quinteto, sendo que o baixista Anders Eriksson fez a engenharia sonora e mixagem (onde teve uma mão de Andreas Eriksson), e Peter in de Betou na masterização, o quinteto ganhou peso e força sonora, mas sem que o produto final ficasse sujo a ponto de deixar a sonoridade da banda embolada ou confusa, muito pelo contrário: todos os instrumentos estão bem claros sob a massa sonora que o quinteto faz. A arte, concebida por Sven, do Avernus Studios, ficou bem legal, embora não seja complexa (e nem precisa), com as fotos de cada membro da banda ensaguentados e as letras disponibilizadas de forma bem inteligível (e as fotos são de Soile Shrtola).    

Musicalmente, o quinteto faz um trabalho bem doentio e insano apoiado em uma musicalidade abusivamente agressiva, em que se alternam momentos velozes e outros mais cadenciados sem pudores, ao mesmo tempo em que lança mão de boa técnica, o que fica comprovado em destaques como 'Dececent Scarification Aesthetics', onde baixo e bateria dão um autêntico show de técnica sob tanta brutalidade, e com um solo muito bom; a pogante e insana 'Restrained Remains', onde o ritmo não é tão veloz, mas a levada contagia o ouvinte, com ótimas guitarras; a empolgante 'Final Excarnation'; 'Virulent Corpus Dispersement', com uma levada cativante, boa técnica e vocais enlouquecidos; a destruidora de pescoços 'Idle Teratoma Core', uma faixa bem 'pogante'; e a ótima 'Deadhouse'.

É um disco muito bom que faz com que o ouvinte deseja que todos os brasileiros falassem o idioma bretão, para poder ver fãs de funk, pago, axé e forró tendo convulsões e vômitos pelas ruas...

Restrained Remains

Tracklist:

01. Necronomics
02. Dececent Scarification Aesthetics
03. Restrained Remains
04. Final Excarnation
05. Necrocriticism
06. Exotoxic Septicity
07. Adnexal Mass
08. Virulent Corpus Dispersement
09. Ichor
10. Idle Teratoma Core
11. Perfunctory Fleshless Precipitate
12. Plexus Necrosis
13. Unwitting Donor/Cadaver Exchange
14. Mortsafe Rupture
15. Deadhouse


Formação:

Dr. Eriksson - Baixo, backing vocals
Dr. Carlsson - Guitarras
Dr. Sahlström - Vocais
Dr. Wallin - Guitarras, backing vocals
Dr. Mitroulis - Drums, backing vocals
Grant McWilliams - Vocais em 'Perfunctory Fleshless Precipitate', 'Necrocriticism' e 'Plexus Necrosis' (convidado)
Karl Envall - Vocais em 'Ichor' e 'Plexus Necrosis' (convidado)



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