18 de abr. de 2016

SEPTERRA - Freedom of the Dark One (Álbum)


2016
Independente
Nacional

Nota 9,0/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


No dia 19/01/2009, fui ao Circo Voador (célebre casa de shows da cidade do Rio de Janeiro), para ver a apresentação de BLAZE BAYLEY, que estava divulgando o CD "The Man Who Would Not Die". Mas quem mais me chamou a atenção foi uma das bandas de abertura.

E hoje, como é bom poder ouvir o primeiro álbum do quinteto carioca SEPTERRA (justamente a banda da qual falo acima), "Freedom of the Dark One". Concordo que levou anos para ficar pronto, mas a espera valeu a pena.

O que a banda nos concede sonoramente: uma mistura muito bem feita da técnica do Prog Metal com a força e agressividade do Metal tradicional. E o diferencial do trabalho do grupo, meus caros, é como eles conseguem soar tão pesados e melodiosos, mas sem deixar de lado uma técnica individual muito boa. E sim, o disco gruda nos ouvidos de tal forma que ouvir repetidamente "Freedom of the Dark One" é algo quase automático.

Gravado estúdios Musark e Locomotiva (Rio de Janeiro), a mixagem e a masterização ficaram nas mãos de Sidney Sohn. O resultado é uma qualidade sonora de primeira, que consegue juntar todos os elementos musicais do grupo de forma que consigamos compreender a música do quinteto, mas sempre mantendo o peso e a agressividade. E a arte gráfica é de muito bom gosto, trabalhada em tons de azul, dando um toque de classe e refinamento extra ao trabalho do grupo.

Vocais de primeira linha (que trabalham muito bem os timbres mais graves de voz, e alguns momentos em tons mais agudos), ótimos riffs e solos de guitarra, teclados etéreos muito bem postados, e uma cozinha rítmica que consegue ser pesada e técnica ao mesmo tempo são os elementos que o grupo mostra saber trabalhar muito bem, e com personalidade. Fora isso, a banda sabe até onde pode ser técnica ou pesada, mas sem nunca deixar de refinada.

Melhores momentos?

"Freedom of the Dark One" é um disco bem homogêneo, mas podemos destacar a pesada e técnica "Nightmare (The Terror from Within)" (com um jeitão meio DREAM THEATER de ser, só que mais pesada e com ótimo refrão, além de ser recheada de belas vocalizações, excelentes backing vocals, além de arranjos de teclados ótimos); a climática e intensa "The Awakening" (onde mais uma vez, o peso e a elegância se aliam muito bem, fora a base rítmica estar muito bem); a variada e cheia de mudanças rítmicas "The Well of Nothingness" (onde novamente baixo e bateria estão muito bem, pois a canção transita de momentos suaves e introspectivos para outros mais agressivos sem destoar), "Keeper of Dreams" e suas mudanças entre o suave e o agressivo (além dos vocais estarem ótimos, inclusive com alguns urros guturais), "Freedom of the Dark One" (que soa mais técnica e etérea, e com um ritmo mais ameno), e a melodiosa "River Red", mostrando uma diversidade de momentos ótima.

Não diria que o SEPTERRA é uma promessa, mas uma realidade. E "Freedom of the Dark One" veio para mostrar que eles podem se destacar no cenário como um dos nomes mais promissores.

Quem viver, verá.

Ah, sim: "Freedom of the Dark One" pode ser ouvido gratuitamente no perfil do grupo no Spotify.




Músicas:

01. Nightfall
02. Nightmare (The Terror from Within)
03. The Awakening
04. The Well of Nothingness
05. Forlorn Hope
06. Beneath My Skin
07. Sacred Gates
08. Keeper of Dreams
09. Freedom of the Dark One
10. Dark Symphony
11. River Red


Banda:


Filippe ZK - Vocais
Márcio Fernandez - Guitarras
Diego Felix - Teclados
Marcio Kendi - Baixo
Anderson Miranda - Bateria


Contatos:

TRM Press (Assessoria de Imprensa)
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