2017
Importado
Nota: 9,2/10,0
Tracklist:
1. The
Departure
2. The
Children of the Devil
3. Like I
Already Know This Foe
4. The
Plain of the Warriors
5. Cerberus
6. The
Pursuer is Near
7. The
Library
8. I've
Found Her
9. Back
Again
10. Red
Moon Rises
11. Waiting
for Miss Ombrelle
Banda:
Steve “Serpent” Fabry - Todos os intrumentos, vocais
The Nightstalker - Sua estória
Simon
Charlier - Guitarras
Yannick
Martin - Programação de Bateria, backing vocals
Contatos:
Site Oficial: http://the-nightstalker.over-blog.com
Twitter:
Youtube:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: the-nightstalker@hotmail.fr
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Desde o Black Metal retornou no início dos anos 90, após
anos dado como morto (quando na realidade, estava apenas relegado aos porões
mais profundos do underground), houve a fragmentação e diversificação do gênero
em muitos. Algo óbvio, que ocorre com todo e qualquer estilo de Metal que se
preze. A isso, damos o nome de evolução. E segundo por uma linha mais sombria e
atmosférica do Metal, temos o THE NIGHTSTALKER, da Bélgica. Apesar de pouco
conhecido no Brasil, “A Journey in Hell” é o quarto trabalho do grupo, e como
ele é bom!
Antes de tudo, o trabalho do grupo é focado em algo soturno
e extremamente atmosférico, mas com sua dose certa de agressividade e rispidez.
Com riffs de guitarras insanos e bem azedos, além de vocais rasgados típicos do
Black Metal, ainda temos aquela aura mórbida e introspectiva de teclados muito
bem arranjados dando um alinhavo melancólico denso às canções. É agressivo e
negro, mas requintado e de uma beleza grandiosa, ou seja, se adapta ao rótulo
Dark Ambient/Gothic Black Metal.
A produção de “A Journey in Hell” buscou equilibrar todos os
aspectos soturnos e fúnebres da música que o grupo criou. A qualidade é crua e
ríspida, ou seja, aquele toque essencial para que o trabalho da banda possa
ganhar vida, mas ao mesmo tempo, se percebe uma estética clara, com a nítida preocupação
de se fazer entender pelo ouvinte. E a arte, trabalhada em tons de branco,
preto e cinza, ficou ótima, deixando tudo simples e funcional, para que ela
seja complementar ao lado musical, para que o foco da nossa atenção seja
somente na música que eles criam.
Denso, melodioso, elegante e intenso, a música do THE
NIGHTSTALKER é cativante em todos os momentos, um deleite bem arranjando e com
todas as suas partes instrumentais e vocais se encaixando para criar uma
atmosfera que envolva o ouvinte.
Melhores momentos: os contrastes belos da melodiosa e
melancólica “The Departure” com suas guitarras e vocais azedos; a introspectiva
e recheada de teclados, guitarras limpas e teclados atmosféricos “The Children
of the Devil”; a crueza envolvente e requintada de “Like I Already Know This
Foe” e seus vocais bem encaixados sobre as melodias fúnebres criadas pelas
guitarras (que riffs ótimos!); a hipnótica e extremamente requintada
agressividade de “The Plain of the Warriors” e suas linhas melódicas soturnas; a
mais agressiva e ríspida “The Pursuer is Near” (que mostra mudanças de ritmo
muito boas); a melancolia gótica e intensa de “I’ve Found Her”; a viagem mezzo
melódica e mezzo agressiva de “Back Again” com suas guitarras excelentes nos
riffs e solo; e a totalmente Dark Ambient “Red Moon Rises” e seus vocais
rasgados agonizantes.
No mais, “A Journey in Hell” é um disco ótimo dessa entidade
chamada THE NIGHTSTALKER que nos convida para uma viagem por suas visões negras
e introspectivas sobre a vida...