2017
Nacional
Nota: 8,6/10,0
Tracklist:
1. Come On
and Play
2. The
Beginning of a Journey
3. The King’s
Last Speech
Banda:
Guilherme Costa - Guitarras
Celo Oliveira - Baixo, guitarra base em “The King’s Last
Speech”
Contatos:
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Oficial:
Facebook: www.facebook.com/guilhermecostaguitar
Twitter:
Youtube: www.youtube.com/guiaugmetal
Instagram: https://www.instagram.com/guilhermecostagt/
Bandcamp:
Assessoria: https://www.facebook.com/DunnaRecords/
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Sempre digo em resenhas de discos de guitarristas onde o
enfoque é um trabalho instrumental que este já nasce sob um estigma: de ser
quase exclusivamente para aqueles que tocam algum instrumento ou têm noções de teoria
musical. Óbvio que nem todos os guitarristas caem nesse erro, e quando a música
é voltada a um público mais amplo, fica difícil de não gostar. E um músico com
essa visão é o guitarrista GUILHERME COSTA, pois basta uma ouvida no EP “The
King’s Last Speech” e entenderão o que estou dizendo.
Influenciado por nomes como Joe Satriano, Tonny Iommi, Glenn
Tipton, Kiko Loureiro, Paulo Schroeber e outros, é evidente que o foco de
Guilherme é criar canções onde a guitarra consiga expressar seus sentimentos,
mas serem uma exibição de técnica chata que apenas instrumentistas poderiam
compreender. Nada disso, o que se ouve nas três canções deste EP é um trabalho
bem coerente e de amplo espectro musical, que visa alcançar a todos. A técnica
de Guilherme surge como uma consequência das músicas em si, não como motivação,
e por isso, “The King’s Last Speech” soa tão bem aos ouvidos.
Tendo a produção de Gus Monsanto, mixagem e masterização de Celo
Oliveira, com tudo gravado no Estúdio Dalva 1, em Petrópolis (região serrana do
RJ), a sonoridade do EP é clara e simples, com boa dose de peso. Mas não se
enganem, pois esta simplicidade sonora permite que as músicas fluam de forma
envolvente e compreensível aos nossos ouvidos, mas obviamente, com boa dose de
peso.
E a ilustração da capa, muito simples e funcional, é de Ana
Gabriela Morais, e encaixou no contexto musical do EP.
“The King’s Last Speech” poderia ser comparado aos trabalhos
mais seminais e de início de carreira de Joe Satriani, aqueles onde tudo soava
mais simples e conexo. E justamente por isso é tão bom, sem muitos malabarismos
ou “shreds” enjoativos. Mas tenham certeza: Guilherme é uma fera das seis
cordas, sem sombra de dúvidas.
“Come On and Play” tem uma bela pegada pesada, com baixo e bateria
formando uma base rítmica sólida para o trabalho das guitarras, com arranjos bem
feitos e alguns arranjos voltados ao Hard Rock dos anos 80 (e vejam como a
técnica dele nas seis cordas é sóbria). Sentimental e bela, “The Beginning of a
Journey” nos embala pelo forte sentimento que emana dela, e logo estamos imitando
as guitarras com sons de nossas bocas, pois é muito grudenta e de bom gosto. Algo
de da erudição da música clássica surge na sinfônica “The King’s Last Speech”,
onde alguns “shreds” surgem, mas sem que estes sejam a motivação da canção.
Desta forma, Guilherme mostra um trabalho versátil e de
primeira linha. Ouçam “The King’s Last Speech” e se deleitem!