2016
Independente
Nacional
Nota: 8,7/10,0
Tracklist:
1. Origins of Violence
2. Bright Evil Eyes
3. Like An Angel
4. Death Drive
Banda:
Vitor Alcântara - Vocais
Tiago Lima - Guitarras
Alvaro Albuq - Baixo
Fabio Trevisan - Bateria
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/apophanous/
Twitter:
Instagram:
Bandcamp: https://apophanous.bandcamp.com/releases
Assessoria: Sangue Frio Produções
E-mail: apophanous@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O Thrash Metal é um estilo que tem renascido nos últimos 10
anos, e graças à energia e diferentes influências das novas gerações, tem
ganhado maior diversidade musical. Ainda bem, já que ninguém vive de passado. E
é interessante ouvir um trabalho como o EP “Obliteration Has Come”, do quarteto
APOPHANOUS, de São Paulo (SP).
Sim, pois ao invés de investirem em um caminho já mais
consolidado de se fazer Thrash Metal (e podendo se enredar em clichês já usados
à exaustão), o grupo teve ousadia e busco criar algo deles, algo que podemos
localizar no chamado “Progressive Thrash Metal”, onde Groove, experimentalismo
e mesmo alguns arranjos musicais externos ao Metal são aceitos. Mas não se
enganem: o grupo tem uma personalidade musical fascinante e sólida, pois seus
integrantes possuem experiência no cenário.
“Obliteration Has Come” foi gravado, mixado e masterizado no
I.M.F. (Instituto Musical Falaschi), em Santo André (SP), sendo que todos os
processos descritos foram realizados pelas mãos experientes de Tito Falaschi. E
a qualidade sonora do EP é de primeira, com tudo soando bruto, agressivo e
pesado, mas com clareza para que se possa compreender o que eles estão fazendo.
O APOPHANOUS mostra que tem muito a fazer no cenário, pois
sua música não é um clone do que já existe. As óbvias influências de bandas
como PANTERA e MACHINE HEAD são evidentes, mas não se enganem, pois não há uma
máquina de fotocópias aqui, mas um grupo coeso, com boa técnica e que sabe usar
melodias e Groove modernos para alinhavar suas canções.
Brutal e explosiva é “Origins of Violence”, cheia de variações
rítmicas e bom trabalho técnico (especialmente de baixo e bateria em certos
momentos tribais), enquanto “Bright Evil Eyes” já expõe guitarras excelentes em
riffs e solos, e é construída sobre um ritmo azedo e empolgante, com momentos
mais rápidos e outros nem tanto. A energia crua que flui de “Like An Angel” é impressionante,
com uma pegada um pouco mais tradicional em termos de Thrash Metal, com belos
solos de guitarra e vocais urrados de primeira. E “Death Drive” é insana,
sedutora e ríspida de doer os dentes.
Mais um bom nome vindo de São Paulo, e o APOPHANOUS veio
para ficar e conquistar!