2017
Independente
Nacional
Nota: 9,0/10,0
Tracklist:
1. Who Dares to Raise the Hand
2. Let’s Talk About War
3. Deliberate Entropy
4. Media’s Assault
5. The Masked
6. Cold & Blood
7. Mind Scars
8. Immutable Silence
9. Conjecture of Chaos
10. Revenge
Banda:
Will - Vocais
Woesley Johann - Guitarras
Cauê de Marinis - Baixo
Jhoka Ribeiro - Bateria
Contatos:
Site Oficial: www.alektometal.com
Facebook: www.facebook.com/alektometal
Twitter: https://twitter.com/alektometal
Instagram: http://instagram.com/alektometal
Bandcamp:
Assessoria: http://theultimatemusic.com (The Ultimate Music - PR)
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Apesar de muitos problemas, o Metal feito no Brasil vai muito bem, obrigado. Bandas ocupando todo o vasto leque de sonoridades feitas fora daqui (e alguns exclusivos do país) são ouvidas todos os dias, e muitas delas lançando discos realmente ótimos. Um “novato” muito bom chegou e mostrou um trabalho de nível internacional feito, aqui. Mais especificamente na cidade de São Paulo, de onde vem o quarteto ALEKTO, que despeja sem pudores sua fúria musical sobre os mais desavisados com “The Unpleasant Reality”.
O ALEKTO surgiu da disponibilidade de tempos que membros do KROW tiveram desde que o guitarrista Guilherme Miranda se aliou ao ENTOMBED A.D. para a divulgação do último disco deles. E assim, essa turma se juntou em um projeto musical diferente, mas ainda assim cheio de valor, em uma mistura de elementos de Death Metal, Thrash Metal e algumas belas linhas melódicas, mas tudo isso com muito Groove e ótimo alinhavo moderno. Sim, é um trabalho ótimo, agressivo, e com uma banda que já nasce mostrando personalidade.
É um murro nos tímpanos, acreditem!
A sonoridade de “The Unpleasant Reality” é abrasiva e densa, com uma agressividade de doer os dentes, além de peso em doses nada econômicas. Mas ao mesmo tempo, se percebe que houve uma preocupação com uma estética bem acabada, com uma sonoridade que permitisse que o ouvinte possa compreender o que está ouvindo, apesar dos timbres instrumentais brutos do grupo. E eles conseguiram atingir o intento, já o que se ouve é um massacre sonoro, mas com uma clareza muito grande.
Já o lado gráfico foi todo feito pelo designer romeno Costin Chioreanu (da Twilight13Media Studio). Óbvio que o uso desses tons mais escuros de vermelho com o preto mais básico e alguns toques de branco e cinza deixaram tudo sombrio e intenso, mas o propósito de enquadrar ao que o grupo faz musicalmente é atingido satisfatoriamente, sem queixas.
A música do ALEKTO soa como um amálgama de influências musicais diversificadas, mas que graças à visão eclética de seus integrantes e sua experiência, conseguem soar coesas. Além disso, a banda teve uma preocupação em arranjar muito bem cada uma das canções do disco. E se preparem, pois são 10 assassinatos em forma de música!
Melhores momentos: a brutal e opressiva “Who Dares to Raise the Hand” (onde as mudanças rítmicas mostram a força de baixo e bateria, trabalhando muito bem, com boa técnica, mas sem esquecer-se de manterem o peso em evidência), a força moderna e abrasiva costurada com belas melodias de guitarras em “Let’s Talk About War” (um dos pontos mais fortes da banda é justamente terem guitarras bem trabalhadas, com riffs adequados ao que eles querem), a furiosa e grooveada “Media’s Assault” (os tempos nos faz balançar a cabeça constantemente, mas o destaque fica com o trabalho dos vocais, onde vemos um refrão de primeira linha, fora ótimas mudanças de timbres guturais e rasgados o tempo todo), a base sólida de baixo e bateria em “The Masked” (outra em que a diversidade rítmica e certo toque fazem a diferença); o ataque furioso dos riffs bem trabalhados em “Mind Scars” (novamente, alguns arranjos mais melodiosos fazem a diferença), o dinamismo moderno e azedo de “Immutable Silence” e seus vocais ferozes, e os solos de guitarra em “Conjecture of Chaos” (que possui uma dinâmica bem diversificada em termos rítmicos).
No mais, o ALEKTO se mostra a grande revelação de 2017 até aqui, e “The Unpleasant Reality” merece aplausos.
Esperamos poder conferir o poder de fogo do quarteto ao vivo, e logo!