14 de mar. de 2017

THIAGO BIANCHI’S ARENA - Thiago Bianchi’s Arena (CD)


2017

Nacional

Nota: 10,0/10,0

Tracklist:

1. Voices
2. The Scar is the Pay Off
3. Trust Me
4. Nova Era
5. I Live
6. Woman in Chains
7. Learn to Let It Go
8. Glance
9. Mr. Caretaker
10. Spoiled 
11. Adore
12. To Choose
13. Hear
14. Life is...


Banda

Thiago Bianchi – Vocais
Tito Falaschi – Baixo 
Gabriel Triani – Bateria 


Convidados:

Maria Odette
Kiko Loureiro (MEGADETH)
Edu Ardanuy (DR. SIN)
Aquiles Priester (ex-ANGRA/NOTURNALL)
Fernando Quesada (NOTURNALL)
Jr.Carelli (NOTURNALL)
Mozart Mello
Felipe Andreoli (ANGRA)
Mike Orlando (NOTURNALL/ADRENALINE MOB)
Edu Falaschi (Ex-ANGRA/ALMAH)
Michel Leme (Famous Brazilian Guitar Player)
Nando Fernandes (ex-HANGAR)
Tito Falaschi (SYMBOLS)
Ricardo Confessori (Ex-SHAMAN/ANGRA)
Léo Mancini (ex-SHAMAN/NOTURNALL)
Kadú Averbach (WIZARDS)
Marcell Cardoso (KARMA)
André Hernandes (ANDRÉ MATTOS)
Nelson Júnior (Famous Guitar Player)
Marcelo Moreira (CIRCLE TO CIRCLE)
Gabrieu Kauê
Fabrízio Di Sarno (KARMA)
Léo Belling (REPÚBLICA)
Thiago Buslik (Solo Singer)
Chris Passos (WIZARDS)
Marcelo Pompeu (KORZUS)
Guga Machado
André Brunnetti (VOX/FIRESIGN)
Gabriel Triani (WIZARDS)
Vandré Nascimento (MAD GATOR)


Contatos:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Os projetos musicais de integrantes de bandas no Metal nacional não são lá muito comuns. Pode ser um reflexo da realidade em que vivemos no Brasil, onde 99% dos músicos precisam ter um emprego primário para o sustento próprio, e o resto do tempo, esses operários do Metal precisam dividir entre família, amigos, e por fim, a banda. Nunca é simples, mas sempre prazeroso. E quando damos de cara com um disco como “Thiago Bianchi’s Arena”, o queixo vai ao chão pelo conteúdo da obra.

Este projeto nasceu nos anos 90, com músicas compostas por Thiago em parceria com Tito Falaschi (SYMBOLS). E o que encontramos no CD é o bom e velho Heavy Metal tradicional com jeitão de Power Metal de sempre, apenas com um enfoque um pouco diferente. Aliás, que se diga que não há similaridades das outras bandas de Thiago com o que se ouve em “Thiago Bianchi’s Arena”, mesmo porque o disco é repleto de convidados, e o próprio Thiago é muito versátil como cantor.

A produção do CD é muito boa, com todos os instrumentos soando com clareza e peso devidos. Ou seja, a estética impressa a cada canção é de primeira, e digamos de passado: conseguir fazer isso com esse time imenso de convidados é coisa de quem tem raça, e muito. Tudo brilhante, pesado e claro nas medidas certas, e torno a dizer: não chegam a existir similaridades entre o que se ouve aqui e em outros trabalhos de Thiago. E visualmente, a capa do CD é belíssima, um trabalho ótimo e que dá uma conotação positiva às músicas.

Musicalmente falando, o talento individual dos convidados do CD, aliado ao talento natural de Thiago para cantar gerou músicas excelentes, que dão prazer aos ouvidos, e mostram a diferença entre aqueles que ainda precisam burilar seu talento um pouco mais e quem já sabe o que tem, que aposta as fichas sem medo de perder. E que sai ganhando. Cada canção é preciosa, tem seu brilho e personalidade bem próprios.

A hipnótica introdução “Voices” vai preparando o terreno para o Power Metal pesado e bem trabalhado exibido em “The Scar is the Pay Off” (belos arranjos de guitarras, for a o baixo estar trovejando com ótima técnica), a melodiosa e cativante “Trust Me” (que possui uma dose a mais de agressividade e peso, graças ao andamento não tão veloz e aos vocais usando timbres variados), a fogosa e veloz “Nova Era” (aqui temos uma canção que realmente tem o jeito mais clássico do Power Metal, com ótimos backing vocals, técnica apurada e baixo e bateria fantásticos na base rítmica), a hipnótica e adornada com lindas linhas melodiosas “I Live” (e que refrão mais grudento), a versão da banda para “Woman in Chains” (que já havia sido lançada em vídeo há alguns anos pelo NOTURNALL, mostrando a beleza de arranjos percussivos e de teclados, fora que o dueto de Thiago e sua mãe, a cantora Maria Odette, é maravilhoso), o peso-pesado de “Learn to Let It Go” (as guitarras mostram riffs bem agressivos, for a os tempos quebrados e ótimas vocalizações mais uma vez), o peso mais aveludado da trabalhada “Glance”, que contrasta com a pegada mais agressiva, técnica e moderna de “Mr. Caretaker”; o jeito pesado e heavyssivo de “Spoiled” (devido ao belo trabalho das linhas melodiosas de baixo e bateria), a densa e introspectiva “Adore” (com teclados etéreos, que contrastam bastante com o canto melodioso de Thiago e com as incursões de guitarras), o peso bastante denso e quase melancólico de “To Choose” (belos teclados, e partes mais pesados não obliteram esta sensação), as melodias um pouco mais brandas e belíssimas de “Hear” (ouça como as vozes mudam de tom sem que incomodem o ouvinte, sempre com imenso talento), e a mais agressiva e direta “Life is...” (ótimas passagens de baixo e bateria), que fecha o CD com chave de ouro.

O CD é lindo, merece a aquisição, ainda mais porque a renda das vendas do CD será revertida para instituições que cuidam de crianças com câncer.

No mais, um dos grandes CDs nacionais de 2017. E torçamos para que exista no futuro um segundo disco!

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