2016
Nacional
Nota 10,0/10,0
Tracklist:
Disco 1 (“Destiny”):
1. Destiny
2. S.O.S.
3. No Turning Back
4. 4000 Rainy Nights
5. Rebel
6. Years Go By
7. Playing with Fire
8. Venus in the Morning
9. Anthem of the World
10. Cold Winter Nights
11. Dream with Me
12. Blackout
Disco 2 (“Visions of Destiny”):
1. Destiny
2. Paradise
3. Speed of Light
4. S.O.S.
5. Anthem of the World
6. Forever Free
7. Black Diamond
8. The Kiss of Judas
9. Distant Skies
10. Forever
Banda:
Timo Kotipelto - Vocais
Timo Tolkki - Guitarras
Jens Johansson - Teclados
Jari Kainulainen - Baixo
Jörg Michael - Bateria
Contatos:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Um movimento que tem sido feito no Metal nos últimos anos é o dos relançamentos. E é interessante ver o tsunami de discos que tem tomado as lojas, mas muitas vezes, alguns são de bandas que pouco tinham a dizer no passado, e pouco teriam a acrescentar no momento. Mas alguns são sublimes, discos que realmente merecem voltar às prateleiras quantas vezes forem, seja por sua relevância ou qualidade. E verdade seja dita: o quinteto finlandês STRATOVARIUS possui um grande número de discos que merece tal privilégio. E a Shinigami Records foi e bancou um desafio, e disponibilizou a versão dupla do relançamento de “Destiny”, um dos grandes momentos do grupo.
“Destiny” é um disco maravilhoso, sendo o terceiro com o dream team de músicos que se reuniu desde o ótimo “Episode”. E a experiência e coesão do quinteto fez com que a qualidade musical do quinteto, que já era ótima, atingisse níveis estratosféricos, pois o Power Metal melodioso e técnico do grupo disponibiliza músicas excelentes, bem trabalhadas, e com um equilíbrio perfeito do talento individual de cada integrante com a qualidade do conjunto, e isso, meus caros, é coisa para gente grande. E aqui, esta experiência mostra uma música um pouco mais lenta e grandiosa do que existia antes, mas sem abandonar a velocidade de antes. É apenas mais evoluído, mostrando uma faceta diferenciada, mas coerente.
A produção de “Destiny” é de Timo (guitarrista e líder da banda na época), que teve Mikko Karmila na engenharia de som e mixagem, além da masterização de Pauli Saastamoinen. E a versão que temos em mãos é remasterizada por de Mika Jussila. O resultado é que a gravação bem feita da época continua ótima e atual, sem contar que a remasterização deixou tudo mais audível e melhorou a qualidade sonora. Se já era bom, está bem melhor.
A arte da capa remete à da primeira versão, respeitando a história do disco. Mas percebe-se que em tudo houve melhoras, já que temos comentários sobre “Destiny”, vindos dos integrantes da época, fora muitas fotos e todas as letras, inclusive das faixas extra.
Melódico, sinuoso e surpreendente, “Destiny” continua sendo um disco forte e atual, mesmo após quase 20 anos. É uma aula de como fazer música de alto nível, com arranjos bem feitos, sem deixar de ter peso e grandiosidade. E isso sem mencionar os convidados: Marco Hietala (do TAROT e NIGHTWISH) nos backing vocals, as cordas de Max Savikangas, Sanna Salmenkallio, e Eicca Toppinen, for a um Mr. Unknown que também fez cordas, além do coral de meninos Cantores Minores.
Se já conhece, prepare-se para ouvir como esta versão está incrível. Se não, se prepare para uma viagem de primeira!
E não há como não aplaudir canções como a longa e cheia de lindos arranjos “Destiny” (com seus mais de dez minutos de duração, a banda pode exibir um festival de mudanças de ritmo e arranjos perfeitos, e não chega a deixar o fã se sentindo entediado), a clássica e cativante “S.O.S.” (que mostra velocidade moderada, privilegiando bastante a técnica de baixo e bateria, mas sem que o restante da banda fique eclipsado, inclusive apresentando belos backing vocals), a forte e vigorosa “No Turning Back” (que belíssimo trabalho de vocais e teclados, e isso no meio de excelentes mudanças de tempos), a mais acessível e grudenta de “Playing with Fire” (as guitarras estão fenomenais, com belos riffs e mudanças de timbres), a as belas orquestrações de “Anthem of the World” (que refrão emocionante, fora baixo e bateria estarem pegando pesado). Mas o disco ainda não termina, pois esta versão tem as faixas bônus das versões européia, japonesa e americana, que são, respectivamente, “Cold Winter Nights” (cheia de um clima mais acessível, mas extremamente agradável, fora riffs e teclados incríveis), a introspectiva “Dream with Me”, e a excelente versão para o hit “Blackout”, do SCORPIONS, que honra os alemães com o jeito dos finlandeses tocarem.
Já o CD 2, chamado “Visions of Destiny” é um ao vivo raro da banda, gravado em 10/1999, durante a tour de “Destiny”.
São mais de 60 minutos de energia e mostrando a banda em sua melhor forma. Basta ouvir “Destiny”, as fogosas “Speed of Light” e “S.O.S.”, a mais climática “Anthem of the World”, a maravilhosa “Forever Free”, a clássica “Black Diamond”, e a envolvente “The Kiss of Judas” (que bela debulhada no baixo!). Se percebe que é a banda, sem muitos overdubs ou algo do tipo, na sua melhor forma.
Se já tem “Destiny”, vale a pena ter esta versão dupla com bônus; se não tem, pode comprar de olhos fechados!