2016
Importado
Tracklist:
1. Bring
It!
2. Hammer
High
3. The
Sacred Vow
4. Dethrone
and Defy
5. Twilight
Princess
6.
Stormbreaker
7. Built to
Last
8. The Star
of Home
9. New
Breed
10. Second
to None
Banda:
Joacim Cans – Vocais
Oscar Dronjak – Guitarras, teclados, backing vocals
Pontus
Norgren – Guitarras, teclados, backing vocals
Fredrik
Larsson – Baixo, backing vocals
David
Wallin – Bateria
Contatos:
Nota:
Originalidade: 8
Composição: 10
Produção: 10
9/10
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Após um disco ruim (ou uma sequência dos mesmos), a
existência de uma banda é sempre questionada. E mesmo que um disco ótimo venha
depois, os fãs esperam o posterior para ter a clara idéia se a banda se
recuperou, ou se foi apenas um suspiro de inspiração. E o HAMMERFALL já havia
conquistado de volta seus fãs com o ótimo “(r)Evolution”, vem com “Built to
Last” mostrar que estão mesmo dispostos a continuarem sua carreira vitoriosa.
Se por um lado “Built to Last” não consegue igualar
clássicos como “Legacy of Kings” e “Renegade”, continua no mesmo patamar de “(r)Evolution”,
soando apenas um pouco mais limpo e bem acabado. Mas aquela sonoridade pesada e
melodiosa que evoca o Power Metal europeu de seus primórdios (onde as
influências de ACCEPT, IRON MAIDEN e HELLOWEEN são as mais evidentes) está
presente. E se por um lado o quinteto não criou nada de novo, continua sua
música onde cada refrão é marcante e de fácil assimilação, onde as bases de
guitarra são bem melódicas e envolventes, os solos (muitas vezes em duetos) são
caprichados sem serem exagerados, a base rítmica é pesada e com boa técnica, e
os vocais usam muito bem dos timbres mais altos e dos mais baixos.
Ou seja, o grupo não fez nada de diferente, apenas segue o
próprio estilo. E isso, no caso deles, sempre termina em coisa boa.
Desta vez, a banda teve três responsáveis pela produção: o
experiente Fredrik Nordström se ocupou com as partes de baixo, guitarras e
bateria, além da mixagem; o guitarrista Pontus Norgren focou seus esforços nas
guitarras e no baixo, enquanto James Michael trabalhou unicamente nos vocais. A
masterização é de Henrik Udd. E o resultado é uma gravação clara, com os
instrumentos soando bem definidos e nos devidos lugares. Óbvio que está pesado
e com a dose certa de agressividade, mas não como em “(r)Evolution”. Mas ainda
assim, está ótimo.
No caso da capa, a arte é de Andreas Marschall, mais uma vez
trazendo Hector, o Templário símbolo do grupo. Ou seja, a capa já deixa claro:
se busca inovações, não vai encontrar. Mas se busca o bom e velho HAMMERFALL, é
certo de encontrar aquilo que busca.
Óbvio que “Built to Last” é o típico disco que deixa claro a
velha máxima de “em time que está ganhando, não se mexe”. Mas em vista de erros
do passado, a banda preferiu seguir por terreno firme, e fez um disco ótimo,
com arranjos bem caprichados, algumas faixas mais rápidas, outras mais
climáticas, e sem exagerar.
Ou seja, o saldo de “Built to Last” é muito positivo, e os
melhores momentos são:
“Bring It!” – É uma faixa pesada, com andamento mais calmo,
focada no peso e nos ótimos arranjos instrumentais. Óbvio que o refrão fica na
cabeça por dias (uma das especialidades do grupo), apresentando ótimos backing
vocals, um trabalho muito bom de baixo e bateria (ou seja, o novato David nas
baquetas se entende bem com o veterano Fredrik).
“Hammer High” – Música do video official de divulgação, ela
apresenta uma música mais simples e evolvente, e deve ser um dos grandes hits
do disco nos shows ao vivo, devido ao refrão. Mas se percebe que os cuidados
com os vocais foram grandes pois a voz de Joacim está ótima.
“The Sacred Vow” – A presença de algumas ótimas mudanças de ritmo
torna tudo mais interessante, já que a música começa mais lenta, mas depois o
andamento fica um pouco mais rápido, e a energia é ótima. Óbvio que as
guitarras de Oscar e Pontus estão ótimas, e que refrão!
“Dethrone and Defy” – Rápida e instigante, é cheia de linhas
melódicas de primeira, com as guitarras mostrando um trabalho excelente nos
riffs. É para deixar o pescoço doendo de tanto headbanging.
“Stormbreaker” – O andamento é extremamente vibrante e cheio
de energia, mudando em muitos momentos, mas sempre sendo empolgante. E isso
mostra a força da sessão rítmica do quinteto, que sem abusar da técnica ou dos
bumbos velozes, faz algo de qualidade.
“Built to Last” – Se a velocidade dá uma caída, o peso e
elegância crescem. Os tempos são de primeira, assim como as guitarras desfilam
riffs mais simples e bem feitos (e muito empolgantes).
“New Breed” – Aqui, temos aquela típica pegada Hard’n’Heavy
dos anos 80, coisa que o quinteto sabe fazer muito bem, e sem soar datado. E se
preparem, porque o refrão está fantástico, bem algumas partes em que backing
vocals e vocais contrastam e criam algo ótimo.
Novamente: se “Built to Last” não tem nada de novo, mostra
que o HAMMERFALL ainda tem muita lenha para queimar, e que os Templários de Aço
ainda vão dar muitas alegrias a seus fãs.