2016
Independente
Nacional
Músicas:
CD 1:
1. CLAUSTROFOBIA - Metal Maloka (Santos/SP)
2. TORTURE SQUAD - Return of Evil (São Paulo/SP)
3. NECROFOBIA - Membership (Ribeirão Preto/SP)
4. DEATH CHAOS - From the Dead They Will Rise (Curitiba/PR)
5. JAILOR - Stats of Tragegy (Curitiba/PR)
6. HUNGER - Demons in White (Indaiatuba/SP)
7. STONED BULLS - Good for Shit (São João da Boa Vista/SP)
8. BURNKILL - Guerra e Destruição (Pouso Alegre/MG)
9. TERRORSPHERE - Assassinos (Londrina/PR)
10. CROOKHEAD - Via Crucis (Araraquara/SP)
11. FALLEN IDOL - The Boy and the Sea (Arujá/SP)
12. TORMENTOR BESTIAL - Demon of Pervertion (Taubaté/SP)
13. DYING SUFFOCATION - Deathbed (Pato Branco/PR)
14. VOIDEN - Antares (São Paulo/SP)
15. QUINTESSENTE - Towards Eternity (Rio de Janeiro/RJ)
16. HAUMETTE - Changed Heart (Brotas/SP)
CD 2:
1. BLACK TRIAD - R.I.P. (Porto Alegre/RS)
2. APPLE SIN - Roadie Metal (Barroso/MG)
3. RISING - Road of Metal (São Paulo/SP)
4. BRUTALLIAN - Blow On the Eye (São Luis/MA)
5. HEAVEN’S GUARDIAN - Dream (Goiânia/GO)
6. SUPER OVER - Esquema (São Carlos/SP)
7. DARKSHIP - Prison of Dreams (Carlos Barbosa/RS)
8. SOLEDAD - Giant (Belém/PA)
9. MOBY JAM - Homem de Gelo (Varre-Sai/RJ)
10. SICKYMIND - Question of Honor (Atibaia/SP)
11. ONI - Pedaços (Feliz/RS)
12. ARIEL/KALIBAN - À Morte (Palmeira dos Índios/AL)
13. BLANCATO - Laís (Uberlândia/MG)
14. NEOGENESE - Oceans of Time (São José dos Pinhais/PR)
15. HIGH MOONLIGHT - Inovaya (São Paulo/SP)
16. BRVTO AMOR - Vida (Rio de Janeiro/RJ)
17. THE WALKINS - O Sinal (Indaiatuba/SP)
Contatos:
Nota:
Originalidade: 8
Composição: 9
Produção: 7
8/10
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
E mais uma vez, eis que um novo volume da já tradicional coletânea Roadie Metal chega até nós. E o formato fez tanto sucesso que chega à sua 8ª edição, com todos os méritos.
Idealizada por Gleison Júnior (apresentador do programa na Rádio Felicidade, e assessor de imprensa pela Roadie Metal Press), a coletânea abrange boa parte do que tem sido feito atualmente em termos de Metal no Brasil. E isso por si só já é um grande mérito, pois a iniciativa democratiza o conhecimento de novas e ótimas bandas do país por uma grande parcela dos fãs.
Heavy, Death, Thrash e outras vertentes são encontradas nesse volume, o que mostra um grande ecleticismo em termos de Metal. É algo saudável, que pode expandir fronteiras e mesmo a mentalidade de muitos. E ao mesmo tempo, temos bandas reconhecidas e com grande parcela e fãs, como CLAUSTROFOBIA e TORTURE SQUAD; alguns novatos que já possuem discos lançados como DARKSHIP, DEATH CHAOS, BURNKILL, APPLE SIN, BRUTALLIAN e outros; e ainda temos aqueles que devem lançar discos próprios, se é que já não possuem. E essa mistura nos conscientiza de como o Metal nacional está em termos de música, e permite estabelecer parâmetros de qualidade dos emergentes aos já estabelecidos.
Em termos de qualidade sonora, ela muda bastante de uma banda para outra, já que algumas já possuem recursos maiores, e outras nem tanto. Mas não se pode negar que todas as bandas fizeram o melhor que puderam. E vendo a lista das músicas, perceberão de qual cidade e estado as bandas vieram, o que permite que tenhamos o feeling de como cada uma dessas regiões está em termos de cena.
CD1. Aqui, a porradaria come solta!
Falemos logo uma realidade: CLAUSTROFOBIA com “Metal Maloka” e TORTURE SQUAD com “Return of Evil”, por serem bandas experientes e bem estabelecidas, se destacam muito. Mas se preparem, pois NECROFOBIA com “Membership” (belo trabalho de bateria sobre este Thrash Metal agressivo e cheio de Groove), a brutalidade do DEATH CHAOS em “From the Dead They Will Rise” (que dupla de guitarras, apresentando riffs brutais, mas cheios de melodias sombrias, uma golfada Death Metal sem dó de pescoço algum), o Thrash rasgado à lá German School do JAILOR em “Stats of Tragedy”, a força do Groove raivoso e pegajoso do “STONED BULLS” na ótima “Good for Shit”, a raiva Thrash/Death do BURNKILL em “Guerra e Destruição” (ainda ingênuos e necessitando de um produtor, mas com enorme potencial), a força experimental do CROOKHEAD em “Via Crucis” (brutalidade Death/Thrash com teclados e ótimos vocais), o trabalho instigante do QUINTESSENTE em “Towards Eternity” (também precisam de maior amadurecimento, mas outro grupo que possui um infinito de possibilidades em sua música), possuem aquele “sangue nos olhos” que pode fazer de qualquer um deles um gigante.
CD2. Este é mais melodioso, voltado ao Metal tradicional e ao Rock’n’Roll.
Aqui, por falta de um nome reconhecido, temos uma homogeneidade maior. Mas cuidado, pois o BLACK TRIAD com R.I.P. (um puta Rock’n’Roll raçudo e cheio de melodias), o Heavy Metal tradicional cru do APPLE SIN em “Roadie Metal” (uma melhor produção os ajudaria muito, pois a banda é de primeira), o trabalho charmoso e com melodias bem definidas do RISING em “Road of Metal”, a porradaria solta e para todos os lados do BRUTALLIAN com a ganchuda e azeda “Blow On the Eye” (é isso mesmo, um soco no olho de tão bom, com ótimos vocais e guitarras), as melodias tradicionais do HEAVEN’S GUARDIAN em “Dream” (belíssimo refrão, onde se sente certo toque de Hard Rock no Metal tradicional do grupo), a inquestionável qualidade do DARKSHIP com a ótima “Prison of Dreams” (Metal sinfônico de primeira, com ótima dose de peso, apresentando um trabalho bem coeso da banda como um todo), a crueza proposital do Rock sujo do MOBY JAM em “Homem de Gelo” (muito daquele bom e velho feeling esfumaçado dos bons tempos do Rock do Brasil), as viagens psicodélicas em meio à sujeira descompromissada e envolvente do ONI em “Pedaços”, a envolvente “Laís” do BLANCATO (outro belo Rockão, mas que também precisa de uma produção mais bem feita), e a acessível e suja “Vida” do BRVTO AMOR (novamente, mais uma banda que precisa de um bom produtor) merecem elogios.
Se sua banda não foi destacada, não arranquem os cabelos ou sequestrem o Gleison. Todas possuem seus méritos, e espero ouvir mais de vocês no futuro.
No mais, o volume 8 sucede muito bem seus antecessores, e vale a aquisição.