17 de set. de 2016

HIPERCUBO - Trem da Loucura (Álbum)


2016
Hurricane Records
Nacional

Nota: 8,5/10,0

Músicas:

1. Intro
2. Trem da Loucura
3. Gasolina
4. Dance
5. Encruzilhada
6. Helena
7. Azul
8. Loucos no Inferno
9. Meu Amor
10. Rock'n'Roll Bar
11. Noite de Sexo


Banda:


J. Kid - Vocais
Matt - Guitarras
Malamanson - Guitarras
Saul - Baixo
Dieison - Bateria


Contatos:



Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Cada região de nosso país tem algo diferente em termos de Metal e Rock para mostrar, uma característica inata dela que entra no trabalho musical de qualquer grupo. Podem reparar, há algo que difere as bandas em relação à sua origem, talvez devido às características culturais do estado.

Nisso, o Rio Grande do Sul tem longa e forte tradição, e as bandas do estado possuem uma dose a mais de peso e agressividade. É algo sensível, mesmo em bandas mais voltadas ao Hard Rock/Rock'n'Roll, gênero que o estado possui uma boa tradição, e assim, não fica difícil entender os motivos que tornam "Trem da Loucura" um disco tão legal de ouvir. Sim, o primeiro álbum quinteto HIPERCUBO, de Campo Bom, é um disco empolgante.

Transitando entre o Rock'n'Roll e o Hard Rock praticado por bandas como MOTLEY CRUE, ou seja, algo despojado, com boa dose de agressividade e sujeira, mas envolvente, com refrões de fácil assimilação e muita energia. A fórmula não é inédita, muito menos é complexa, mas nas mãos de quem sabe (como o grupo sabe), sempre rende bons frutos. Entrem e sentem-se, pois o "Trem da Loucura" já vai partir por uma viagem prazerosa, regada à sexo, álcool e muito Hard Rock!

O disco foi gravado no Hurricane Studio, em Porto Alegre, sob a tutela de Sebastian Carsin. Assim, podemos aferir que a qualidade sonora que o grupo mostra em "Trem da Loucura" é boa, com bons timbres e tudo em seu lugar devido. E como Hard Rock precisa ter uma boa clareza, ela está presente, nos permitindo entender os arranjos da banda. 

Além disso, Alexandre Machado criou uma arte para a capa bem divertida, com aquele claro toque de Rock'n'Roll, fora um layout bem feito.

É bom que se perceba que o HIPERCUBO tem uma proposta musical que é sedutora, fazendo sua música de forma bem arranjada, com uma instrumentação sólida e um trabalho bem legal dos vocais. Mas apesar do clima descompromissado, percebe-se que a banda arranja bem suas canções, capricha nos refrões, e usa de letras em português, justamente para que se tornem mais simples para o público acompanhar.

Melhores momentos:

"Trem da Loucura" - Pesada e melodiosa na dose certa, aqui fica clara a veia mais Rock'n'Roll da banda. Belo andamento, vocais bem encaixados, e um trabalho ótimo de baixo e bateria, digamos de passagem.

"Gasolina" - Um dos hits da banda. A canção aposta em um dueto feroz de guitarras, com riffs mais simples (mas efetivos), e uma dinâmica de tempos muito boa. E um refrão ótimo, daqueles que se ouve e logo se está acompanhando a banda.

"Dance" - Sabem aquela levada não tão veloz, baseada em um trabalho forte de baixo e bateria? Pois é, ela está presente aqui, fora um refrão muito bom, além de um trabalho muito forte dos vocais e dos backing vocals.

"Helena" - Uma canção bem ganchuda, que gruda que nem chiclete. O ritmo é empolgante, o trabalho de guitarras é ótimo, e mais uma vez um refrão excelente.

"Meu Amor" - Transitando entre o Hard e o Rock'n'Roll, é uma faixa com boa dose de peso, novamente com a cozinha rítmica do grupo fazendo uma base sólida e de bom nível técnico. 

"Rock'n'Roll Bar" - Esta transita entre o Rock'n'Roll sujo e o lado mais cru do Hard Rock, focando bastante no andamento não tão veloz, e no refrão grudento.

A banda é muito boa, e está bem acima da média. E antes de tudo, eles possuem um trabalho muito divertido, descompromissado, e por isso é tão agradável e empolgante.

Todos a bordo desse trem do Rock'n'Roll, e boa diversão!

Em tempo: após o lançamento do álbum, o guitarrista Matt saiu da banda, entrando em seu lugar Roger (do ERIDANUS).

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