9 de jul. de 2016

SUNRUNNER - HELIODROMUS (Álbum)


2016
Minotaur Records
Importado

Nota: 9,0/10,0


Músicas:

1. Dies Natalis Soli Invictus
2. Keepers of the Rite
3. Corax
4. The Horizon Speaks
5. Star Messenger
6. The Plummet
7. Technology's Luster
8. Passage
9. Heliodromus


Banda:

David Joy - Baixo, vocais
Joe Martignetti - Guitarras, violão, bouzouki, flauta, vocais
Ted MacInnes - Bateria, percussão, vocais


Contatos:

Bandcamp
Som do Darma (Assessoria de Imprensa)

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Sabe quando um disco te surpreende na primeira ouvida, de uma forma que você não tem muito bem como explicar?

Pois é, é isso que o trio norte-americano SUNRUNNER, de Portland, nos faz sentir quando colocamos "Heliodromus" para tocar.

O trio faz uma mistura ótima de Metal tradicional com Rock Progressivo de uma forma em que temos algo mais pesado, orgânico e visceral do que as bandas de Prog Metal. Talvez porque, apesar de terem uma boa técnica instrumental individual, o forte do grupo é o conjunto, onde cada um contribui de sua forma para montarem canções pesada e intensas, com muita energia e elegância. Entre suas influências mais claras, temos BLACK SABBATH (por conta do peso constante) e RUSH (devido à fusão de Rock Progressivo e Metal de uma maneira pesada e bem orgânica). É bem diferente mesmo do que se faz por aí em termos de Prog Metal atualmente.

Em termos de produção, a banda foge da limpeza das bandas de Prog Metal atuais, buscando algo um pouco mais orgânico e que remeta aos anos 70, sem contanto perder a clareza moderna. É um trabalho bem feito de Jimmy Martignetti (mixagem) e Pat Keane (masterização).

A arte da capa vai direto de encontro com as letras esotéricas do grupo, que Jan Barlow soube captar muito bem, e esta gravura é chamada "Song of the Earth".

Elegante sem ser esnobe; orgânico sem ser exageradamente cru; o SUNRUNNER conseguiu um ponto de equilíbrio interessante, mesmo porque a banda não fica apenas na fusão de Metal com Rock Progressivo. Há momentos em que a música Folk aparece (como em "The Plummet"), e isso sem mencionar a presença de flautas, violinos (cortesia da convidada Sarah Mueller), uds (tocados por Amos Libby), bouzouki e outras surpresas que só fazem enriquecer o trabalho do trio.

Melhores momentos:

"Keeper's of the Rite" - Uma música cheia de energia, melodias à lá NWOBHM, e com ótimo trabalho de vocais e backing vocals (corais e refrão de primeir), sem desprezar o trabalho das guitarras de forma alguma.

"Corax" - Muito pesada, com riffs de guitarra à lá BLACK SABBATH e uma estética Progressiva crua com jeitão de YES, mas que ganha uma pegada mais intimista, mostrando a versatilidade do grupo em uma canção.

"Star Messenger" - A força do Metal, a técnica do Rock Progressivos e a maciez sutil do Jazz se misturam, se alternam de uma forma que nos surpreende. E nessa canção, vemos como baixo e bateria são técnicos e sabem manter uma base rítmica intensa e pesada.

"The Plummet" - Flautas, uds, bouzoukis e vocais de primeira adornam esta faixa com clara influência da música Folk. E os toques de classe dados pelos violinos e violões são algo soberbo.

"Technology's Luster" - Esta é mais rápida e moderna, com uma pegada bem mais voltada ao Rock'n'Roll e muita acessibilidade musical. Mas temos alguns momentos mais intrincados. No geral, os vocais estão de primeira, e as guitarras mostram sua versatilidade.

"Heliodromus" - Aqui, toda veia técnica e progressiva do trio fica exposta, pois em 20 minutos de duração, o número de mudanças rítmicas, momentos técnicos, é absurdo. Nem temos como dizer qual dos instrumentos se destaca, pois a banda como um todo está fantástica.

"Heliodromus" não é somente um excelente disco, mas mostra uma forma alternativa de se fazer Prog Metal. E digamos de passagem: o SUNRUNNER é uma bandaça de primeira!



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