2016
Independente
Nacional
Nota: 7,5/10,0
Músicas:
1. Corredor da Morte
2. Vivendo Uma Ilusão
3. Guerra e Destruição
4. Repressão
5. Cadáver do Brasil
6. Tempestade de Horror
7. Chega de Mentiras
8. Sinfonia da Guerra
Banda:
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Antony - Vocais
Lucas Maia - Guitarras
Pablo Henrique - Guitarras
Jorge Luiz - Baixo
Anderson de Lima - Bateria
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Contatos:
Roadie Metal (Assessoria de Imprensa)
Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
O BURNKILL é mais uma banda jovem que anda chamando a atenção da imprensa especializada no Brasil. Vindos de MG, um estado que já deu muito ao cenário nacional (e que ainda anda criando nomes ótimos), e apesar de ser uma banda jovem (fundada em 2014), o quarteto já mostra grande potencial em seu primeiro álbum, "Guerra e Destruição".
A banda faz uma mistura que é bem conhecida de todos os fãs de Metal extremo do Brasil: Death/Thrash Metal, sujo e rasgado. Mas não isento de certa técnica musical. E, além disso, o BURNKILL busca impor sua personalidade naquilo que faz, tentando escapar do ponto comum que já erodiu o gênero e exauriu os ouvidos alheios. Tudo bem, eles ainda possuem um longo caminho pela frente, mas a direção é correta.
A produção deixa um pouco a desejar, pois está suja demais para o gênero, com aquele toque meio saudosista que, nos tempos atuais, não faz muito sentido. Mas mesmo assim, é clara suficiente para perceber que a banda é muito boa, inclusive usando de boas melodias aqui e ali, como vemos em "Repressão". E a arte da banda é simples, mas funcional, direta e reta, apresentando o que eles têm a dizer.
Cantando em português, o grupo mostra personalidade, arranjos bem pensados (a dupla de guitarras da banda é fascinante em seus riffs), e uma dinâmica bem variada, nada de velocidade o tempo todo ou andamentos lentos sempre. Eles soltam uma esporreira sonora muito boa, que tende a evoluir nos tempos que virão.
Por hora, vemos que eles mostram que estão nessa luta por um lugar ao sol, e que possuem talento para isso. Canções como "Corredor da Morte" e sua levada com certo toque de Rock'n'Roll/Punk em certos momentos (mas com boas mudanças rítmicas); as mudanças de tempo bem claras em "Vivendo Uma Ilusão", apresentando um bom trabalho vocal (que lembra a entonação usada por João Gordo em alguns momentos, já que há diversidade de timbres no trabalho Antony), mas reparem como as guitarras fazem solos e riffs de primeira; a forte "Repressão", mais uma vez com belas guitarras, mas baixo e bateria mostram um trabalho de primeira, com Jorge e Anderson mostrando boa técnica; a rápida e pesada "Tempestade de Horror", onde Lucas e Pablo mostram serviço com riffs técnicos e cortantes, apresentando boas variações de tempo; e a rasgada "Chega de Mentiras", com uma levada mais em tempo mediano, agressiva de rasgar os ouvidos, e apresentando mais uma vez um bom trabalho de vocais e da base rítmica.
O BURNKILL é uma banda em que podemos apostar alto. Acredito que em breve, tenderão a ir longe. Mas acho que eles precisam de um produtor musical, para ajudar a acertar os timbres instrumentais e acertar umas arestas.
De resto, é mais uma revelação do underground nacional.
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