23 de mar. de 2016

SOILWORK - The Ride Majestic (Álbum)


2015
Nacional

Nota: 10,0/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Há uma dicotomia estúpida dentro do Metal nos últimos anos: uma turma se acha "old school" e que vivem falando muito mal das bandas mais jovens (embora 90% dessa turma nasceu após 1980, ou mesmo depois disso), e aquele que se dão o direito a absorver o que é mais jovem e moderno. No fundo, esta dicotomia é pura perda de tempo, assim como a verbalização de ofensas. Cada um gosta e faz sua música como bem quiser, e ponto final.

Um dos mestres do Death Metal de Gotemburgo, o sexteto continua pegando firme em sua música brutal e melodiosa, cheia de arranjos musicais técnicos, belos momentos de teclado e um contraste belo de vocais urrados e outros mais melodiosos, riffs de guitarra raçudos e solos melodiosos, base rítmica técnica e pesada como o próprio inferno. E ainda assim, a música da banda gruda em cada um de nós que não conseguimos nos soltar mais. Aliás, quem quer isso mesmo?

O nome de Jens Brogen é quase que arroz de festa, devido às inúmeras produções de discos que ele fez nos últimos meses. Mas é incrível ver como ele conseguiu equacionar bem o lado agressivo da banda com suas influências melodiosas e seu refinamento técnico. No fundo, tudo que o SOILWORK é, musicalmente falando, está explicitado em "The Ride Majestic", graças a sonoridade limpa, mas pesada. E a arte de Róbert Borbás é muito boa, apesar de apesar de aparentar um pouco simples à primeira vista.

No fundo, nesse disco, o sexteto resolveu também aliviar um pouco o lado técnico, focando mais em transforma cada uma das canções de "The Ride Majestic" em uma experiência diferenciada. Pode parecer que o grupo amaciou em termos de brutalidade, mas ganhou em melodias e melhoria nos arranjos instrumentais e em refrões pegajosos.

Melhores momentos: "The Ride Majestic" com seu feeling mais profundo nos tempos que se alternam e nos riffs abrasivos;  a rebeldia agressiva de "Death in General" (com um trabalho ótimo em que teclados e base rítmica se superam, fora momentos melodiosos e cheios de contrastes de vozes agressivas com outras mais melodiosas), a mais tradicional (em termos de SOILWORK, por favor) "Enemies in Fidelity", "Petrichor by Sulphur" e seu jeito grudento de ser (adornado com belíssimas guitarras), a introspectiva e melancólica "Whirl of Pain" (uma música em que o lado mais melodioso e cheio de feeling do sexteto dá as caras, sem deixar de ser um pouquinho mais técnica, e novamente apresenta vocais ótimos), e a perfeita "Father and Son Watching the World Go Down". E para aqueles que buscam um algo a mais, a Shinigami Records ainda nos fez um belo favor e, na versão nacional, colocou as bônus "Of Hollow Dreams" e "Ghosts and Thunder".
Clássico?

Só o tempo dirá, mas o que podemos afirmar é que "The Ride Majestic" confirma o SOILWORK como uma das grandes bandas dos últimos anos. Doa a quem doer.

Estão esperando o que??? Vão logo atrás da suas cópias, oras!





Músicas:

1. The Ride Majestic
2. Alight in the Aftermath
3. Death in General
4. Enemies in Fidelity
5. Petrichor by Sulphur
6. The Phantom
7. The Ride Majestic (Aspire Angelic)
8. Whirl of Pain
9. All Along Echoing Paths
10. Shining Lights
11. Father and Son Watching the World Go Down
12. Of Hollow Dreams
13. Ghosts and Thunder


Banda:


Björn "Speed" Strid - Vocais
Sylvain Coudret - Guitarras
David Andersson - Guitarras
Sven Karlsson - Teclados
Markus Wibom - Baixo
Dirk Verbeuren - Bateria

 Contatos:

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