2015
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Texto:
Marcos "Big Daddy" Garcia
Há uma dicotomia estúpida dentro do Metal nos últimos anos:
uma turma se acha "old school" e que vivem falando muito mal das
bandas mais jovens (embora 90% dessa turma nasceu após 1980, ou mesmo depois
disso), e aquele que se dão o direito a absorver o que é mais jovem e moderno.
No fundo, esta dicotomia é pura perda de tempo, assim como a verbalização de
ofensas. Cada um gosta e faz sua música como bem quiser, e ponto final.
Um dos mestres do Death Metal de Gotemburgo, o sexteto
continua pegando firme em sua música brutal e melodiosa, cheia de arranjos
musicais técnicos, belos momentos de teclado e um contraste belo de vocais
urrados e outros mais melodiosos, riffs de guitarra raçudos e solos melodiosos,
base rítmica técnica e pesada como o próprio inferno. E ainda assim, a música
da banda gruda em cada um de nós que não conseguimos nos soltar mais. Aliás,
quem quer isso mesmo?
O nome de Jens Brogen é quase que arroz de festa, devido às
inúmeras produções de discos que ele fez nos últimos meses. Mas é incrível ver
como ele conseguiu equacionar bem o lado agressivo da banda com suas influências
melodiosas e seu refinamento técnico. No fundo, tudo que o SOILWORK é,
musicalmente falando, está explicitado em "The Ride Majestic", graças
a sonoridade limpa, mas pesada. E a arte de Róbert Borbás é muito boa, apesar
de apesar de aparentar um pouco simples à primeira vista.
No fundo, nesse disco, o sexteto resolveu também aliviar um
pouco o lado técnico, focando mais em transforma cada uma das canções de
"The Ride Majestic" em uma experiência diferenciada. Pode parecer que
o grupo amaciou em termos de brutalidade, mas ganhou em melodias e melhoria nos
arranjos instrumentais e em refrões pegajosos.
Melhores momentos: "The Ride Majestic" com seu
feeling mais profundo nos tempos que se alternam e nos riffs abrasivos; a rebeldia agressiva de "Death in
General" (com um trabalho ótimo em que teclados e base rítmica se superam,
fora momentos melodiosos e cheios de contrastes de vozes agressivas com outras
mais melodiosas), a mais tradicional (em termos de SOILWORK, por favor)
"Enemies in Fidelity", "Petrichor by Sulphur" e seu jeito
grudento de ser (adornado com belíssimas guitarras), a introspectiva e
melancólica "Whirl of Pain" (uma música em que o lado mais melodioso
e cheio de feeling do sexteto dá as caras, sem deixar de ser um pouquinho mais
técnica, e novamente apresenta vocais ótimos), e a perfeita "Father and
Son Watching the World Go Down". E para aqueles que buscam um algo a mais,
a Shinigami Records ainda nos fez um belo favor e, na versão nacional, colocou
as bônus "Of Hollow Dreams" e "Ghosts and Thunder".
Clássico?
Só o tempo dirá, mas o que podemos afirmar é que "The Ride Majestic"
confirma o SOILWORK como uma das grandes bandas dos últimos anos. Doa a quem
doer.
Estão esperando o que??? Vão logo atrás da suas cópias, oras!
Estão esperando o que??? Vão logo atrás da suas cópias, oras!
Músicas:
1. The Ride
Majestic
2. Alight
in the Aftermath
3. Death in
General
4. Enemies
in Fidelity
5.
Petrichor by Sulphur
6. The
Phantom
7. The Ride
Majestic (Aspire Angelic)
8. Whirl of
Pain
9. All
Along Echoing Paths
10. Shining
Lights
11. Father
and Son Watching the World Go Down
12. Of Hollow
Dreams
13. Ghosts
and Thunder
Banda:
Björn "Speed" Strid - Vocais
Sylvain Coudret - Guitarras
David Andersson - Guitarras
Sven Karlsson - Teclados
Markus Wibom - Baixo
Dirk Verbeuren - Bateria
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