16 de mar. de 2016

DOKTORCLUB - Doktorclub (CD)


Independente
2016
Nacional

Nota: 8,5/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Embora muitos fãs de Metal no Brasil ainda tenham a certeza da tradição do Brasil em termos de estilos extremos de Metal (e isso é fato comprovado), há o outro lado: por mais que muitos neguem, existe também a tradição (e longa) de se produzir estilos mais melodiosos por aqui, que é até mais antiga que a extrema. E como é bom saber dessa diversidade, que faz bem. E das terras de Campo Grande (MS), que são férteis em termos de Metal, vemos surgir o ótimo trabalho do quinteti DOKTORCLUB, que chega com seu primeiro álbum, que leva o nome da banda.

Sem mistérios: o grupo faz um Hard'n'Heavy, ou seja, uma mistura do peso do Metal tradicional com a "chicletude" do Hard Rock clássico. Apesar dessa fórmula já ser usada há anos, o quinteto faz seu trabalho com bastante personalidade, peso e que nos envolve de tal maneira que somos agarrados por sua música em poucas audições. Pesado e acessível, e é muito bom.

Doktorclub
A produção de Aldo Carmine, guitarrista/tecladista da banda e produtor bem conhecido na região de Campo Grande. E todo o trabalho foi feito no Anubis Homestudio. O resultado é peso e melodia muito bem associados, com bom nível de clareza e uma dose bem legal de sujeira na distorção, que dá peso sem deixar de ser claro. E que capa legal, diga-se de passagem.

O forte do DOKTORCLUB é justamente o conjunto. A banda funciona bem como um todo, com vocais em tons melodiosos, guitarras com peso em base sólidas e macias quando necessário, baixo e bateria coesos e com peso, mantendo o andamento firme e diversificado quando necessário (embora a banda não exagere na técnica), e incursões inteligentes de teclados.

Melhores momentos?

Bem, o disco se nivela por cima, mas o potencial do grupo ainda pode render bem mais. Mas a melodiosa e intensa "Showtime" e suas belíssimas guitarras e solos bem arranjados, a forte e ganchuda "Blind Poet" (alternando momentos pesados com outros mais limpos, com belos arranjos na base rítmica, além de um trabalho bem legal dos vocais), a rica e envolvente "The Story That Never Ends Where It Began", onde mais uma vez, temos belos vocais e um refrão ótimo; a pesada e azeda "Dog Days", e a excelente e classuda "Russian Revolution".

Como dito acima, o grupo é ótimo, mas pode ir bem além do que mostram em "Doktorclub", que é uma ótima pedida. 

Hora de uma bela cirurgia, e esses doutores são ótimos.



Músicas:

1. Showtime
2. Blind Poet
3. Take a Part of Me
4. Never Let Me Down
5. The Story That Never Ends Where It Began
6. Bad Girl
7. Dog Days
8. One More Classic
9. Russian Revolution
10. Tonight I Won't Sleep


Banda:

André Koutchin - Vocais
Carlos Prado - Guitarras
Aldo Carmine - Guitarras, teclados
Jeferson Taborda - Baixo
Edu Ribeiro - Bateria


Contatos:

Metal Media (Assessoria de Imprensa)
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