13 de jan. de 2016

MIKE LEPOND'S SILENT ASSASSINS - Mike LePond's Silent Assassins (CD)

2014
Moonlight Productions
Importado

Nota 9,0/10

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia

Destaques: Apocalypse Rider, Red Death, Silent Assassins, The Progeny, Oath of Honor


Alguns músicos são tão criativos que precisam de mais e mais trabalhos paralelos para poderem expressar toda sua versatilidade. E não é novidade que músicos como Mike LePond, baixista do SYMPHONY X, é extremamente versátil, o que ele mostra muito bem em seu primeiro trabalho solo, o excelente "Mike LePond's Silent Assassins", que somente agora nos foi possível dar a devida atenção.

E digamos de passagem: que disco!

Antes de tudo, é preciso avisar o leitor para não procurar nada do SYMPHONY X no disco, pois o trabalho aqui é bem diferente. 

Mike cercou-se de músicos excelentes: ele toca todas as partes de baixo e guitarra rítmica, mas tem em Michael Romeo (companheiro de SYMPHONY X) e em "Metal" Mike Chlasciak (a fera de bandas como HALFORD, TESTAMENT e SEBASTIAN BACH) dois excelentes solistas das seis cordas (e Mr. Romeo ainda toca teclados no disco e faz a programação de bateria), além dos vocais de Alan Tecchio (HADES, WATCHTOWER e SEVEN WITCHES). E com um time desses, ele pôs para fora um trabalho que nos remete diretamente ao famoso "American Metal", ou seja, aquela forma peculiar e única das bandas de Heavy Metal dos Estados Unidos, ou seja, aliando peso, melodia e agressividade, mas sem abrir mão de uma boa dose de técnica. Ótimos vocais, com tons naturais bem agressivos; riffs cheios de energia e bem envolventes, solos muito caprichados, baixo e bateria com peso e técnica (especialmente o baixo, que mesmo evitando grandes exibições, vez por outra mostra uma técnica preciosa), e os teclados são bem econômicos, nada exagerados. Mesmo não sendo inovador, é bem pessoal, e excelente, com muita energia e vitalidade, além de ótimos refrões.

Mike LePond
O próprio Mike LePond fez a produção do disco, tendo a engenharia de Michael Romeo, além da mixagem e masterização de Eric Rachel. E o trabalho ficou ótimo, com uma sonoridade forte e vigorosa, seca e cheia de peso, mas claríssima. Ou seja, a compreensão das canções é imediata, embora alguns timbres na bateria pudessem ser bem melhores. E a arte de Jonathan Stenger é muito boa, evocando o mito do Cavalo de Tróia, que encaixa no contexto musical do disco: eles chegaram para tomar de assalto nossos ouvidos e mentes, e vão conseguir!

Em termos de música, o grupo arrasa. Nada é exagerado, tudo está em seu devido lugar, com arranjos musicais muito bem feitos, e as canções são bem envolventes. E como se não fosse muito, Mike Pinella (tecladista do SYMPHONY X) também dá uma canja nos backing vocals. 

Apocalypse Rider - Uma faixa cheia de vigor e energia, com tempos em velocidade mediana, e algumas mudanças de ritmo se fazem presente. E ouçam bem que ótimo refrão, e como os vocais estão se encaixando bem, usando uma bela diversidade de tons.

Red Death - O início é com uma bela debulhada do baixo, lembrando quase que um toque de música oriental. Mas logo surge uma música com aquele peso e força aos quais todos que conhecem a escola norte-americana do gênero estão acostumados. E novamente um refrão marcante e de fácil assimilação, além de riffs raçudos. E uma bela esmerilhada de "Metal" Mike no solo.

The Quest - Um teclado macio começa a música, que vai evoluindo até virar uma canção pesada e cheia de belas melodias, mas sem deixar de ser agressiva. E uma bela exibição de vocais e corais. 

The Outsider - Uma das faixas mais pesadas do CD, começando um ritmo um pouco mais refreado, embalando nossas cabeças, que não param de balançar, mas logo ganha mais velocidade e vai energizando a todos. Refrão e cozinha perfeitos mais uma vez.

Masada - Um leve dedilhado em cordas limpas vai dando início a esta canção, que é uma linda e introspectiva balada pesada. E vocais mais macios mostram o quanto Alan é versátil. 

Silent Assassins - Riffs agressivos e pesados à lá serra elétrica começam uma música mais veloz (embora existam mudanças de ritmo aqui e ali), cheia de peso e empolgação. É um dos grandes momentos do disco.

Ragnarok - Mais e mais energia, e novamente temos uma música com aquele jeitão "American Heavy Metal", apenas com um ritmo um pouco mais comportado e em velocidade mediana. Mas há momentos de pura instigação, com vocais muito bons novamente, além de um solo absurdo (Mr. Romeo realmente é um dos melhores guitarristas do mundo atualmente).

The Progeny - Intensa, azeda e cadenciada. É aquela música mais climática, densa e cheia de peso. E a cozinha rítmica mais uma vez mostra-se muito bem.

Oath of Honor - Fechando o disco, um gigante de mais de 11 minutos de duração, mas cheia de momentos diferentes e muitas mudanças. O baixo começa com dedilhados inspirados, seguidos de riffs ganchudos e um trabalho vocal excelente (reparem nos corais bem encaixados). Outro grande momento do CD, que apesar de longa, não nos deixa entediados. E como os solos são excelentes, mostrando o contraste dos estilos de "Metal" Mike e Michael Romeo.

Um excelente disco, que merece uma versão nacional, com toda certeza, pois o disco é ótimo. E esperemos que este não seja único, que venham outros!






Músicas:

1. Apocalypse Rider 
2. Red Death 
3. The Quest 
4. The Outsider 
5. Masada 
6. Silent Assassins 
7. Ragnarok 
8. The Progeny 
9. Oath of Honor


Banda:

Mike LePond - Baixo, guitarra rítmica, backing vocals 
"Metal" Mike Chlasciak - Guitarra solo em 2, 4, 6, 7, 8, 9
Michael Romeo - Teclados, guitarra solo em 1, 3, 4, 6, 7, 9
Alan Tecchio - Vocais, backing vocals 


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