29 de out. de 2015

ARMAHDA: loucura da rainha e governança no Brasil





O ARMAHDA segue liberando informações acerca das músicas de seu debut álbum, autointitulado, desta vez com a faixa ‘Queen Mary Insane’. A terceira faixa do álbum discorre sobre D. Maria I, de Portugual, também conhecida no Brasil como “Maria Louca”.

A música foi liberada para audição gratuita no Youtube em forma de lyric video. Para compreender melhor a letra e ao que se refere, a banda escreve:

“A Igreja fazia parte do projeto de colonização do território brasileiro, como um órgão administrativo do Estado, auxiliando-o a manter os valores apostólicos doutrinários em favor da subordinação do povo à Coroa portuguesa.


Em tom ameaçador, a rainha D. Maria I, exigia por cartas que “desde os primeiros anos que devem guardar inviolável fidelidade a S. Majestade, rogar a Deus por ela, obedecer a sua autoridade e cumprir as suas leis”. A rainha de Portugal defendia a catequese como meio de inclusão social dos indígenas, cobrando de governadores todos os seus esforços para levarem os índios “ao conhecimento da religião, para mudar os seus costumes em outros mais humanos, e mais úteis para a sua própria conservação”.

No Brasil, quando desembarcava com a família real, que fugia de Napoleão, ela gritava com medo de demônios que a cercavam. Este incidente lhe valeu o apelido de “Rainha Maira I, a Louca”. Existem histórias que relacionam sua loucura com uma doença mental manifestada após as mortes de seu marido e, logo a seguir, de seu filho primogênito, o qual supostamente ela recusou vacinar contra varíola, devido às suas crenças religiosas. Atos inconsequentes desta Princesa do Brasil, como a proibição da produção de manufaturas na colônia e dos privilégios portugueses na exploração de ouro serviram de estopim para revoltas, como a Inconfidência Mineira.”

Confira o lyric video:


As duas primeiras músicas já foram liberadas. ‘Ñorairô’ serve de introdução para o álbum, a palavra significa “guerra” em guarani, tema recorrente no trabalho da banda. A segunda música, “Echoes from the River”, discorre sobre o tratado de Madri. Confira:


Quem não acompanhou o lançamento de seu primeiro álbum, em 2013, o ARMAHDA chamou atenção não só do público como da mídia especializada, recebendo elogios como “este álbum é grandioso e muito rico em detalhes e também em conhecimento histórico sobre o nosso país, além de possuir músicas para fazer qualquer headbanger sair batendo cabeça” (Whiplash!), “no campo lírico surge como um sopro de ar fresco mais do que necessário a cena nacional. Porque falar de Vikings e Gnomos, se temos uma história e folclores riquíssimos? Palmas para Renato e Maurício” (A Música Continua a Mesma), “uma das mais grandiosas obras já realizadas por uma banda nacional de heavy metal, cem por cento indicado pra quem gosta de metal de boa qualidade e se interessa pela história do Brasil” (Heavy Metal Brasil), entre outras.

Fiquem ligados nas próximas semanas, mais faixas e histórias serão divulgados.


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Fonte: Metal Media
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