Metal Samsara: Phantom - Psycho Minds

17 de ago. de 2015

Phantom - Psycho Minds

2015 - MS Metal Records - Nacional

Nota 8,5/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia

No Brasil, vez por outra, as bandas vão fazendo alquimias interessantes, fugindo aos padrões convencionais dentro do jeito de se fazer Metal. E não é de se estranhar que o PHANTOM, de Curitiba (PR) nos apresente "Psycho Minds" (seu mais recente álbum) uma música híbrida e de bom gosto.

A banda soa como uma mistura de Heavy Metal tradicional com alguns aspectos de outros gêneros, como Groove Metal, Southern Rock, algumas influências mais modernas, e mesmo Thrash Metal. Sim, o grupo não se limita muito por rótulos, preferind seguir mais o próprio instinto criativo que paradigmas. Há momentos em que o Heavy/Thrash Metal de bandas como METALLICA no "Black Album" se misturam ao Groove e feeling introspectivo de um DOWN e mesmo alguma coisinha de ALICE IN CHAINS aqui e ali. Sim, eles são bem criativos, e capazes de surpreender.

A produção feita por Madu e Vitor França (este último ainda mixou e masterizou o disco) deixou a sonoridade da banda pesada e seca, mas sem matar o feeling e melodias. E a escolha de timbres mais próximos ao clima "live" mostrou-se sábia, rendendo ótimos frutos e marcando ponto. E a arte da Designations Artwork funcionou perfeitamente.

Phantom

A banda possui uma riqueza instrumental de bom nível, sem soar maçante. Bons arranjos, vocais bem colocados e com bons timbres, nada de exageros técnicos ou firulas, tudo soa espontâneo e de bom nível em "Psycho Minds".

O disco todo tem um bom nível, mas os melhores momentos são:

Hard Like Steel - Uma faixa intensa, pesada, com andamento lento no início, mas que ganha energia e peso um pouco adiante. E uma pancada seca, feita com riffs muito intensos, boas mudanças de ritmo e vocais cheios de emoção.

Free Will - Carregada de emoção e agressividade (graças aos riffs intensos), é um dos melhores momentos de todo o disco. Mas ao mesmo tempo, possui um jeitão introspectivo fascinante e ganchudo, onde os vocais mostram o quão versáteis eles podem ser.

Kill'n'Run - Outro ponto alto. Veja como guitarras e baixo interagem bem logo no início da canção, que depois ganha mais peso e agressividade, em um andamento não muito veloz.

Queen of Darkness - Uma balada pesada, intensa e carregada de muita emoção, mostrando a força de uma base rítmica bem construída e de belos arranjos de guitarra, mas seria um pecado não citar esses vocais tão bem feitos com essa carga emotiva tão forte.

Uma bela promessa, que vai render frutos ótimos em pouco tempo, bastando dar ao PHANTOM a chance que eles merecem, que é ser ouvidos.

Vão nessa, e aproveitem!