31 de ago. de 2015

D.A.M. - The Awakening (CD)

2015 - Independente - Nacional

Nota 9,5/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Amadurecimento é uma das palavras de ordem para as bandas que trilham qualquer vertente do Metal. Seja old school ou moderno, seja melodioso ou extremo, ou seja lá o que for, amadurecer faz parte de um bom trabalho, de um bom músico. E é sempre ótimo ver como a maturidade pode render bons frutos. E o D.A.M., banda de Ouro Preto que já passou por estas humildes mãos e ouvidos, mais uma vez nos concede o prazer de poder conhecer um trabalho deles, e digamos que "The Awakening" é excelente.

Eles continuam na mesma trilha de antes, o mesmo Death Metal melodioso, recheado de belíssimas melodias, com tudo em seu lugar. Mas o que mais surpreende em "The Awakening" é que, mesmo usando ótimos arranjos, a música da banda deu uma simplificada na técnica, mas continua elegante e com melodias sinfônicas. Polido o trabalho da banda sempre foi, mas ficou um pouco mais encorpado e pesado, usando cada vez mais as melodias das guitarras e teclados, de vocais rasgados e alguns mais melodiosos, e tudo isso firmado em uma base rítmica bem caprichada. 

D.A.M.
A qualidade sonora ficou muito boa, pois nesse tipo de música, onde guitarras e teclados são evidentes, é preciso ter bastante cuidado na mixagem. E é o que ouvimos aqui, sem contar que os timbres foram muito bem escolhidos para cada instrumento, está claro e compreensível, mas com uma dose de peso muito boa.

Como dito no início, a banda deu uma simplificada em sua técnica, mas a diversidade de arranjos ainda é bem grande. Mas como já é comum para os trabalhos do D.A.M., ótimos arranjos bem feitos nunca foi um problema. 

Melhores momentos? Se me permitem usar um velho chavão de um conhecido personagem humorístico, "Tás brincando???"

O CD inteiro é ótimo, com composições preciosas. Mas apenas para um primeiro contato, indico a bela e diversificada "From the Ashes (T.J.O.T.F)" (com uma introdução muito boa de teclados, virando uma faixa mais agressiva e veloz, com ba alternância dos vocais rasgados com os limpos, mais riffs ótimos), a instigante "Reborn from the Shadows", as fortes e bem variadas "Lies" (alguns momentos mais lentos e melodiosos entremeados por vocais rasgados são perfeitos, mas a base rítmica está muito boa aqui, tanto no peso como na técnica) e "The Breaking Point (T.M.S, Pt. IV)" (essa não tão veloz, mas com arranjos ganchudos), a climática "Illusions" (onde a melodia toma o lugar o ritmo mais veloz, permitindo a existência de belíssimos refrões e vocais rasgados perfeitos, entremeados por lindos arranjos de guitarras), a mais introspectiva e densa "Violated Angel", a longa e muito variada "Nightmare (T.M.S, Pt. II)" (outra faixa em que o contraste entre as melodias e a agressividade é perfeito, sem pôr ou tirar nada), e a destruidora de limites "Thelema (Magnum Opus, Pt. II)".

Ainda bem que bandas assim como o D.A.M. existem. E o futuro deles, se tiverem uma chance, é brilhante.





Músicas:

01. From the Ashes (T.J.O.T.F)
02. The Great Work (Magnum Opus, Pt. I) 
03. Reborn from the Shadows 
04. Lies
05. The Breaking Point (T.M.S, Pt. IV) 
06. Illusions 
07. The Awakening 
08. Violated Angel 
09. Nightmare (T.M.S, Pt. II) 
10. Separation 
11. Alone 
12. Thelema (Magnum Opus, Pt. II)


Banda:

Guilherme de Alvarenga - Vocais, teclados, sintetizadores
Tomás Campos - Guitarras 
Edu Megale - Guitarras 
Caio Campos - Baixo


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