13 de abr. de 2015

Sweet Storm – Collector of Souls (CD)

Independente
Nota 8,0/10,0


Por Marcos "Big Daddy" Garcia


É incrível ver que gêneros mais jovens dentro do Metal estão começando a ter mais presença dentro do Brasil, pois temos como traço evidente o conservadorismo em muitos aspectos. O musical é apenas um. E isso, para todos (seja defensor ou opositor), é positivo. E vemos pulsar no grupo mineiro SWEET STORM, de Uberaba, a vontade de fazer algo mais relevante e novo em seu primeiro disco, “Collector of Souls”.

A banda faz um Progressive Death Metal bem técnico e agressivo, ora mais cadenciado e azedo, ora mais veloz (mas sem exageros), mas as influências mais tradicionais à lá BOLT THROWER também são bem claras aos ouvidos. Se por um lado não chega a ser algo extremamente inovador, por outro a banda mostra energia e personalidade de sobra com seus vocais guturais bem postados, riffs de guitarra técnicos e bem finalizados, baixo e bateria com peso e técnica muito boa. É muito bom poder ouvir uma banda desse jeito, verdade seja dita.

Sweet Storm
A qualidade da gravação bem que poderia ser melhor. Não é que esteja ruim, mas o trabalho deles pedia algo um pouco menos cru e mais claro. Mas por outro lado, não chega a ser algo ruim ou sujo em excesso. Os timbres foram bem escolhidos, os instrumentos estão audíveis, então, o saldo é positivo. Já a arte, baseada na “Divina Comédia”, do italiano Dante Alighieri, é muito boa e bem trabalhada. 

O grupo capricha bastante no aspecto de composição. A idéia clara que temos ao ouvir o disco é que a única voz crítica que eles ouvem é a do próprio coração, já que suas músicas são ricas em arranjos, bom dinamismo nas mudanças de ritmo, tudo é muito espontâneo.

E eles mostram que são bons e têm futuro em canções como a técnica e bruta “Animals and Beasts Reaching for Fear” (com boas mudanças de andamento, além de um trabalho ótimo de guitarras e bateria), a trabalhada “The Face of Chaos” (outra com andamento moderado, fora belos arranjos do baixo, usando sabiamente a técnica de “tapping” em alguns momentos), a chuva de riffs poderosos em “Sweet Storm”, a mais tradicional “Alighieri Inferno” (embora novamente o baixo apresente bons arranjos e os vocais mostrem uma força absurda). Mas o destaque absoluto é a longa e bem trabalhada “Visions Beyond the Mind”, onde cada instrumento, cada vocal e arranjo é precioso em seus mais de oito minutos de duração, com inclusão de momentos mais amenos e mesmo semi-acústicos. E ela pode ser o indicativo de que o futuro do grupo é brilhante.

Apesar da qualidade sonora do CD, o grupo é ótimo, e promete demais.






Músicas:

01. Tromos
02. Animals and Beasts Reaching for Fear
03. The Face of Chaos
04. Sweet Storm
05. Alighieri Inferno
06. As Hatred
07. Visions Beyond the Mind


Banda:

Camilla Porto – Vocais
Raphael Tanaka – Guitarras
Peterson Freitas – Baixo 


Contatos:

Black Legion Productions (Assessoria de Imprensa)
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