Independente
Nota 10/10
Por Marcos "Big Daddy" Garcia
E eis que o DYNAHEAD, um dos grupos mais promissores do Metal nacional, volta com a prometida segunda parte do excelente “Chordata I”, que se chama “Chordata II”, e mais uma vez, nem bem 2014 começa e um dos melhores discos do ano já deu as caras.
Exagero da parte do Pai Marcão?
Ouçam o que o velhinho aqui diz, bem como o disco, que ele merece!
Tão intenso e destruidor de barreiras quanto seu antecessor, “Chordata II” segue a mesma linha, ou seja, aquela fusão perfeita entre um Metal agressivo e brutal em certos momentos, com doses de belas melodias, ritmos quebrados, inclusive com a introdução de pequenos trechos de Bossa Nova, MPB e pitadas de Samba (o verdadeiro, não aquilo que se vê na TV ou no Carnaval, por favor). Vocais que vão do macio ao ríspido e gutural sem pudor algum (e sem causar problemas aos ouvidos mais radicais), guitarras com riffs bem pesados e agressivos, mas sem esquecer das melodias e inserções de ritmos mais macios, e uma cozinha baixo/bateria fantástica. E não é exagero dizer nada disso, eles o são de fato, em uma música que é inovadora, cheia de energia e vibrante.
Mais uma vez tendo a produção do vocalista Caio Duarte, a produção do CD é muito boa, com uma qualidade e limpeza tão grandes que nem parece que o disco é independente. O nível é alto demais, pois não há nada em “Chordata II” que esteja escondido, cada detalhe está lá, claro aos ouvidos, bem como o todo soa forte e agradável. E mais uma vez, a arte de Chris Panatier ficou belíssima, se referindo à primeira obra, mas sem deixar claro que é outro volume.
Sobre as composições, uma verdade deve ser dita: isso é um padrão muito elevado, raramente visto no Brasil. Poucas bandas fazem algo tão intenso e inovador, sem deixar de ser pesado. E isso é uma prova que o DYNAHEAD nasceu mesmo para quebrar padrões. Óbvio que existirão algumas reclamações de fãs mais ortodoxos nas subdivisões que rolam por aí, e é uma pena. Para eles, pois não sabem o que estão perdendo!!!!
Perfeito em tudo e dando sequência à numeração de "Chordata I", o CD se inicia na faixa 10, “Jugis”, que é algo de maravilhoso, com ótimos riffs e grandes mudanças rítmicas. “Legis” já é mais técnica e com um jeitão bem moderno de Metal, com muitas variações de riffs e vocais, indo do extremo ao limpo, e isso quando os elementos não se fundem em momentos completamente díspares, mas sem deixar de ser agradável aos ouvidos. “Motem” é um pouco mais seca e agressiva, mesmo no meio de tantos ritmos quebrados (o que obviamente destaca baixo e bateria, que estão fantásticos). Já “Numinous” é uma faixa macia, encerrando o trabalho de forma bela. Mas de propósito, este autor se permitiu falar de “Kode” por último. Ela é uma faixa extremamente longa (possui 20:47 de duração!), mas de tantas variações, indo do agressivo extremo ao macio, mantendo sempre uma técnica de alto nível, o fã não consegue enjoar ou mesmo se despregar dela. E além disso, destacam-se os excelentes vocais (que sabem ser suaves e agressivos na medida certa, nos momentos mais corretos, e mesmo nos que não são, e isso sem danificar a qualidade da canção), com alguns belos momentos que remetem à Bossa nova, inclusive com a presença de pianos e teclados, e que riffs de guitarras!
É uma das melhores faixas do Metal nacional de todos os tempos, sem sombra de dúvidas e sem nenhum exagero!
É uma das melhores faixas do Metal nacional de todos os tempos, sem sombra de dúvidas e sem nenhum exagero!
E sem desejam comprovar a veracidade das palavras do Pai Marcão, basta baixar o CD, que foi disponibilizado de graça pela banda em sua página oficial (se bem que este disco merecidamente tem que estar na prateleira de qualquer Headbanger que se preze):
O DYNAHEAD realmente figura na primeira divisão do Metal nacional, e “Chordata II” o credencia para voos mais altos.
Tracklist:
10. Jugis
11. Kode
12. Legis
13. Mortem
14. Numinous
Banda:
Caio Duarte – Vocais, bateria, teclados
Diego Teixeira – Baixo
Diogo Mafra – Guitarras
Pablo Vilela – Guitarras
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