Metal Samsara: Silent Knight

12 de jul. de 2013

Silent Knight - Masterplan (CD)

Independente - Importado

Nota 8,5/10

Por Marcos Garcia

Em tempos em que o dito Power Metal anda bem desgastado e carente de novidades, eis que da Austrália, uma terra fértil em termos de Metal, surgem boas novidades aqui e ali, para evitar que o estilo caia na inatividade, e de Perth, vem o quinteto SILENT KNIGHT, que chega até nós com seu primeiro Full Length, o ótimo 'Masterplan'.

O quinteto tem uma sonoridade forte e vigorosa, cheio de energia e com bastante empolgação, beirando o qu o HAMMERFALL fez em seus primeiros trabalhos, com toques de HELLOWEEN antigo e algumas nuances de Thrash/Speed Metal, ou seja, os vocais buscam usar tons não tão altos, obtendo bons resultados, as guitarras estão coesas em riffs pesados e solos bem feitos, baixo e bateria exibem boa coesão e peso, mas sabem mostrar técnica quando necessário. Assim, mesmo não sendo algo lá muito original, tem personalidade e garra, e com ótimos refrões.

Tendo as mãos de Dan Grainger na engenharia sonora, bem como na mixagem e masterização, o grupo mostram uma sonoridade pesada e forte, sem deixar de soar limpo e claro, ao passo que a arte, feita por Guy Dishington é bem legal e tem aquela aura do Power Metal pré-melódico, ou seja, quando o estilo era mais pesado e agressivo.

Mesmo sendo independente, o grupo mostra um trabalho bem equilibrado e com bons resultados em faixas como a rápida 'The Curse of the Black Rose', que é rápida e lembra bastante o Power melódico em seus melhores momentos, especialmente pelo ótimo refrão; a forte e pesada 'Masterplan', com riffs fortes, bons backing vocals e solos legais e bem compostos, sem se preocuparem em despejar um milhão de notas em nossos ouvidos (o que muitas vezes chega a ser entediante); a pesada 'Prophets of War' e seus andamentos variados empolgantes; a não tão veloz 'Pay Your Dues', com as guitarras mostrando ótimo serviço mais uma vez, e reparem no trabalho do vocalista; e a pedrada de 'Dare to Dream', que na maior parte do tempo é uma semi-balada pesada, mas que em vários momentos ganha peso e velocidade, com belas guitarras que lembram a dupla Smith e Murray em seus tempos mais áureos e podemos perceber a versatilidade do vocalista.

Uma bela revelação, que realmente mostra que o estilo anda possui muito a render nas mãos certas.