28 de mai. de 2012

Mnemic – Mnemesis (CD)


Nuclear Blast – Imp.
Nota 8,5
Por Marcos Garcia

Desde os anos 80 para cá, muitas bandas buscam fórmulas e maneira de tornarem sua música única, para poderem estabelecer uma identidade única, bem como atrair fãs de novidades para seu som. Muitas acertam, muitas fracassam, e a busca pelo Santo Graal continua firme.
O Mnemic, da Dinamarca, é mais uma banda a lutar no underground por seu próprio espaço, fazendo uma mistura entre elementos de Metalcore, Death Metal melódico, Metal Industrial e Prog Metal, mais umas pitadas aqui e ali de Thrash Metal e com um pouquinho de groove, e acreditem, a mistura funciona bem, tanto que o novo CD da banda, Mnemesis, a banda dá uma autêntica mostra do significado musical para a palavra ‘caos’.
Gravado nos Antfram Studios em Fevereiro deste ano, tendo a responsabilidade de Tue Madsen, que produziu todos os discos anteriores da banda, a banda teve o apoio de uma produção sonora bem límpida e densa para mostrar todas as nuances de sua música complexa, pesada e agressiva em alguns momentos, hipnótica e climática em outros, o quinteto realmente conseguiu fazer um disco marcante e forte, sem dever nada aos anteriores. A capa é bem simples, mas bastante funcional, a cara da sonoridade deste quinteto.
O que se pode esperar de Mnemesis?
Um disco caótico, onde cada música tem personalidade e vida bem próprias, sem que a música seja vazia de feeling ou mecânica, e podemos destacar logo na primeira audição Transcend, que abre o CD com bastante alternância caótica entre elementos industriais e Metalcore; a caótica Valves, com destaque para as variações vocais de Guillaume Bideau, bem como para os bumbos de Brian Larsen; a mais cadenciada e viajante Junkies on the Storm, com belo trabalho das guitarras; as agressivas e densas I've Been You e Mnemesis, ambas com mudanças de andamentos completamente inesperadas, mas muito boas, e com alguns toques de Rock Progressivo nos vocais limpos; a bela There’s No Tomorrow, em uma canção um pouco mais sentimental, em uma quase ‘balada’; e o bônus Empty Planet.
A banda é corajosa e bastante ousada, diga-se de passagem, e é um ótimo desafio aos preconceitos que permeiam a cena, pois em um autêntico enigma da Esfinge, o ouvinte tem que decifrar a charada ‘decifra-me que gostarás de mim’.
E este desafio é válido!
E para pôr água na boca dos leitores, a música I've Been You:



Tracklist:

01. Transcend
02. Valves
03. Junkies On The Storm
04. I’ve Been You
05. Pattern Platform
06. Mnemesis
07. There’s No Tomorrow
08. Haven At The End Of The World
09. Ocean Of Void
10. Blue Desert In A Black Hole
11. Empty Planet (bônus)



Formação:

Guillaume Bideau – Vocais
Mircea Gabriel Eftemie – Guitarras, teclados
Victor-Ray Salomonsen Ronander – Guitarras
Simone Bertozzi – Baixo
Brian Larsen – Bateria

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