2016
Shinigami
Records
Nacional
Nota: 8,0/10,0
Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
Músicas:
1. Death
March
2. I
Welcome Death
3. Smallest
Creep
4. Violator
5. Felony
6. Death
Blow
7.
Resolution
8. World
Order
9.
Enslavement
10. Art of
Murder
11. For the
Venom
12. The
Drowning
13. As It
All Came Down
Banda:
Marco Aro - Vocais
Glenn Ljungström - Guitarras
Jasper
Strömblad - Guitarras
Robert
Hakemo - Baixo
Christofer
Barkensjö - Bateria
Contatos:
Resenha: A Suécia é uma fábrica de bandas de Metal, com uma
tradição enraizada no final dos anos 70 e início dos 80. Mas é a partir dos
anos 90 que a popularidade de sua cena cresce absurdamente. Tudo graças ao Death
Metal brutal e cru de bandas como ENTOMBED e DISMEMBER, ao Death Metal melódico
de Gotemburgo com AT THE GATES, IN FLAMES e DARK TRANQUILLITY, e nomes mais
melodiosos como HAMMERFALL.
E nunca foi difícil ver o pessoal das bandas criando projetos
paralelos, e o THE RESISTANCE é um desses. E que a Shinigami Records coloca no
mercado nacional com "Coup De Grace", seu segundo e último disco.
A banda, apesar de ter integrantes (ou ex-integrantes) de
instituições como IN FLAMES, SOILWORK e THE HAUNTED, prima por fazer o que
chamamos de Swedish Death Metal, ou seja, aquele mesmo Death Metal tradicional
que surgiu no país entre o final dos anos 80 e início dos anos 90. Só que a
experiência e fluência de cada um deles em seus instrumentos é o que torna trabalho
sonoro do quinteto diferenciado. Podemos dizer que é algo bruto e agressivo,
mas requintado, bem feito.
The Resistance |
Em termos de produção sonora, não se pode reclamar.
"Coup de Grace" tem uma sonoridade intensa e impactante, pois o
trabalho de da banda e Jocke "The Wizard" Skog (sendo que este ainda
fez a engenharia sonora, a mixagem e a masterização do diso) é muito boa. A
sonoridade tem aquele mesmo impacto brutal de discos dos anos 90, com a
diferença que a mesma flui de forma clara e moderna pelos falantes. Sim, é
bruto, mas claro aos ouvidos.
No que tange à arte, o trabalho de Michaela Barkensjö (da
SINNER ARTS) ficou de primeira, dano um aspecto bruto e sinistro à capa, e com
um layout bem acabado.
Bruto, ríspido, com a dose certa de sujeira, "Coup De
Grace" é um disco empolgante justamente por ter a fusão da brutalidade do
passado com a sonoridade mais moderna e a personalidade musical de cada um dos
seus integrantes. E mesmo em certa simplicidade musical, a banda é capaz de
criar arranjos grudentos que não saem da cabeça. É um convite ao headbanging
que termina em torcicolos diários.
Embora o disco seja ótimo do início ao fim, os melhores
momentos estão na bruta e tradicional "I Welcome Death " (que mostra
um trabalho de primeira de baixo e bateria, que mesmo na simplicidade, mostra
uns arranjos minimalistas ótimos vez por outra), o dinamismo esporrento
apresentado em "Violator" (com um andamento não muito rápido, e a
canção mostra vocais ásperos de primeira, fora os ótimos double bass da
bateria), a pancada mais voltada ao lado tradicional do Death Metal que ouve-se
em "Felony" (realmente, os riffs de guitarra da banda são de
primeira!), a explosiva cadência brutal de "Death Blow" (uma canção
muito empolgante, mais uma vez com um trabalho de primeira dos vocais e das
guitarras), aquelas levadas grudentas em meio tempo o quinteto apresenta em "Art
of Murder" (aquela herança do HC que o Metal extremo carrega, e aqui,
baixo e bateria mostram uma base rítmica intensa e muito pesada) e em "The
Drowning".
Uma pena que o THE RESISTANCE encerrou as atividades, mas o
legado deixado pela banda em "Coup De Grace" é eterno.