2016
Nacional
Tracklist:
1. Invasion
2. Reset
3. Wasting Away
4. Misconducter
5. Circadian
6. New Line
7. Power Driven
8. Bad Slave
Banda:
Den - Vocais, guitarras
Brisa - Baixo
Vitão - Bateria
Contatos:
MS Metal Agency Brasil (Assessoria de Imprensa)
Nota:
Originalidade: 7
Composição: 9
Produção: 8
8/10
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
E eis que o power trio MISCONDUCTERS, formado na Inglaterra, mas com seu líder, o guitarrista/vocalista, sendo brasileiro. E mais uma vez, a força do grupo pode ser comprovada no seu disco mais novo, “Circadian”, que acaba de chegar ao mercado brasileiro.
O grupo continua aquele “blend” muito bem feito entre influências do Metal tradicional dos anos 70 e 80 com certos toques da energia e despojo do Punk Rock e Hardcore. Óbvio que isso remete nossos sentidos ao que o hoje saudoso MOTORHEAD destilava, só que não tão sujo. E ao mesmo tempo, tem personalidade e faz a diferença em vários momentos. E meus caros, “Circadian” é feito com boa técnica e muita energia. Mas aos fãs de longa data do trio, não é necessário se preocuparem: o grupo continua com seu estilo de sempre.
A produção do CD é do próprio trio, tendo as mãos de Ricardo Schmid na mixagem e masterização (e que também acompanhou a gravação). O resultado é forte e intenso, com boa dose de clareza, e a crueza sonora que se percebe vem da escolha dos timbres sonoros mais simples, próximos ao que eles podem reproduzir ao vivo sem esforços.
Mesmo buscando não inovar, é claro que “Circadian” mostra o bom momento que o trio está vivendo, com muita energia fluindo de seus arranjos não tão complexos, mas que funcionam muito bem, já que o enfoque do MISCONDUCTERS está na música, não em exibições instrumentais cheias de técnica.
O disco possui oito canções, e destacam-se a força crua de “Invasion” (existe muito do bom e velho BLACK SABBATH no que eles fazem especialmente nos arranjos de guitarras e baixo); a mais Hard’n’Roll “Reset” e sua pegada empolgante (sim, o grupo é capaz de lançar mãos de elementos do Hard e do Rock’n’Roll clássico de uma vez, sem perder a coesão, especialmente porque a bateria está muito bem, comandando o ritmo), o andamento cativante de “Misconducter” (aqui, o lado um pouco mais Punk Rock dá as caras), as variadas e cheias de energia “Circadian” (uma faixa um pouco mais longa, e nos pouco mais de seis minutos, a banda destila o seu “roll” de influências muito bem, se destacando os vocais e alguns tempos empolgantes) e “New Line” (esta com um “approach” um pouco diferente da bateria, com uns toques não tão convencionais), e a curta e grossa “Bad Slave” (aqui sim a pegada lembra o despojo do MOTORHEAD, apresentando riffs de primeira).
Sim, o MISCONDUCTERS soube crescer dentro de suas convicções sonoras, e “Circadian” é um disco muito, muito bom.