2016
Independente
Nacional
Nota: 8,0/10,0
Músicas:
1. Last Memory
2. Temple of Desire
3. Copper's Synapse
4. No More
5. Blind Faith (Part I)
Banda:
Kid Sangali - Vocais
Gio Attolini - Guitarras, backing vocals
Maurício Barbieri - Guitarras
Ricardo Ledur Gottardo - Baixo
Felipe Saretta - Bateria
Contatos:
Facebook: https://www.facebook.com/LouderRockBand
Soundcloud: https://soundcloud.com/louderrockband
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCxH_1L42_N4pLeqyzu0Q6Vw
Island Press (Assessoria de Imprensa): http://www.island-press.com/
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Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
De alguns anos para cá, a vocação do Brasil para produzir bandas de Hard Rock e AOR tem crescido bastante. E assim, o cenário nacional começa a mostrar mais e mais diversidade, o que permite um alcance maior, ou seja, pode angariar novos fãs sem muito esforço. E é muito bom ver bandas com aquela boa e velha levada que transita entre o Hard Rock e o Rock'n'Roll, como o quinteto LOUDER, de Veranópolis (RS), que chega pondo a casa abaixo com seu EP de estréia, "Take One".
O grupo consegue soar pesado e agressivo, mas sempre com um enfoque enorme nas melodias, um cuidado estético para que a música não perca sua acessibilidade, que possa mesmo conquistar fãs novos e jovens. Óbvio que isso não os desabona em momento algum, apenas os diferencia dos que buscam ter uma evidência maior do lado AOR (que eles até não deixam de ter em certos momentos, mas que aqui não é tão clara).
Ou seja, é algo envolvente, melodioso, mas com sua devida dose de agressividade, com um jeitão ganchudo e ótimos refrões.
A produção do EP é do baixista Ricardo Ledur Gottardo, tendo na co-produção Maninho (que acompanhou as gravações, além de mixar e masterizar as canções). Embora a sonoridade como um todo seja muito boa, com timbres instrumentais bem escolhidos, podemos perceber que ainda está algo um pouco cru além do necessário. Óbvio que o grupo busco algo mais espontâneo e orgânico, mas isso deixou a sonoridade crua além do necessário. Não está ruim, de forma alguma é isso que as palavras deste autor quer dizer, mas que poderia ser ainda melhor. Mas para a estréia, está muito bom (ainda mais porque temos uma banda independente).
Ótimos vocais (com certo toque de Bruce Dickinson em alguns momentos), uma dupla de guitarras muito boa, baixo e bateria com boa coesão e com a dose certa de peso são os elementos que se unem para criar uma musicalidade melodiosa, acessível, e bons arranjos. Fora isso, os refrões são de fácil assimilação, o que torna o trabalho deles ainda mais delicioso.
Melhores momentos:
"Last Memory" - Como a canção que abre o EP, ela tem uma grande responsabilidade. Mas ela está à altura, apresentando um conjunto de arranjos mais simples e com ótima dose de acessibilidade. O refrão é ótimo, empolga e mostra belos backing vocals, mas o destaque mesmo fica por conta das ótimas vocalizações.
"Temple of Desire" - Aqui se percebe certa influência de sonoridades noventistas, com uma dose extra de peso nas guitarras. O andamento não é veloz, e o trabalho da base rítmica, além de peso, mostra uma técnica simples, mas eficiente.
"Copper's Synapse" - O lado um pouco mais clássico em termos de Hard Rock surge aqui. Nos lembra bastante aquela coisa meio Blues, meio Rock'n'Roll dos anos 70, ou seja, tem aquela pegada mais pesada. Ponto para as guitarras, que mostram arranjos muito bons, tanto nas bases como nos riffs. Mas novamente, o refrão é de primeira.
"No More" - Aqui, temos uma canção muito acessível, mas com certos toques de algo mais pesado aqui e ali. A dinâmica de andamentos é ótima, outro refrão bem chicletoso, além de um trabalho em termos de vocais e backing vocals de primeira linha.
"Blind Faith (Part I)" - Fechando o EP, uma faixa que começa lenta e suave, mas cheia de certa atmosfera introspectiva e melancólica. E mesmo quando ela ganha uma dose de peso e agressividade, a força da melancolia ainda se faz presente, ressaltando o trabalho instrumental ótimo do quinteto.
Óbvio que o LOUDER ainda tem uma ou outra aresta a aparar, coisa que a estrada e um bom produtor poderão corrigir. Mas que "Take One" mostra uma banda com grandes possibilidades, isso mostra.
Ponho fé.