20 de jan. de 2016

MACHINARIA - Sacred Revolutions/Profane Revelations (CD)


2016
Nacional

Nota 8,0/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia

Destaques: Scapegoat, Act of Justice, Holy Office, Sacred Revolutions/Profane Revelations, Burning My Soul


A agressividade faz parte do trabalho de muitas bandas nacionais, uma herança dos anos 80. E é interessante ver como esse aspecto se infiltra em muitas bandas, como é o caso do MACHINARIA, de Bagé (RS), que acaba de soltar seu primeiro álbum, "Sacred Revolutions/ Profane Revelations".

Aqui, vemos a mistura da agressividade do Thrash Metal raçudo e abrasivo à lá PANTERA com a melodia e refinamento do Metal tradicional e toques técnicos do Progressive Metal. A banda não é dada a frescuras, e sai disparando uma saraivada de músicas bem feitas, sempre mantendo o equilíbrio dos aspectos acima citados. E se preparem, pois a coisa é bruta, mas bem grudenta.

Machinaria
Produzido pelo grupo, com mixagem e masterização feitas por Bruno Dachi (baterista do grupo), temos uma sonoridade bem feita dentro das possibilidades que o Brasil permite. Está muito bem, mas poderia ser melhor, já que alguns timbres de guitarras e bateria poderiam ter sido um pouco mais agressivos. E a arte da capa e encarte se encaixam perfeitamente com o lado musical da banda, deixando a dualidade de suas características sonoras bem delineadas.

A banda tem arranjos bem trabalhados e técnicos, mas tudo se encaixa perfeitamente, sem espaços para críticas negativas. Andamentos bem pensados, uma dinâmica inspirada, e com isso, o quinteto nos ganha a cada nova ouvida no álbum.

Melhores momentos:

Iconoclast - O disco começa com uma canção com empolgantes arranjos de guitarra, um andamento com velocidade mediana, que acaba nos empolgando bastante. E os solos são muito bons.

Scapegoat - Nessa, algumas mudanças rítmicas ótimas começam a aparecer, oscilando entre momentos um pouco mais velozes e outros mais cadenciados. E os vocais agressivos à lá Phil Anselmo mostram um jeitão agressivo interessante, além de excelente refrão.

Act of Justice - Aqui, sentimentos aquele impacto que discos como "And Justice for All" nos causam devido à agressividade mais cadenciada e precisa, com um trabalho de baixo e bateria ótimo, com peso e boas mudanças de andamento.

Holy Office - Um dos melhores momentos do disco. Uma canção completa, com a banda inteira se saindo bem, com andamento empolgante apresentando mudanças técnicas muito boas. E melodias mais abrasivas dão às caras, fora baixo e bateria mais uma vez estarem em excelente forma, as guitarras apresentam solos ótimos, e os vocais estão muito bem, com boa dicção e se encaixando muito bem.

Pictures of the Dark - Um pouco mais voltada à introspecção, há momentos lentos que lembram uma balada, e outros mais pesados. Ponto para os vocais, que conseguem se encaixar em ambos sem problema, usando uma alternância de timbres muito boa.

Sacred Revolutions/Profane Revelations - Aqui, a dualidade se faz presente. No início, temos uma música mais soturna, lenta e interessante à lá ALICE IN CHAINS, mas logo o lado mais agressivo dá às caras. E esta dualidade permeia toda a canção, nos permitindo ver a versatilidade da parte instrumental da banda (baixo e bateria estão muito bem).

New Eyes, Old Lies - Agressiva e explosiva, é outro momento ótimo do grupo, que mostra guitarras em riffs muito bons mais uma vez, mas sempre com boas mudanças rítmicas.

Shallow Grave - O lado mais moderno e rápido do trabalho do grupo dá as caras, mas sempre empolgando o ouvinte, com riffs maciços e vocais em grande forma.

Burning My Soul - Esta é a canção bônus do CD, já que é o primeiro Single da banda (de 2013). E vemos que a banda mostra um bom trabalho em todos os sentidos, com ótimos vocais e belíssimos duetos melodiosos nas guitarras. 

Eles tendem a amadurecer, e assim, a experiência irá dar uma aparada em algumas arestas. Por agora, podemos dizer que "Sacred Revolutions/Profane Revelations" é um trabalho muito bom, que merece a conferida atenciosa de todos, e a banda é uma grata surpresa.



Músicas:

01. Iconoclast
02. Scapegoat
03. Act of Justice
04. Holy Office
05. Pictures of the Dark
06. Sacred Revolutions/Profane Revelations
07. New Eyes, Old Lies
08. Shallow Grave
09. Burning My Soul


Banda:

Luciano Ferraz - Vocais 
Matheus Leal - Guitarras
Alan Quintana - Guitarras
Antônio Munhoz - Baixo
Bruno Dachi - Bateria


Contatos:

MS Metal Agency Brasil (Assessoria de Imprensa)
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário.
Liberaremos assim que for analisado.

OM SHANTI!

Comentário(s):