Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
Falar do IRON MAIDEN nunca é uma tarefa muito fácil.
Antes de tudo, tenhamos em mente que é o maior nome do Metal na atualidade, que é a banda inicial de 75-80% dos fãs de Metal dos anos 80 para cá. Logo, sempre acaba virando uma discussão sem precedentes, e muitas vezes sem fim, falar de seus trabalhos. Pode ser por conta do bordão "IRON MAIDEN não é música, mas religião" que ouvimos por aí, ou mesmo por conta do mimimi das brucetes (sinto muito, mas estes não são fãs da Donzela de Ferro, mas de Bruce apenas), mas falar de qualquer coisa que o sexteto lance sempre dá problemas. Mas não tenho medo de meter a mão em vespeiro, então, um texto pequeno sobre o novo Single da banda, "Speed of Light".
Antes de qualquer discussão, digamos que este disco, devido os longos 5 anos desde "The Final Frontier", aos problemas de Bruce com tumores, e mesmo ao lançamento do disco solo "British Lion" de Steve em 2012, criaram uma atmosfera de suspeita sobre eles, uma expectativa forte que poucas bandas tiveram em seus ombros antes. E a banda, sem sentir pressão alguma, mostra-se revigorada depois das turbulências e críticas que sofre desde "Brave New World". Sejamos francos: desde "No Prayer for the Dying", a banda não tem sossego com os fãs, sempre existem os que discordam de seu posicionamento em dado momento de sua carreira.
Iron Maiden |
Bem, aos ouvidos desse autor, "Speed of Light" mostra o sexteto se afastando definitivamente de tudo que fez desde "Brave New World", e como Bruce falou em entrevista que saiu no site de O Globo em 12/08/2015, ela realmente poderia se encaixar no "Piece of Mind". Mas se esta declaração o fez pensar em músicas clássicas como "The Trooper" ou "Flight of Icarus", eu recomendo que tire isso da cabeça. "Speed of Light" realmente tem muito do feeling do referido álbum, mas nos lembra mais músicas menos famosas e mais simples, como "Sun and Steel" ou "Quest for Fire". O que, digamos de passagem, já é muito!
"Speed of Light" em si é uma música muito boa, com riffs simples, mas fortes e empolgantes (parece que enfim o trio formado por Janick, Dave e Adrian consegue se entender bem nesse setor), a cozinha de Steve e Nicko está ótima, com boa técnica e segura (embora a música não seja complexa e exija tanto deles), e verdade seja dita: Bruce está cantando muito bem, como podemos ver no refrão de fácil assimilação, que ganhará os fãs sem dificuldades.
Mas uma idéia que "Speed of Light" parece deixar clara é que podemos esperar de "The Book of Souls" algo que o JUDAS PRIEST fez em "Redeemer of Souls", ou seja: um resgate ao bom e velho estilão do IRON MAIDEN.
Só o tempo dirá... Mas que "Speed of Light" é uma bela promessa depois de tanto marasmo, isso é.
Ah, sim: o Metal Samsara agradece de todo coração ao site Iron Maiden Brasil e ao amigo Alex Dias de Oliveira, pois sem eles, não estariam lendo este texto.
Banda:
Bruce Dickinson - Vocais
Dave Murray - Guitarras
Adrian Smith - Guitarras
Janick Gers - Guitarras
Steve Harris - Baixo
Nicko McBrain - Bateria
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