6 de jan. de 2014

SupreMa: "O público brasileiro precisa amar mais suas próprias bandas"





Em entrevista esta semana para o site português "Metal em Portugal", Douglas Jen guitarrista do SUPREMA falou sobre a carreira da banda e sobre o panorama atual do heavy metal no Brasil.

"Qual a vossa opinião sobre o actual panorama do Metal no Brasil e a nível Mundial?

Douglas Jen: É muito fácil ver que a indústria da música como um todo está em baixa. Gravadoras fecharam as portas, pirataria, downloads e um tanto de fatores que enfraqueceram o mercado. Vendas de discos caíram e houve um “boom” de bandas novas. Com tanta coisa acontecendo o mercado mudou bastante e quem não se adaptar a este novo modo de fazer música vai acabar morrendo. Porém em minha opinião caiu, mas não morreu.

No Brasil temos vivido um panorama estranho onde o país foi invadido por uma rota de shows internacionais e ao invés disso difundir a música e criar uma cena forte, acabou que em um mesmo mês temos 4 ou 5 shows internacionais na mesma capital e os fãs acabam não tendo condições financeiras de ir em todos os shows e tem que escolher quais shows vão assistir. Com isso as bandas brasileiras se enfraquecem e bandas que colocavam 5 ou 6 mil pessoas num show hoje em dia sorri quando tem 2 mil pessoas. Bandas menores que levavam 1000 ou 1500 pessoas hoje em dia não colocam mais que 300 pagantes numa casa, ou seja, isso enfraqueceu demais a cena brasileira e o que tem acontecido são duas coisas: ou a banda morre de vez, ou arrisca os passos internacionais porque ficar tocando somente nas terras brasileiras está cada vez ficando mais difícil. O público brasileiro precisa amar mais suas próprias bandas pois aqui temos bandas incríveis, um real celeiro de músicos e talentos fazendo coisas boas que não devem em nada para qualquer artista internacional. É triste pois deixam de apoiar e ao mesmo tempo perdem a chance de ver belíssimos shows e pagam caro por shows internacionais.

Em nível mundial eu vejo um panorama um pouco melhor principalmente na Europa. No Brasil os shows só acontecem de sexta e sábado e raramente algo bom de domingo. Brasileiro não tem cultura de ir em shows no meio de semana. Já na Europa vemos grandes tours acontecendo o tempo todo com shows de terça, quarta-feira... Isso gera mais espaço para as bandas poderem fazer rotas maiores, abre o mercado."

Leia a entrevista completa em:

Informações sobre a banda:


Fonte: Furia Music
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