17 de jan. de 2014

Sem conformidade, e seguindo firme e forte – Entrevista com o Silent Cell



Por Marcos “Big Daddy” Garcia


O SILENT CELL, quando lançou o álbum “The Absence of Hope”, dava clara mostra de que era além de uma bela revelação do Metal nacional, que poderia alçar vôos bem altos na cena brasileira, visto que sua música caótica é empolgante e cheia de vida. Mas infelizmente, eles tiveram algumas dificuldades no meio do caminho, sendo uma delas a saída do vocalista Michael Matt (que gravou o CD). Mas como esses sujeitos são teimosos e cheios de raça, já se encontram com um novo vocalista e preparando material novo.

Nova formação do Silent Cell
E lá fomos nós aproveitar a deixa e ver como o SILENT CELL se encontra no momento, saber como foram as dificuldades e os planos futuros dessa banda promissora, e o baterista Marco ‘Horror’ De Sordi Filho nos atendeu gentilmente e concedeu esta entrevista.


Metal Samsara: Primeiramente, agradecemos por nos receberem mais uma vez, e vamos logo começar com uma quente: o que houve com vocês após o lançamento do CD? A impressão que muitos (inclusive eu) tínhamos era que vocês iriam explodir dentro do Metal nacional, mas ao invés disso, foi um período quase que de silêncio...

Marco ‘Horror’ De Sordi Filho: O quê houve? Nada de mais. Se por ‘silêncio’ você se refere aos 40.000 likes em nosso Facebook oficial, 100.000 visualizações pelo Youtube, dois videoclipes, resenhas positivas em vários sites nacionais e internacionais, shows por todo o Brasil e um show com uma banda internacional no final do ano passado, nós não sabemos qual seria o oposto. 

Marco ‘Horror’ De Sordi Filho
Dizer que o período foi de silêncio é no mínimo, estranho. Trabalhamos muito esse ano, nos dedicamos todos os dias, e fizemos um progresso que poucas bandas nacionais conseguiram fazer em tão pouco tempo de existência. Nós diríamos que foi um excelente ano de estréia.


MS: A pergunta chata: o que levou o Michael a sair da banda? Parecia que a formação da banda era bem sólida para quem estava de fora? 

‘Horror’: Os planos dele não eram os mesmos que os nossos. Ele queria mudar pra fora do país, ficar com a namorada, ter filhos, e a banda ficaria em segundo plano. Não é bem isso o que a gente quer.

Não tem muito mais o que responder além disso. 


MS: Entre a saída de Michael e a chegada de Rafael (Ferreira, novo vocalista do grupo), como dito antes, pouco ou quase nada se ouvia falar de vocês. Por um acaso havia a idéia de desistir, de parar tudo, mesmo depois de tanto esforço? 

‘Horror’: Vide a resposta da primeira pergunta (ela se encaixa aqui).

E não, desistir nunca entrou em pauta. E nunca vai entrar.


MS: As mudanças de vocalista costumam ser historicamente traumáticas para ambos os lados, logo, o que desejariam dizer aos fãs, já acostumados com Michael, sobre o Rafael? Alguns mais xiitas podem acabar reclamando...

‘Horror’: Gostaríamos de dizer a todos os fãs que fiquem tranquilos. Nós jamais colocaríamos alguém inferior pra dividir um palco com a gente.

Opening Act do Poisonblack (23/11/2013)
Todos vão se surpreender com a capacidade técnica do Rafael, o cara sabe o que faz. 


MS: Bem, já batemos muito em cachorro morto (risos), então, vamos falar das coisas boas: como foi que encontraram o Rafael, e como foram os testes, as idéias da banda, até chegar nele? Houve mais alguém testado antes dele? Ou ele já era alguém que queriam no SILENT CELL?

‘Horror’: Logo depois do acontecido com o Michael, já vieram atrás da gente pra abrir para o Poisonblack no Manifesto, e isso já deu aquele coice a mais pra gente correr atrás. Conhecíamos o trabalho do Rafael por outras bandas, e já sabíamos que ele encaixaria como uma luva. E deu no que deu.

O Rafael foi o primeiro a ser testado, e o que mais impressionou. Testamos mais seis vocalistas (dois de São Paulo inclusive), e apesar de todos terem feito um ótimo trabalho, o Rafael atropelou com folga.


MS: “The Absence of Hope” foi muito bem recebido pela imprensa especializada em Metal do Brasil na época do lançamento, mas como foi o feedback vindo do exterior? Sabem de algo nesse sentido?

‘Horror’: Foi uma surpresa pra todos. Desde o lançamento do CD, já conseguimos várias entrevistas e destaques em sites americanos e canadenses, sem contar convites pra tocar no Chile, Peru, México, entre outros lugares fora. Infelizmente esses shows acabaram não vingando por questões financeiras, mas estamos certos de que os próximos convites pra tocar fora vão dar certo.


MS: Ainda falando de “The Absence of Hope”, ele chegou a ter lançamento cogitado fora do Brasil? E como foi o feedback de fãs, tanto aqui no Brasil quanto fora? Sabem se existiu uma demanda por material ou CDs de algum país em específico?

‘Horror’: Ele foi lançado na Itunes store americana até antes de sair no Brasil. E desde o lançamento, vendemos um número considerável de cópias, sem contar os pacotes que enviamos para outros países mensalmente de pedidos que recebemos pelo e-mail e pelo face. A falta de uma loja online funcional com certeza prejudicou um pouco, mas em breve remediaremos isso.


MS: Bem, já acharam o vocalista, então, existe a probabilidade de terem algum material novo em mãos, certo? Já existem composições novas prontas? Elas haviam sido trabalhadas com o Michael antes da saída? E se sim, como está sendo a adaptação de Rafael a este material novo e às canções de “The Abscence of Hope”?

‘Horror’: Desde a saída do Michael nós temos passado cada minuto livre dentro do estúdio fazendo a pré-produção. Já temos em torno de 16 idéias encaminhadas, e o Rafael tem sido uma peça fundamental para o novo caminho que estamos traçando. Ele está se encaixando perfeitamente. 


MS: Com Rafael, é certo que shows devem estar sendo planejados e até convites devem estar surgindo. Já possuem uma data para a estréia dele? E onde e quando será, se houver?

‘Horror’: A estréia dele de certa forma já aconteceu, em novembro do ano passado quando abrimos para o Poisonblack. E o show foi foda!

E apesar de terem aparecido alguns convites, por enquanto decidimos focar toda a nossa atenção e energia no CD novo. Caso apareça algum show de maior porte, a gente faz. Caso contrário, nosso foco é o lançamento do novo CD.


MS: Falando em shows, é hora de cair na estrada para deixar o Rafael com “sangue nos olhos” (risos) como vocês. Já há algum planejamento para tocarem fora do estado de SP? Mesmo algum show fora do eixo SP-MG-RJ? Algo já visando uma excursão pela América do Sul?

‘Horror’: Todos os planejamentos para shows estão ficando para quando o CD estiver perto de finalizar. Mas já temos propostas, inclusive de tocar de novo em Manaus, em julho, e alguns shows em São Paulo, com bandas internacionais. Vamos tentar dar um passo de cada vez.

Opening Act do Poisonblack (23/11/2013)

MS: Este ano, o “The Abscence of Hope” completará dois anos de lançamento, então, podemos dizer que conseguiram atingir os objetivos que traçaram com ele? E quando o sucessor dele vira? Já há algo planejado nesse sentido?

‘Horror’: Nós não só alcançamos nossos objetivos, como superamos quase todos. Como dissemos na primeira pergunta, nossos números nos pegaram de surpresa desde a primeira semana de lançamento. Fizemos shows fora do estado, aparecemos na mídia internacional, conseguimos destaque no whiplash algumas vezes...ou seja, somos gratos pelo que aconteceu.

Mas até ai, foi pouco pra gente, queremos voar muito mais alto. A brincadeira mal começou direito.


MS: Bem, agradecemos mais uma vez pela entrevista, logo, pedimos que deixem sua mensagem para os nosso leitores.

‘Horror’: Valeu galera do Metal Samsara mais uma vez pela oportunidade!

Vale lembrar a galera que nosso cd está disponível pra download gratuito pelo nosso site oficial (www.silentcellmusic.com), então pra quem estava curioso pra ouvir, mas não tinha como comprar pela net, agora é a hora!


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