Metal Samsara: Lothlöryen: Some Ways Back SOME More (CD)

27 de jan. de 2014

Lothlöryen: Some Ways Back SOME More (CD)

Nota 9,5/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia

E eis que os Bardos brasileiros da Terra-Média do LOTHLÖRYEN retornam mais uma vez, e dessa vez o sexteto volta com o relançamento de seu primeiro álbum, “Some Ways Back No More”, só que regravado com a voz de Daniel Felipe, com uma nova mixagem e masterização, e mais algumas partes refeitas. E dessa vez, a banda dá um passo enorme para começar a conquista do primeiro mundo, com apoio da gravadora, a Power Prog.

Assim, "Some Ways Back SOME More" se torna um ítem obrigatório para os fãs da banda uma vez que longe de ser datado, já que aquela mistura bem feita de Metal tradicional com Folk agradável e pesada que conhecemos ganhou robustez e peso. Os vocais deram uma enorme melhorada, as guitarras estão perfeitas em riffs e solos, baixo e bateria sabendo manter peso e técnica nas mesmas proporções, e ótimos teclados preenchendo todos os espaços, mas ao mesmo tempo mostrando arranjos ótimos. E assim, o grupo soa pesado, coeso, mas vivo e requintado.

Como dito acima, o disco recebeu, além de adições regravadas e melhoradas e do vocal, uma nova mixagem (no estúdio Casanegra) e masterização (no estúdio Norcal, pelas mãos de Brendan Duffey), logo, a sonoridade soa compacta, pesada e limpa nas devidas medidas, sem que os instrumentos se embolem ou se sobreponham. Pelo contrário, está tudo muito certo e perfeito, mas sem quebrar a espontaneidade da banda. A arte, totalmente refeita, é de Róbson Piccin (o mesmo que fez a capa do original), mas que deu uma reformatada no conceito original, melhorando-o.

Falar das músicas pode parecer algo repetitivo para quem já conhece e possui a versão original, mas basta dizer que o vocal de Daniel deu uma dinâmica diferente ao som, pois o alcance de notas e força nos graves é maior, assim, composições como a ótima “My Mind In Mordor” (que belo trabalho de vocais e guitarras), a dinâmica e com andamento mais ameno “We Will Never Be the Same” (os teclados, baixo e bateria estão fantásticos nessa canção), a forte “Hobbits’ Song” (música do vídeo, uma faixa com riffs mais Rock’n’Roll e teclados bem próximos ao velho Hammond dão um belo toque de acessibilidade à canção, sem tirar seu brilho e complexidade), a pesadona “Some Ways Back No More” (novamente com belo trabalho da cozinha baixo-bateria), a bela e mais emotiva “Secret Time” (belas guitarras limpas e grandes vocais), e a longa e trabalhada “Unfinished Fairytale” (que vai do agressivo à melodia sem pudores e sem desandar) são testemunhas de quanto uma banda pode fazer um trabalho melhor. Realmente, este “reissue” se justifica por si mesmo.

Um belíssimo trabalho, sem sombra de dúvidas!