Century Media Records - Importado
Nota 9
Por Marcos Garcia
Que discão!
Sob a polêmica da briga entre Geoff Tate e o resto de seus companheiros de banda, bem como da posterior saída do vocalista (ou demissão dos outros, já que essa estória ainda vai render bastante) e lançamento do CD 'Frequency Unknown' (que recebeu críticas bem negativas), o grupo recrutou Todd La Torre e se mandou para o estúdio, gravando 'Queensrÿche'. E acreditem: fizeram um CD que, se não está no mesmo nível de 'Operation: Mindcrime I', 'Empire' e 'The Warning', quase chega lá.
A banda continua fazendo Metal tradicional com aquela sonoridade elegante, cheia de energia e com toques de Progressivo, com uma pegada pesada bem forte, mas agora rebuscam um pouco de seu passado glorioso, da fase entre 'The Warning' e 'Empire', só que com uma sonoridade um pouco atualizada. As guitarras da banda continuam ótimas em riffs fortes e solos melodiosos, a base rítmica baixo/bateria está com a mesma técnica e peso que já conhecemos, mas Todd (ex-CRIMSON GLORY) é um achado precioso, pois seu jeito de cantar se encaixa na proposta da banda de maneira perfeita, sem que a ausência do antigo vocal seja sequer notada.
A produção do disco, feita por James "Jimbo" Barton (que já havia feito as mixagens e engenharia de som de 'Operation: Mindcrime I' e 'Empire', fora trabalhos com RUSH, FATES WARNING e METALLICA) deixou o grupo soando refinado e pesado ao mesmo tempo, com cada instrumento em seus devidos lugares, cada detalhe musical do quinteto exposto à audição sem problemas. Já a arte do disco, feita por Craig Howell, ficou linda e bem feita, com o símbolo do grupo, numa alusão ao renascimento do grupo, o que espelha o trabalho musical que ouviremos.
E que músicas!
'Queensrÿche' não chega ao nível dos discos mais clássicos da banda por muito, muito pouco, pois há tempos eles não faziam um disco realmente tão bom, com um apanhado de canções que resgata a essência do grupo, mas sem soar como se eles estivessem se tornando uma 'banda-cover-de-si-mesma', ou seja, é um passo para o futuro sem esquecer de suas raízes.
Obviamente, existem pontos altos no disco, como a forte, elegante e pesada 'Where Dreams Go to Die', com belíssimos riffs de guitarra e ótimos vocais, especialmente pelo refrão; a mais focada em peso e com as quebradas costumeiras do grupo 'Spore', onde a base baixo/bateria dá um autêntico show; a trabalhada e um pouco mais moderada 'In This Light'; a peso-pesado 'Vindication', onde os solos de guitarra mostram força em uma canção com levada mais Prog; a quase-balada 'A World Without'; a curta e feroz 'Fallout', com um baixo forte e audível em uma canção bem forte, mais direta e moderna; e a balada elegante 'Open Road', que ganha peso em certos momentos.
Realmente, um disco que mostra a muitos fundamentalistas do Metal uma coisa: que salvo raríssimos casos, nenhum músico é insubstituível.
Top 10 de 2013 com certeza, e esperamos ansiosos por sua versão nacional!!!!!
Tracklist:
01. X2
02. Where Dreams Go to Die
03. Spore
04. In This Light
05. Redemption
06. Vindication
07. Midnight Lullaby
08. A World Without
09. Don’t Look Back
10. Fallout
11. Open Road
Formação:
Todd La Torre – Vocais
Michael Wilton – Guitarras
Eddie Jackson – Baixo
Scott Rockenfield – Bateria, percussão, orquestrações
Parker Lundgren – Guitarras
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