23 de jun. de 2013

Gama Bomb - The Terror Tapes (CD)

Shinigami Records - Nacional
Nota 9/10

Por Marcos Garcia

Saiam da frente, pois lá vem uma saraivada Thrash/Speed Metal à lá Old School com energia e garra chegando!

Vindos da Irlanda do Norte (UK), o GAMA BOMB é um quinteto que tem causado um burburinho no underground há algum tempo, e graças à Shinigami Records, agora podemos comprovar seu poder de fogo em 'The Terror Tapes', seu mais recente trabalho que acaba de ganhar versão nacional.

O grupo segue a linha de bandas que estão longe dos gigantes do estilo, ou seja, METALLICA, SLAYER, MEGADETH, e do trio alemão, em alguma coisa lembrando os trabalhos de TANKARD, DEATHROW, FLOTSAM & JETSAM, e uns toques do ANTHRAX antigo e DRI aqui e ali, com vocais mais focados em boas doses de melodia e menos em urros, guitarras muito fortes em riffs e solos melodiosos, baixo e bateria bem entrosados e formando uma cozinha de peso. O forte do grupo é sua coesão musical, sem exageros técnicos. Aqui, importa a música em si, e não a habilidade individual. Embora distante de ser algo inovador, o grupo se sai bem com uma música energética e vibrante.

Tendo a produção e mixagem de Scott Atkins (que já trabalhou com o CRADLE OF FILTH), a sonoridade do grupo soa extremamente forte e pesada, fugindo um pouco de gravações abafadas que caracterizam muitas bandas que são voltadas ao som dos anos 80, preferindo algo mais focado em peso e limpeza, o que deu um ganho muito bom à sonoridade do disco. Já a arte é bem legal, com capa feita pelo ilustrador Graham Humphreys ( conhecido por seus trabalhos em "A Hora do Pesadelo" e "A Morte do Demônio"), pois como disse Philly Byrne, eles cresceram com medo dos antigos VHS devido As ilustrações de Graham para os filmes. A arte interior mostra vários designs de tapes K7 e VHS, fora o de um vaso sanitário.

Em termos de composição, o grupo capricha, e mantém um bom nível por todas as faixas, que evitam passar dos 4 minutos de duração, ou seja, não causam bocejos. Há destaques na veloz e energética 'The Wrong Stuff', com fortes riffs e grandes backing vocals; a empolgante 'Legend of Speed', onde as vocalizações mostram um grande serviço, pois Philly parece estar sendo irônico em vários momentos; 'Backwards Bible', que começa mais contida e cadenciada, mas logo ganha velocidade e mostra ótimos solos; a curta e explosiva 'Smoke the Blow with Willem Dafoe'; a destruidora de pescoços 'Terrorscope', com suas mudanças de andamentos e ótimo trabalho de guitarras, inclusive com um "insert" de 'A Dança dos Sabres', clássico de Aram Katchaturian; a agressiva e bruta 'The Cannibals Are in the Streets - All Flesh Must Be Eaten', com belas conduções de bumbos duplos; 'Matrioshka Brain', outra pedrada com bumbos duplos aqui e ali; e a ganchuda e quase Crossover 'Matrioshka Brain'.

Um disco muito bom, que vale a aquisição e ouvida no mais alto volume possível, especialmente se seu vizinho é daqueles churrasqueiros de fim de semana que acabam com o sossego alheio pondo lixos sonoros em nossos ouvidos. 

É hora do acerto de contas!!


Tracklist:

01. The Wrong Stuff
02. Legend of Speed
03. Backwards Bible
04. Beverly Hills Robocop
05. Smoke the Blow with Willem Dafoe
06. We Started the Fire
07. Terrorscope
08. The Cannibals Are in the Streets - All Flesh Must Be Eaten
09. Shitting Yourself to Live
10. Matrioshka Brain
11. Metal Idiot
12. Wrecking Ball


Formação:

Philly Byrne - Vocals
John Roche - Guitarras
Domo Dixon - Guitarras, backing vocals
Joe McGuigan - Baixo, backing vocais
Paul Caffrey - Bateria


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