Metal Samsara: Chronosphere - Envirusment (CD)

28 de nov. de 2012

Chronosphere - Envirusment (CD)

Independente - Importado

Nota 9

Por Marcos Garcia

Thrash Metal duro, rasgado, intenso e agressivo até os dentes, com melodias fortes e grudentas, capazes de fazer os pescoços alheios em cacos.

É isso o que o quarteto grego CHRONOSPHERE promove em seu CD 'Envirusment', um autêntico massacre Thrasher, e acredite, tem vida e vibração, pois apesar de não ser algo muito novo, eles foram capazes de reciclar o que já existia, enfiaram sua persona na coisa e pronto: vocais bem intensos e agressivos, riffs de guitarra bem maciços e bons solos, baixo vibrante e mostrando boa técnica, e a bateria dá um autêntico show de técnica e pegada pesada, apresentando uma técnica não muito convencional ao estilo. Ou seja, música de primeira linha para agradar ouvidos exigentes.

A produção sonora do disco (que foi gravado e mixado por George Emmanuel, e teve a masterização de Vaggelis Theodorakis) é muito boa, e o melhor de tudo: não existiu a menor intenção de deixar o trabalho soando datado, ou seja, com a gravação soando como os anos 80, e isso é ótimo, pois o produto final mostra uma intensidade e pegada fortes, longe daquele som abafado e baixo da época. Aqui, ouvimos cada instrumento com força e intensidade, e soando pesado e agressivo.

Musicalmente, a banda tem um nível muito bom de composição, mostrando um mix inteligente entre o Thrash americano e o europeu, aliando força e brutalidade em uma música coesa e forte, e que sangra de tanta vitalidade, tanto que fica meio barra pesada encontrar um destaque aqui ou ali, mas podemos citar a empolgante 'Light Leading Maze', com a bateria fazendo conduções ótimas nos bumbos duplos e o baixo aparece bastante; a destruidora de tímpanos 'Never Better', a típica faixa não tão veloz (só em alguns momentos), mas bastante empolgante, com ótimas bases e solos, e este vocalzão 'petrozziano' é de dar enfartes nos menos acostumados; a grudenta e técnica 'No Evidence'; a intensa e variada 'Hypnosis', onde novamente o vocal rouba a cena; e a longa (para este disco, cuja média de tempo das faixas é de 3 minutos) e multi-variada 'War Infecction', onde todos os instrumentos e voz estão em um nível homogêneo.

A Grécia ainda tem muito a mostrar, e que o CHRONOSPHERE se mantenha na estrada por muito tempo, pois desta forma, irão se tornar o grande nome do estilo naquele país, a ponto de transformar as ruínas de Atenas em pó com sua música.

Hypnosis