Metal Samsara: Lethal Fear

31 de out. de 2013

Lethal Fear – Y2Black? (CD)

MS Metal Records – Nacional

http://msmetalpress.com/ptbr

Nota 8,5

Por Marcos Garcia

Um ótimo disco esse “Y2Black?” do LETHAL FEAR, quinteto de Amparo (SP).

O grupo executa um Heavy Metal tradicional com conotações modernas, e mesmo sem ser nada inédito, realmente convence e é capaz de satisfazer o mais fanático dos fãs.

Com vocais melodiosos e com toques de agressividade (um pouco de Bruce Dickinson, mas muito de John Bush), guitarras afiadas tanto em riffs quanto em solos (muito bem feitos, por sinal, com algumas nuances de música clássica), baixo e bateria sabendo misturar peso e técnica com sobriedade, e ótimos refrões que acabam agarrando o ouvinte sem largar mais. Nada de novo, mas eficiente, honesto e muito pesado.

A produção sonora, feita pelo próprio quinteto e mais Renato Napty, ficou em um bom nível, com cada instrumento soando na medida certa, sem se embolarem e nenhum deles ficar mais evidente que os outros. Óbvio que poderia ser um melhor, mas já está muito bom.

Já arte é realmente algo fantástico, feito por Rodrigo Bortolleto e Mario Cau, em ilustrações de quadrinhos que lembram em muito o trabalho de artistas como Frank Miller e Hiroaki Samura, sendo este último o autor do mangá “Blade of the Immortal”, uma das referências para as ilustrações e cuja obra é homenageada na música “Blade of the Immortal”.

Antes de tudo, o trabalho da banda foge do simplismo, sabendo ser pesado e melodioso na medida certa, com qualidade distribuída em cada uma de suas faixas, mas temos pontos altos na ótima “Burning Wings” (com boa técnica da cozinha baixo-bateria, além de um refrão maravilhoso e bem ganchudo), a elegante e de andamento mediano “Time (Out of my Grasp)”, a seca e agressiva “Blade of the Immortal” (com vocais ótimos e grandes arranjos das guitarras), a pesada instrumental “Killing Fields”, além da intensa e ganchuda “Path of Consequences (Mephisto Part II)”. Mas ainda há um bônus, a versão para “Blood Red Skies”, do JUDAS PRIEST, que ficou muito boa.

O quinteto é realmente um bom nome na cena Metal, e merece aplausos.