E as linhas de bateria para o novo álbum da CARNIÇA estão finalizadas, onde Marlo Lustosa se inspirou em toda sua influência oitentista.
“As bateras desse álbum contarão com um peso e uma pegada oitentista... Inspirados nos bateras e nas bandas que foram e são referências para mim...”
As gravações foram feitas no mês de setembro no estúdio próprio da banda o Chronos Sound Studio. Foram gravadas linhas para oito músicas, sendo uma delas um cover de um dos grandes nomes do Metal Extremo mineiro.
Em breve teremos uma amostra desse poderio sonoro dessa que é uma das melhores bandas de Metal do Brasil. Enquanto isso participe da nova promoção dos gaúchos, basta assistir o novo videoclipe “Rotten Flesh 25 Years” e deixar nos comentários do vídeo qual momento você achou mais marcante no clipe. Pronto você estará concorrendo a discografia do CARNIÇA!
Após as três Guerras Púnicas, o Império Romano enfim destrói Cartago, cidade do Norte da África que tendia a se reestruturar militarmente após cada derrota, e representava uma ameaça aos interesses de Roma no Mar Mediterrâneo.
Um dos maiores defensores do fim de Cartago foi o célebre senador romano Catão, o Velho. O mesmo sempre usava a mesma frase para findar seus discursos: "Ceterum censeo Carthaginem delendam esse" ou "Ceterum autem censeo Carthaginem delendam esse" (que em latim significa "Considero ainda que Cartago deve ser destruída"), e que acabou sendo simplificada para "Carthago Delenda Est", ou seja, "Cartago deve ser destruída".
E a célebre frase é relembrada pelo quinteto italiano ADE, que chega com uma obra-prima, que tem por nome "Carthago Delenda Est", uma tempestade Death/Black Metal de bom gosto.
É preciso estabelecer que o ADE tem uma personalidade musical brutal e violenta, mas cheia de energia, usando temáticas referentes à cultura Greco-Romana. Agora imagine esse tipo de tema tendo como elementos vocais guturais de primeira linha (além de momentos mais sussurrados ótimos, e a dicção não é comprometida em momento algum), uma dupla de guitarras estuprando os ouvidos alheios com riffs velozes e destruidores (mas sempre com bom gosto e boa técnica), e um baixo e bateria mostrando uma técnica ótima e velocidade extrema em alguns momentos, mas com muito peso. Mas ao mesmo tempo em que é agressivo, o trabalho musical do quinteto é grandioso, com uma atmosfera épica que permeia cada canção do CD.
A mensagem é clara: Cartago deve ser destruída, e você deve se render ao trabalho deles, sem concessões!
A produção é de Riccardo Studer, que acompanhou as gravações, além de fazer a mixagem e masterização do CD. E ele conseguiu conferir ao quinteto uma sonoridade brutal, azeda e moderna, que encaixa muito bem com o contexto sonoro do grupo. Mas ao mesmo tempo, é clara e limpa, nos permitindo compreender a música do grupo sem dificuldades.
A arte é linda, e transpira o clima tenso e selvagem de uma das Guerras Púnicas. Aparentemente, a luta entre o general cartaginense Hannibal Barkas (célebre por atravessar os Alpes com uma guarnição de infantaria, cavalos e elefantes) contra as centúrias romanas em Zama, embora isso seja referente à segunda Guerra Púnica. Mas assim mesmo, está muito boa, dando corpo à música brutal do ADE.
Mesmo sendo uma banda que transita entre o Death/Black Metal e o Technical Death Metal, o ADE não passa o tempo todo em uma velocidade de quebrar pescoços. Não, eles sabem usar alguns momentos mais cadenciados, ou então, velocidades não tão extremas. Mas tudo sob um alinhavo melódico de primeira, oculto por tanta brutalidade musical. E ainda conseguem encaixar algumas orquestrações ótimas e teclados refinados, ambos tocados por Riccardo Studer. E vejam que nem citei que a banda usa passagens em latim, ótimos refrões, e estruturas harmônicas de primeira.
"Carthago Delenda Est" é um disco incrível, quanto mais se ouve, mais se descobre de detalhes e se apaixona por ele.
Melhores momentos:
"Carthago Delenda Est" - Após uma introdução cheia de nuances étnicas/orientais, a banda entra com uma música rápida e violenta ao extremo, mas mostrando uma qualidade ímpar, com momentos grandiosos e refrão empolgante. Destaques óbvios para os vocais de Traianvs e a bateria de Commodvs. Mas não se perca, porque existem orquestrações épicas preciosas permeando a canção.
"Annibalem" - É outra cheia de orquestrações que lembram o Oriente Médio, mas sem que o quinteto perca o impacto. Aqui, a pegada musical do grupo é veloz e um pouquinho mais direta, embora cheia de mudanças de ritmo incríveis. E nos momentos mais lentos, se percebe a técnica de Caligvla no baixo.
"With Tooth and Nail" - É incrível como a brutalidade técnica do quinteto consegue ser de uma beleza magnífica. Aqui, ao mesmo tempo em que a banda apresenta uma boa técnica instrumental, o andamento é mais cadenciado e azedo, adornado por orquestrações pontuais. Óbvio que os vocais se destacam bastante, mas Fabio e Nero nas guitarras criam riffs e arranjos de cair o queixo.
"Dark Days of Rome" - Aliando velocidade e técnica de maneira equilibrada, o quinteto cria uma música arrasadora, com detalhes musicais preciosos. Cadenciada em algumas partes, mais veloz em outras, é sempre épica, permeada de teclados climáticos dando um sabor diferenciado ao trabalho técnico e feroz das guitarras.
"Scipio Indomitus Victor" - O lado épico prevalece, mesmo que o fundo seja brutal e técnico. É uma característica intrínseca e particular do ADE, algo que os faz não ser apenas mais um. Reparem bem como os tempos vão mudando de forma harmoniosa em meio à brutalidade imposta por baixo e bateria (a solidez da base rítmica da banda é algo surpreendente).
"Zama: Where Tusks are Buried" - Mais uma vez, a banda opta por explicitar uma pegada mais épica, recheada de belos teclados que preenchem os espaços. Mas o trabalho técnico da banda é ótimo, com tempos quebrados e muito peso. E isso faz com que os vocais e as guitarras se destaquem bastante.
"Sowing Salt" - Salgar o terreno é uma prática antiga para se evitar que qualquer coisa nascesse. E usando este tema, o quinteto cria uma explosão de pura agressividade, mais cheia de momentos técnicos.
No mais, "Carthago Delenda Est" é o disco perfeito para aqueles que desejam desbravar novas sonoridades dentro do Metal extremo, além de uma aula de História.
Após 10 anos de hiato, o festival Brasil Metal Union (chamado por muitos de BMU), retorna a ativa.
Idealizado por Richard Navarro, o festival ocorria todos os anos, e teve versões entre 2000 e 2006, abrangendo quase todas as vertentes do Metal que existem, e dando ao público a possibilidade de conhecer bandas jovens.
Sim, o Brasil Metal Union está de volta!
Richard Navarro aproveitou e lançou um novo site e, ao mesmo tempo, um vídeo onde apresenta o ideal do evento: ser um espaço para bandas brasileiras de Metal.
No site, as bandas podem se cadastrar e permite assim a criação de um banco de dados sobre o cenário nacional, o que tomou dois anos de desenvolvimento. Ou seja: se você tem banda, se cadastre.
Ao mesmo tempo, é possível encontrar no site um histórico completo do festival, com todos os detalhes sobre as edições do BMU realizadas, bem como saber quais bandas passaram por ele.
O BORN2BLEED, novo projeto que conta com o vocalista Felipe Lameira (Ex-Hatefulmurder), lançará seu single de estréia, intitulado "Vida e Guerra" no dia 10 de Outubro, no canal oficial da banda no Youtube. A faixa também estará disponível nas principais plataformas de música a partir do dia 17 do mesmo mês.
A banda carioca promete refletir uma estética urbana e violenta representada na complexidade de sobreviver nas grandes cidades do país. Todo o conceito gráfico foi trabalhado pela banda e executado por Lameira, designer responsável pela Fierce Artworks, e a produção da faixa ficou a encargo da banda e de Murilo Pirozzi, produtor do PyroZ Studios.
Tem bandas que são referenciais dentro de estilos de Metal. E tem aquelas que são tão geniais que tudo que fazem é excelente. E para quem conhece o SOILWORK, um dos pioneiros do Death Metal melódico, até mesmo uma coletânea como "Death Resonance" acaba se mostrando algo de altíssimo nível. E a Shinigami Records, em parceria com a Nuclear Blast Brasil, nos possibilitou termos acesso ao disco por meio de uma versão nacional do mesmo.
Antes de tudo, é preciso deixar claro: você está bem longe de uma coletânea no formato "The Best of", pois o sexteto, assim como sua música, não é convencional em momento algum.
É preciso tirar o chapéu para a idéia de "Death Resonance": aqui temos uma coleção de músicas que foram "bonus tracks" em versões japonesas ("The End Begins Below the Surface" vem de "The Ride Majestic"; "Sweet Demises" é de "The Panic Broadcast"; "Sadistic Lulabye" também é de "The Panic Broadcast", mas por si só, já é uma versão nova da que se encontra em "Steelbath Suicide"), outras são remixadas exclusivamene para esta compilação (como "Overcloked", "Martyr" e "Sovereign", que originalmente estavam como extras na versão japonesa de "Sworn to a Great Divide"; e "Wherever Thorns May Grow" e "Killed by Ignition", que estão como faixas extras para aersão japonesa de "Stabbing the Drama"), algumas do EP "Beyond the Infinity", e duas canções inéditas. Algo diferente, e excelente!
Óbvio que em termos de sonoridade, existem algumas diferenças bem pequenas entre a sonoridade de uma faixa ou outra, conforme a proveniência da mesma (ou seja, de qual disco ela vem). Lembro-os que as mesmas ainda possuem períodos de tempos diferentes. Mas isso não deixou a sonoridade ruim, longe disso. São 10 produtores diferentes ao todo.
Agora, a parte gráfica ficou de primeira.
A capa é simples, mas um trabalho interessante de Mircea Gabriel Eftemie, que deixou o visual bem soturno. E em termos de encarte, a arte gráfica ficou de primeira, pois mesmo usando apenas tons de preto, branco e cinza, mais letras em vermelho, temos fotos da banda, e depoimentos da banda sobre cada uma delas.
Musicalmente, o que podemos falar mais do SOILWORK que já não tenha sido dito antes?
Death Metal melódico com ótimos vocais que transitam entre as vozes limpas e timbres urrados ótimos, melodias bem encaixadas, uma cozinha rítmica de primeira (baixo e bateria são coesos e bem trabalhados), teclados muito bem pensados, e uma dupla de guitarras que sabe expor o necessário nos momentos mais brutos ou nos mais melodiosos. E adicionem a isso uma criatividade que parece não ter fim.
Primeiramente, falemos das inéditas:
"Helsinki" - Uma canção em que as melodias e agressividade características do grupo se acasalam muito bem, cheia de passagens introspectivas com vocais limpos, além de um refrão de primeira (outro traço marcante da personalidade musical do sexteto). Isso sem mencionar as belíssimas partes de guitarras (em especial os solos).
"Death Resonance" - Uma pouco mais cadenciada e com uma atmosfera densa e melancólica, mostra um trabalho técnico de bom nível, mas sem que a banda foque nisso. Há passagens melodiosas introspectivas onde vocais limpos e outros tons mais brutos se mesclam. E que belíssimo trabalho em termos de baixo e bateria, fora os teclados estarem muito bem.
O ponto interessante é que ambas as canções mostram um feeling mais "old" em termos de SOILWORK, algo quase sem os elementos de Metalcore presentes em "The Ride Majestic". Parece mostrar que o sexteto vai nos surpreender mais adiante uma vez mais, mas como falamos de uma banda em que evoluir é uma regra de vida, tudo é possível.
Agora, "My Nerves, Your Everyday Tool" com suas belas linhas melódicas de guitarras e acentuada agressividade (com outro trabalho ótimo de baixo e bateria), a atmosfera trabalhada e bem cuidada em termos estéticos de "Resisting the Current", as melancólicas partes das guitarras em "When Sound Collides", a linda e azeda "Sweet Demise" (com baixo e bateria mostram sua força uma vez mais. E sem falar nos teclados bem encaixados nos momentos mais lentos), a velocidade ríspida e insinuante de Sadistic Lullabye (com mais uma aula de riffs de primeira linha), as melodias de teclados bem delineadas na sinuosa e melancólica "Martyr", e a criativa "Wherever Thorns May Grow" (com suas linhas de voz maravilhosas) são provas claras de quanto o SOILWORK é uma banda que soube evoluir e fugir do ponto comum.
Uma das melhores bandas da atualidade, e "Death Resonance" vem coroar o ótimo momento da banda.
O grupo sueco Sabaton está com nova turnê agendada para o Brasil. Após o sucesso em 2014, a banda estará de volta a Curitiba no dia 03 de Novembro, no Music Hall. E a Mosh Productions anuncia o SEMBLANT, banda do cast da gravadora americana EMP Label Group, como banda que fará o show de abertura da noite.
O SEMBLANT, oriundo de Curitiba, está na estrada há mais de uma década, e a cada dia que passa vem colhendo os frutos de uma carreira de muito profissionalismo. Com contrato assinado com o selo liderado pelo baixista do Megadeth, David Ellefson, a banda viu o lançamento de seu álbum Lunar Manifesto ser feito em solo americano, em formato convencional e também em vinil. O show especial ao lado do Sabaton, que divulga seu último disco, o recém lançado "The Last Stand", já está com ingressos disponíveis. Devido a grande procura, os convites já estão no segundo lote.